Era um tilintar metálico entre os galhos, um raio de luz prateada e vermelha capturou seus olhos, o objeto metálico saiu dos galhos e voou até a sua direção, Sarah recuou para trás.— Que coisa é essa? — Sarah continuava a encarar o objeto.
— Eu não sei— respondeu Caçarola.
Sarah tentou tocar no objeto, mas quando ia fazer isso, o objeto saiu de lá e voou em direção à outra árvore.
— Eu vou chamar o Alby e mostrar isso pra ele— sugeriu Caçarola.
●●●
— Alby, eu vi uma coisa estranha, foi para aquela árvore— Sarah apontou.
Sarah ouviu um barulho, então ela deu a volta na árvore, esticando o pescoço em busca
de um sinal do que acabara de ouvir, mas só encontrou galhos nus.
— Isso foi um daqueles besouros mecânicos— Alby explicou.
— Besouros mecânicos?— repetiu Sarah, arqueando a sobrancelha.
— Não fazem mal nenhum, a menos que você toque neles.
— Mas pra que eles servem?— Caçarola quis saber.
— É por lá que eles veem a gente.
— Eu nunca vi eles antes na clareira— disse Sarah.
— Não é sempre que eles aparecem— respondeu Alby.
Mais dúvidas surgiram na mente de Sarah, por que estavam presos naquele lugar e sendo vigiados?
Mas tentou ignorar isso.
— Mas, mudando o assunto, eu pensei que seria legal se todos escrevêssemos nossos nomes nos muros.
— Eu gostei da ideia— respondeu Sarah— Vou informar os outros sobre isso.
— Muito obrigado, Alby.
●●●
Todos estavam em frente ao muro, esperando o pronunciamento de Alby.
— Pessoal, agora todos deixarão seus nomes gravados nesse muro— disse Alby— Isso é pela família que construímos ao longo desse período, apesar das perdas e dificuldades, é sempre importante mantermos a união.
Todos foram escrever seus nomes no muro.
Depois, Sarah escreveu seu nome e o nome de Nick, logo em seguida riscou o nome dele com a faca.
Winston escreveu o seu nome e logo em seguida o de George, e riscou o nome dele também, uma lágrima escorreu de seu rosto.
Todos aplaudiram e se emocionaram com aquilo.
●●●
Mais tarde, Sarah avista de longe Minho voltando do labirinto, então decidiu ir até ele.
— Minho, conseguiu achar algum rastro do Nick?— Sarah quis saber.
— Não— respondeu Minho, a exaustão e o peso em seu olhar eram nítidos.
Sarah olhou para o chão desapontada também, porque nunca saberia o que realmente aconteceu com o garoto.
— O que é aquilo ali nos muros?— perguntou Minho curioso apontando para o local.
— Os nossos nomes, coloca o seu lá também— Sarah estendeu a faca para ele
— Deixa eu adivinhar, você que teve a ideia né?— Minho pegou o objeto.
— Sim— respondeu Sarah.
— Sabia— respondeu ele.
Minho colocou seu nome ali, depois de fazer isso, ele deslizou a mão pelo nome de Nick.
— Eu sinto a falta dele, Sarah— respondeu Minho, uma lágrima escorreu de seu rosto.
Sarah depositou a mão no ombro de Minho.
— Ele foi meu primeiro amigo quando cheguei naquela maldita caixa, não queria que isso acontecesse com ele, ver meu primeiro amigo implorando por ajuda e eu não pude fazer nada pra impedir— Minho secou suas lágrimas.
— Eu sei Minho, tá sendo difícil pra todos aqui.
Minho suspirou.
— Mas agora eu tenho que falar com o Alby e passar todas as informações pra ele.—explicou Minho.
Os dois se despediram e Minho foi encontrar com o Alby na sala de reuniões.
Sarah sentiu que deveria escutar o que Minho tinha a dizer para Alby, então ela foi até o local e ficou atrás da porta para ouvir a conversa.
— Achou alguma coisa, Minho?— perguntou Alby
— Não, sem rastros.
Alby suspirou.
— Mas pelo menos não vi nenhum verdugo por lá essas semanas.
— Isso é bom, Minho, vamos esperar e ver até as próximas semanas e ver se continuará assim.
"Espera, não tem verdugos?" pensou Sarah.
Sarah saiu de lá antes que alguém a visse.
●●●
Já havia anoitecido, Sarah estava no bosque, não conseguia dormir, como Minho não tinha visto nenhum verdugo?
Sarah escuta passos de alguém.
— Tá tudo bem?— indagou Newt, se sentando ao seu lado.
— Mais ou menos— suspirou Sarah— Eu não consigo dormir.
— Por que não consegue dormir?
— Por que não consigo dormir?— perguntou Sarah, refletindo a si mesma sobre a pergunta, não sabia se valeria a pena contar seus pensamentos para Newt.
Newt olhou para ela com um olhar de "me conta o que está acontecendo"
— Newt, o Minho não encontrou verdugos nessas semanas— Sarah olhou para Newt— então talvez não fosse tão perigoso entrar lá.
— O que você quer dizer com isso?— Newt estava confuso.
— Newt, eu quero ser corredora.
Newt se espantou.
— Como assim? Você tá ficando maluca?
— Eu quero ser útil, quero que a gente saia daqui, eu posso ajudar, você acha que eu não seria capaz?
— Não é isso, Sarah é muito perigoso.
— Por que? Não apareceram verdugos!
— Por enquanto—respondeu Newt— E se aparecerem? Não quero que aconteça com você o mesmo que o Nick— havia tristeza no olhar de Newt— Então me prometa que não vai entrar lá.
Sarah ficou em silêncio.
— Por favor— sussurrou Newt, implorando.
— Tá bom, prometo— respondeu Sarah.
Newt soltou um suspiro de alívio.
VOCÊ ESTÁ LENDO
A Cura Do Amor| Uma História Maze Runner
Ficção AdolescenteTodo mês um menino é enviado pela caixa , porém tudo muda quando uma menina sobe ferida. Em um lugar desconhecido, com uma ferida exposta, ausência de lembranças, medo e aflição é tudo que Sarah sente. A garota enfrentará grandes desafios, terá que...