II

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— Entendeu o recado Tom? — Gael fala limpando o taco de baseball, com um pano branco que a cada passada, ficava vermelho.

O menino assente calado, com suas mãos apoiadas no chão, vendo o líquido que saia de sua boca, escorrer lentamente, junto com sua baba.

— Eu não quero patife como você perto da minha filha — Apoia o taco no chão e o olha com desdém — Não tem onde cair morto — O homem sai olhando Kaulitz mais uma vez pelos ombros.

Os machucados foram tratados, pois o garoto ainda era a melhor mercadoria, mesmo já tendo dezessete anos, ele queria sair desse looping infernal, ele tinha que fazer algo.

Tom consegue sair à noite, ele vai até um orelhão e disca o número que tinha acesso ao Bill, a cada chamada, o coração de Tom acelerava, ele sente que seu irmão não irá atendê-lo, ele sente seu estômago revirar, sua respiração falhar e seu corpo pedindo socorro, ele chora...

— Alô? — Bill atende

Tom suspira — Graças a Deus você me atendeu! Como vão as coisas na Alemanha? Quando vem me buscar Bill? — Aperta o telefone com sua mão esquerda com tanta força, que faz barulho de rangido

Mudo

— Bill?

— É... Tom? Não podemos falar isso por telefone ok? Estou indo até você e conversaremos.

— Por quanto tempo? O que está fazendo ai? Como está os negócios?

O único barulho que ele escuta, é o da linha, seu irmão desligou!

— Merda! — murmura batendo o telefone ficando debruçado no mesmo

— Está frio garoto, você não parece bem! — Um homem alto aparece atrás do garoto, que dessa vez não sente medo de outro homem.

Tom se vira, e fica de frente para o homem que realmente parece preocupado — Eu estou indo para casa

— Coe Tom, que casa? — O homem fala assertivo

O menino se assuta — Como sabe meu nome? Quem é você?

— Eu? — Sorri timidamente — Sou o homem que observa você desde que entrou no covil

— Eu sou caro! — Refuta Tom

— Ei — O homem levanta suas palmas — Eu não sou pedófilo, muito menos estuprador ok? Passei pelo mesmo e sabe como me livrei disso? — Tom o olha com curiosidade — Traficando para Gael, me tornando seu homem de confiança, você também deveria!

— Como você ainda consegue ficar perto desse homem? — Se senta no banco do ponto de ônibus e olha para baixo

— Uma vez que você passa pelas mãos de um dos Perez, nunca mais consegue sair — Suspira se sentando do lado do garoto — Só depois que morre — O homem olha para Tom tirando um sanduíche do bolso — Toma, pega, sei que está com fome

— Por que eu?

O homem franze o cenho em dúvida

— Por que, eu? Por que me escolheu?

— Um dia, saberá! — Passa as mãos na trança do rapaz

— Qual seu nome? — O garoto pergunta mastigando

— Meu nome é Julius, na verdade, fui pego pelo pai de Gael e estou aqui desde então, para quem estava ligando?

— É pessoal — Da a última mordida parecendo satisfeito, porém começa a tremer de frio, e o homem negro e doce, lhe entrega um casaco

Meu segurança particular Maddy  - Tom KaulitzOnde histórias criam vida. Descubra agora