VIII

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O barulho da câmera e aquela luz piscando, dava medo na garota, ela estava amarrada com suas mãos atrás da cadeira, e suas pernas uma em cada ponta.

Maddy ergue seus olhos tentando enxergar alguém, mas sem sucesso, a garota estava em uma sala espelhada, ela não sabia o que viria, e o medo foi tomado completamente, mas ela não demonstra, somente fecha seus olhos e tenta controlar sua respiração

— Rum rum — Uma voz é ouvida em uma caixa de som que ficava na parede — Oi Maddy, eu consigo te ver por trás desse espelho

Ela permanece em silêncio olhando para o chão

— Precisamos da sua ajuda, para seu querido papai poder vir te salvar — O homem fala por trás daquele espelho e Maddy sorri de canto — Me conta querida, por que está rindo?

— Ninguém vai vir me salvar, infelizmente, eu não sou a preferida do meu pai, morta ou viva, não importa, eu não sou um homem! — A morena cospe as palavras ainda de cabeça baixa, ela já havia aceitado seu destino, e pela primeira vez ali, Maddy se sentiu insuficiente

— Bom, já que é assim, vamos fazer uma ligação para seu pai de chamada de vídeo, o que acha em? — A voz do sequestrador sai de forma familiar, mas a garota não se lembrava de quem era

*** Telefone chamando ***

*** Chamada recusada ***

O homem bate na mesa observando Maddy, e vê que a menor não esboça reação — Merda — Murmura o homem desapontado — Fodasse, eu vou matá—la — O homem caminha pesadamente sobre o chão acimentado, abre a porta e saca um canivete do seu bolso — Eu vou gravar tudo, linda — A voz do homem ecoa pelos ouvidos de Maddy a fazendo gelar, mas a mesma continua de cabeça baixa

— Pode fazer o que quiser Nate — Ela não precisava olhar na cara do homem para saber de quem se tratava, mas dessa vez ela leva seu olhar ao homem que cheirava a desespero — Eu não tenho medo de você, eu tenho pena

Um tapa é depositado no rosto da garota e com o impacto sua cabeça vai para o lado, seu cabelo gruda em seu rosto suado e vermelho — Cala sua boca, sua imprestável — Nate fala ríspido e áspero

— Está tentando me ofender? — Maddy fala sorrindo com os olhos, e depois solta um riso abafado — Nate, Nate, você não passa de uma criança assustada, que quer se vingar do meu pai, mas não tem coragem de enfrentar seu assassino cara a cara — O loiro abre o canivete e encosta na bochecha de Maddy, com as sobrancelhas quase juntas e com a respiração desconpensada, a morena olha nos olhos de seu sequestrador, junta sua saliva e o cospe

— Puta! — O homem enfurecido desliza a faca e faz um rasgo na bochecha da menina, que fecha os olhos sentindo a dor da lâmina passando em seu rosto

Não tinha um minuto sequer, que o corpo da garota não tremia de medo, mas ela estava se mostrando forte, como se ela pudesse sentir o seu corpo todo em defesa, mesmo amarrada, a morena sentia que tudo ficaria bem

A adrenalina estava no topo, Maddy conseguia escutar seu coração bater e só isso, sua visão estava turva e a cada gota de seu sangue que caia no chão, enchia seu peito de ódio, a sua única vontade era tomar esse canivete da mão de Nate e cravar em seu pescoço e assistir ele morrendo lentamente

Maddy fecha os olhos, tentando afastar esse pensamento, sua mente estava em conflito, ela não queria aceitar que estava com vontade de ser como seu pai

Meu segurança particular Maddy  - Tom KaulitzOnde histórias criam vida. Descubra agora