VII

202 27 12
                                    

— Marcelus? — Gael fala sentado em sua poltrona, olhando os rendimentos do mês.

O homem robusto, olha para Gael em forma de resposta, mas mesmo assim não é o suficiente, pois o grisalho estava focado demais em sua planilha — Sim? — Diz ríspido. 

— Descobriu por onde anda minha esposa? — O tom de sua voz, demonstrava orgulho, mas isso não enganava à mais ninguém.

— Senhor, não a encontramos em lugar nenhum, depois da morte de sua filha, ela sumiu, já vasculhamos câmeras de seguranças, aeroportos, já fomos até à Alemanha e nada! — Marcelus fala irritado, pois já não aguentava mais essa mesma pergunta todos os dias.

— Certo — Continua olhando para sua planilha. 

— Falando em Alemanha — Suspira o negro — Roman vai se casar lá, amanhã.

— Rum — Sorri soprando — Homem de sorte não? Quem será a contemplada? — Continua olhando para sua planilha

— O senhor pode ir ver de perto, tendo em vista que recebeu o convite — Marcelus joga o papel vergê na mesa de Gael que olha de relance

— Estou sem tempo, aliás, ele me odeia, sem nexo me chamar para seu casamento, a não ser que seja uma armadilha — Por um momento ele tira sua atenção de seu computador, tira seus óculos e olha para Marcelus debochando — Eu não sou nenhum idiota Marcel, me poupe. 

O negro de sorriso largo, concorda e ambos sorriem com a situação.


***************************

Falta apenas um dia para o casamento de Maddy, para que ela se tornasse de vez a senhora Hana Godfrey, a menina acorda, faz sua higiêne matinal e olha para sua escrivaninha, onde estava seu feto, como se fosse um pepino em conserva, ela se sentia mal olhando para aquele pote, onde seu filho estava com as mãos juntas, e o rosto quase perfeito por ter somente cinco meses, foi ali que seu filho parou de evoluir.

Maddy pega o pote e abraça, dessa vez se permitindo sentir e chorar, ela fecha os olhos e sorri, dando pequenos passos, como se dançasse com seu filho no colo, mas logo é interrompida.

— Hana! — O homem barbudo chama, com sua voz rouca e assustado — O que está fazendo?

— Eu que pergunto, o que está fazendo no meu quarto? — Responde rápido, como se quisesse se defender — Entrou sem chamar, por que?

Nick sorri cruzando seus braços — E eu preciso chamar? 

— Olha só seu idio... — Se engasga quase deixando o pote cair.

— O que é isso na sua mão? Um feto? — Arqueia a sobrancelha se sentindo confuso e ao mesmo tempo intrigado "será que ela ficou retardada que nem ele? E descobriu que seu hobbie agora é colecionar fetos?"

Hana bufa e se senta na cama, ainda com seu filho em seu colo, se sentindo derrotada — É meu filho, ele tinha cinco meses de idade quando morreu, o homem com quem vou me casar o tirou de mim, porque simplesmente não era filho dele.

A mão do barbudo soa, seu coração acelera e sua visão fica turva — De quem era esse filho? — Semicerra os olhos tentando enxergar algo em sua frente.

— De um outro homem, o homem que eu amei — Brinca com seus pés — Roman disse que o matou, assim que me buscou naquele hospital onde fiquei em coma. — A tensão é jogada no ar, o rosto de Hana cora, sua bochechas incham tentando segurar o choro — Quando sofri o acidente, eu já estava grávida, bom é possível — Solta um sorriso fraco — Agora, ele abusou de mim — Coloca o frasco na cama, e leva tuas mãos até sua cabeça — O que eu estou fazendo? Desabafando com um estranho.

Nick engole uma saliva seca, sua voz falha, naquele momento ele não consegue dizer nada, apenas se sente impotente, seu corpo anda sem seu comando, ficando de frente para Hana, ele se abaixa, para poder olhar em seus olhos — Hana — Tira as mãos da garota que tampava seu rosto, Nick olha como ela estava caída, triste, apagada, mas suas bochechas continuam as mesmas, seu rosto de criança...

Hana retribui o olhar, e nota que o homem  à sua frente estava com os olhos cheios, com a boca entreaberta, por um momento Hana se perde naqueles olhos, ela perde o fôlego, seu coração acelera — Seus olhos, são iguais aos dele!

Ao escutar isso, Nick se levanta abruptamente, coça sua garganta e sai do quarto sem dar qualquer explicação, deixando a menina aos prantos em cima da cama, segurando o seu natimorto — Ah, meu filho, eu não vi você crescendo dentro de mim, mas eu te amaria tanto quando nascesse — Chora até adormecer, sentindo um buraco em seu peito, em seu corpo, em sua alma, era como se tudo que fizesse resultaria em mais caos. 

Nick fecha a porta do quarto lentamente, ali mesmo ele se senta, a respiração falta em seus pulmões, sua cabeça dói "Ele matou meu filho", "merda", nesse momento para ele, ele se resumia menos que nada, por não conseguir proteger uma única pessoa, seu filho, era menino, seu primogênito, seu sucessor.

Tom Kaulitz, disfarçado de Nick, naquele momento, não aguentava mais, ele só queria sumir, mas seu coraçao, só pensava em uma coisa "salvar Maddy".

************************

— Como vamos fazer? Tom não atende o telefone, não sei o que ele ta tramando — Fala Georg preocupado na sala de estar do quarto de hotel. 

— Teremos notícias amanhã — Bill fala tirando as cinzas do seu cigarro.

— O que? — Gustav se espanta.

— Estou cansado das gracinhas do Tom, de achar que pode resolver tudo sozinho, ele sempre acha que não precisa de nós, a mulher é dele, deixa que ele se vira! — Responde Bill, de uma forma fria, olhando para o nada e tragando mais um pouco da fumaça do cigarro sabor menta. 

— Você é louco irmão? Somos os Hellish família — O loiro se levanta — Porra Bill, que pensamento é esse? — Georg bate na mesa com fúria. 

— Estou com Bill, sempre temos que arrumar a bagunça de Tom. — Gustav diz tragando sua maconha. 

Georg pega seu casaco e olha para os dois incrédulo, ele apoia o casaco em seu ombro e olha para trás para os seus amigos — Eu não acredito que estou ouvindo isso, prometemos estarmos sempre juntos, até a morte! 

— O que pensa  que está fazendo? Volte aqui AGORA! — Bill se descontrola tirando sua arma do coldre. 

— Vai fazer o que? Me matar? — Os olhos de Georg ficam vermelhos e sua respiração falha — Não estou com tempo para isso, me erra — Sai o loiro acendendo um cigarro, mantendo o enquilíbrio para que sua jaqueta não caísse de seu ombro. 

Ele pega seu carro, da partida e sente um frio na espinha, era uma sensação palpável, seus olhos se arregalaram e ele sentia mil borboletas em seu estômago — Estou chegando amigão, estou com você! 


Ai genteeeeeeeeeeeeeeeeeeeeee amo vocês!

Não se esqueçam de favoritar esse capitulo!



Você leu todos os capítulos publicados.

⏰ Última atualização: a day ago ⏰

Adicione esta história à sua Biblioteca e seja notificado quando novos capítulos chegarem!

Meu segurança particular Maddy  - Tom KaulitzOnde histórias criam vida. Descubra agora