XXVIII

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*Oi meus amores, hoje o capítulo tem surpresa*

"POV TOM KAULITZ"

Me sento e me rescosto sobre o carro capotado, o que estou sentindo? Que dor é essa no meu peito? Estou com medo, cansado e confuso, meus olhos estão marejando, que sensação é essa?

Eu sou um inútil, a tratei mal diversas vezes, é como se estivessem apertando meu coração com as duas mãos, as únicas dores que senti até hoje, foi a dor de alguém me enconstando sem permissão, a dor da impotência e a dos meus machucados pós guerra.

Mas sentir dor, por alguém? Essa dor eu nunca senti.

Estou fraco

Acho que deixarei ela morrer

Será melhor para mim!

Eu a odeio

Não!

Eu a amo.

Merda!

Pego meu telefone, minhas mãos estão trêmulas, ligo para Georg, é o que mais se preocupa com ela.

Ligação:

Fala boi, estou atrás de você, conseguimos acabar com os caras de Jacobs — Silêncio — Tom? Eu não consigo responder, minha garganta está fechada, eu tento encontrar todo ar que tem na atmosfera Tom? Estou de ouvindo respirar, onde você está? Tom me ajuda amigão

Georg, te mandei a localização, acho que Maddy está morta Falo desligando o telefone, e as únicas palavras que consigo dizer são essas.

— Como eu deixei isso tudo acontecer? — Olho novamente pelos destroços do carro e a vejo sangrando, desacordada, ela parecia estar morta, meu mundo caiu, pela primeira vez eu desabei

*Pneus derrapando*

Georg sai do carro, mais branco do que era, ele me vê sentado aqui, sem esperanças, eu não me movi, não tenho forças, estou fraco

— Tom o que aconteceu? — Ele pergunta se aproximando

— Nate, colocou Maddy dentro do carro — Continuo encostado no carro, olhando para baixo — Eles capotaram — Minhas mãos param em meu rosto, eu soluço, estou chorando? Estou mostrando fraqueza para meu amigo? — Georg a Maddy está morta! — As palavras ditas por mim mesmo, me quebram por inteiro. Eu perdi, perdi a guerra, perdi a minha menina.

Consigo notar que o coração de Georg parou por alguns segundos, assim como o meu, que poderia ter parado para sempre.

— Tom, ela não está morta — Ele se abaixa e consigo ver sua feição — Mas estará se não fizermos nada, Nate também não está morto, esse merda.

Alguma esperança floreceu em mim, meu coração voltou a bater, eu me levanto, e tento de todas as formas, tirar os destroços, eu machuco minha mão, mas não sinto dor, meu corpo está anestesiado, e por algum momento me dou conta de que estou desesperado por uma mulher. O peso das mulheres que eu matei, chega ate minha consciência, o flashback de todas elas gritando e implorando pelas suas vidas e eu não tive misericórdia.

Meu segurança particular Maddy  - Tom KaulitzOnde histórias criam vida. Descubra agora