Capítulo 24

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Era um tilintar metálico entre os galhos, um raio de luz prateada e vermelha capturou seus olhos, o objeto metálico saiu dos galhos e voou até a sua direção, Sarah  recuou para trás.

— Que coisa é essa? — Sarah continuava a encarar o objeto.

— Eu não sei— respondeu Caçarola.

Sarah tentou tocar no objeto, mas quando ia fazer isso, o objeto saiu de lá e voou em direção à outra árvore.

— Eu vou chamar o Alby e mostrar isso pra ele— sugeriu Caçarola.

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— Alby, eu vi uma coisa estranha, foi para aquela árvore— Sarah apontou.

Sarah ouviu um barulho, então ela deu a volta na árvore, esticando o pescoço em busca

de um sinal do que acabara de ouvir, mas só encontrou galhos nus.

— Isso foi um daqueles besouros mecânicos— Alby explicou.

— Besouros mecânicos?— repetiu Sarah, arqueando a sobrancelha.

— Não fazem mal nenhum, a menos que você toque neles. 

— Mas pra que eles servem?— Caçarola quis saber.

— É por lá que eles veem a gente.

— Eu nunca vi eles antes na clareira— disse Sarah.

— Não é sempre que eles aparecem— respondeu Alby.

Mais dúvidas surgiram na mente de Sarah, por que estavam presos naquele lugar e sendo vigiados?

Mas tentou ignorar isso.

— Mas, mudando o assunto, eu pensei que seria legal se todos  escrevêssemos nossos nomes nos muros.

— Eu gostei da ideia— respondeu Sarah— Vou informar os outros sobre isso.

— Muito obrigado, Alby.

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Todos estavam em frente ao muro, esperando o pronunciamento de Alby.

— Pessoal, agora todos deixarão seus nomes gravados nesse muro— disse Alby— Isso é pela família que construímos ao longo desse período, apesar das perdas e dificuldades, é sempre importante mantermos a união.

Todos foram escrever seus nomes no muro.

Depois, Sarah escreveu seu nome e o nome de Nick, logo em seguida riscou o  nome dele com a faca.

Winston escreveu o seu nome e logo em seguida o de George, e riscou o nome dele também, uma lágrima escorreu de seu rosto.

Todos aplaudiram e se emocionaram com aquilo.

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Mais tarde, Sarah avista de longe Minho voltando do labirinto, então decidiu ir até ele.

— Minho, conseguiu achar algum rastro do Nick?— Sarah quis saber.

— Não— respondeu Minho, a exaustão  e o peso em seu olhar eram nítidos.

Sarah olhou para o chão desapontada também, porque nunca saberia o que realmente aconteceu com o garoto.

— O que é aquilo ali nos muros?— perguntou Minho curioso apontando para o local.

— Os nossos nomes, coloca o seu lá também— Sarah estendeu a faca para ele

— Deixa eu adivinhar, você que teve a ideia né?— Minho pegou o objeto.

— Sim— respondeu Sarah.

— Sabia— respondeu ele.

Minho colocou seu nome ali, depois de fazer isso, ele deslizou a mão pelo nome de Nick.

— Eu sinto a falta dele, Sarah— respondeu Minho, uma lágrima escorreu de seu rosto.

Sarah depositou a mão no ombro de Minho.

— Ele foi meu primeiro amigo quando cheguei naquela maldita caixa, não queria que isso acontecesse com ele, ver meu primeiro amigo implorando por ajuda e eu não pude fazer nada pra impedir— Minho secou suas lágrimas.

— Eu sei Minho, tá sendo difícil pra todos aqui.

Minho suspirou.

— Mas agora eu tenho que falar com o Alby e passar todas as informações pra ele.—explicou Minho.

Os dois se despediram e Minho foi encontrar com o Alby na sala de reuniões.

Sarah sentiu que deveria escutar o que Minho tinha a dizer para Alby, então ela foi até o local e ficou atrás da porta para ouvir a conversa.

— Achou alguma coisa, Minho?— perguntou Alby

— Não, sem rastros.

Alby suspirou.

— Mas pelo menos não vi nenhum verdugo por lá essas semanas.

— Isso é bom, Minho, vamos esperar e ver até as próximas semanas e ver se continuará assim.

"Espera, não tem verdugos?" pensou Sarah.

Sarah saiu de lá antes que alguém a visse.

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Já havia anoitecido, Sarah estava no bosque, não conseguia dormir, como Minho não tinha visto nenhum verdugo?

Sarah escuta passos de alguém.

— Tá tudo bem?— indagou Newt, se sentando ao seu lado.

— Mais ou menos— suspirou Sarah— Eu não consigo dormir.

— Por que não consegue dormir?

— Por que não consigo dormir?— perguntou Sarah, refletindo a si mesma sobre a pergunta, não sabia se valeria a pena contar seus pensamentos para Newt.

Newt olhou para ela com um olhar de "me conta o que está acontecendo"

— Newt, o Minho não encontrou verdugos nessas semanas— Sarah olhou para Newt— então talvez não fosse tão perigoso entrar lá.

— O que você quer dizer com isso?— Newt estava confuso.

— Newt, eu quero ser corredora.

Newt se espantou.

— Como assim? Você tá ficando maluca?

— Eu quero ser útil, quero que a gente saia daqui, eu posso ajudar, você acha que eu não seria capaz?

— Não é isso, Sarah é muito perigoso.

— Por que? Não apareceram verdugos!

— Por enquanto—respondeu Newt— E se aparecerem? Não quero que aconteça com você o mesmo que o Nick— havia tristeza no olhar de Newt— Então me prometa que não vai entrar lá.

Sarah ficou em silêncio.

— Por favor— sussurrou Newt, implorando.

— Tá bom, prometo— respondeu Sarah.

Newt soltou um suspiro de alívio.


A Cura Do Amor| Uma História Maze RunnerOnde histórias criam vida. Descubra agora