28. Rise Up

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Prestem atenção na tradução da música também!

2 anos depois:

Emma:

Eu me encontrava na sala de terapia intensiva, cercada pelo constante zumbido dos monitores que ecoavam os sinais vitais de Jenna. O cenário ao redor ainda era sombrio, carregado de uma incerteza que parecia penetrar cada canto daquela sala. Apesar de todos os esforços incansáveis da equipe médica e do apoio contínuo de nossos amigos e familiares, Jenna permanecia imersa em um coma profundo que havia se prolongado por dois longos anos.

Ao meu lado, Bianca e Johnna mantinham uma vigília tão constante quanto a própria pulsação de Jenna nos monitores. Nós alternávamos entre momentos de esperança renovada e desespero profundo, testemunhando os altos e baixos da sua condição com um misto de coragem e fragilidade. A sala de espera do hospital se tornara nosso refúgio compartilhado, onde nos apoiávamos mutuamente, contávamos histórias do passado e encontrávamos algum consolo nos momentos mais sombrios.

Os pais de Jenna, cujos rostos exaustos refletiam a dor e a luta diária que enfrentavam, permaneciam ao lado dela com uma determinação inabalável. Eles eram um lembrete constante do amor incondicional e da força necessária para suportar a incerteza de cada dia.

Enquanto isso, a investigação policial sobre o envolvimento da minha mãe, Percy, e seus cúmplices avançava a passos lentos. A cada avistamento fugaz e cada pista não seguida, a sensação de impunidade pesava sobre nós como uma ferida aberta. Era um lembrete constante da injustiça que permeava nossas vidas desde aquele fatídico dia.

Nos corredores do hospital, os médicos enfrentavam suas próprias batalhas morais e éticas. Apesar dos avanços tecnológicos e de todos os esforços empregados, havia dúvidas crescentes sobre a decisão de manter Jenna conectada aos aparelhos. A discussão sobre a possibilidade de desligá-los tornou-se um tema frequente e doloroso, pairando sobre nós como uma sombra constante de angústia e decisão difícil.

...

Numa tarde de primavera, eu me vi sozinha na sala com Jenna. Observava-a deitada serenamente na cama, seus traços jovens e suaves tão contrastantes com a gravidade de sua condição. Minha mão segurava a dela com firmeza, como se esse simples gesto pudesse transmitir todo o amor e a devoção que sentia.

- Jenna, minha neném... - sussurrei com a voz embargada, lutando contra as lágrimas que ameaçavam escapar. - Eu sei que você está lutando. Sinto isso com toda a minha alma. Você é tão forte, tão determinada... e eu prometo, prometo que não vou desistir de você.

Os monitores continuavam sua melodia eletrônica ao redor, um contraponto silencioso para o peso do silêncio na sala. Os olhos fechados de Jenna pareciam mergulhados em um sono profundo e eterno, seu rosto imóvel como se estivesse em outro mundo.

Inclinei-me mais perto, meus lábios roçando suavemente sua testa. Senti a respiração leve e regular de Jenna, um pequeno raio de esperança se acendendo em meu coração cansado.

- Por favor, Jenna... mostre-me um sinal. Qualquer coisa - implorei em um sussurro. - Eu preciso saber que você está lutando, que está aqui conosco. Não posso perdê-la, não agora, não depois de tudo o que vivemos e o que ainda falta para vivermos, juntas.

O tempo pareceu se distorcer enquanto eu esperava, meu coração batendo descompassadamente no peito. Fechei os olhos por um instante, concentrando toda a minha energia na conexão com Jenna, esperando por um milagre, por qualquer sinal de que ela pudesse me ouvir.

No silêncio abafado da sala, um suspiro suave escapou dos lábios de Jenna. Foi um som tão sutil que quase pensei tê-lo imaginado. Mas então, senti uma leve pressão em meus dedos, um aperto tênue e frágil, mas inconfundivelmente presente.

Aromas do Passado - JemmaOnde histórias criam vida. Descubra agora