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Mais gay impossível. Sério. Vomitei muito arco-íris pra escrever isso.

Boa leitura,
Beijos da Isa, xxx.

[]

- Harry, você tá acordado?

- Sim.

- Você tá longe de mim.

- Não estou a fim de abraçar hoje, me desculpa.

- Okay... Você está bravo?

- Não.

- Seu lábio ainda dói?

- Só um pouco.

- Quer que eu pegue gelo?

- Não precisa, Louis. Apenas durma.

- Tá bom.

Louis virou de costas para Harry. Ele sabia que seu namorado estava bravo, só não sabia por qual motivo exatamente. Na verdade, haviam tantos. Algum tempo se passou, e seus olhos começaram a pesar.

- Lou?

- Oi.

- Desculpa. Eu estou bravo sim.

- Vem cá.

Louis troca de lado e levanta a coberta, abrindo espaço para que Harry se aproximasse. O maior chega perto coloca suas costas contra o peitoral do outro, que passa o braço envolta de sua cintura. A gatinha pula na cama assim que Harry desocupa o lado dela e deita em um embolado de coberta. Durante todos esses três anos, sempre foi assim: um lado da cama para Harry e Louis, e outro para Cath.

- Abraçar melhora seu humor?

- Não, mas a Cath sim.

- Mentiroso.

Louis beija a parte de trás da orelha de Harry e enrola suas pernas nas dele debaixo da coberta.

- Por que você disse aquilo?

- Aquilo o que?

- Por que você disse para Zayn tomar cuidado para não ser pego com a secretária? Ele ainda te incomoda?

- Bom, sim. É claro que ele me incomoda.

- Então você o odeia?

- Eu odeio o que ele fez.

- Você sabe, dizem que uma pessoa só esquece a outra quando não sente mais nada a respeito, seja o sentimento bom ou ruim.

O quarto fica em silêncio por alguns minutos, e Harry deixa uma lágrima solitária escorrer por seu rosto. Louis vira seu namorado para poder ficar em cima dele e o olha. A pouca luz da lua que entra pela enorme janela na parede acima, ilumina parcialmente o rosto dos dois, e um encarou o outro, até Louis sorrir e beijar o caminho por onde a lágrima de Harry escorreu.

- Eu nunca senti por ninguém o que eu sinto por você, sabia disso?

- Mas você sente algo pelo Zayn?

- Isso não importa, Harry. Se eu o odeio ou o desprezo, isso não importa pra mim. A única coisa que eu tenho na minha cabeça 24 por dia é você, você, você. Por eu te amo, e nenhum outro sentimento é válido, a não ser esse.

Harry sorri e, quando fecha seus olhos para aproveitar o beijo de esquimó de seu namorado, mais uma lágrima escorre. Louis, ao invés de beijar, lambe o rosto dele, e isso fez o maior passar a mão freneticamente na bochecha, limpando o lugar babado.

- Ew, Lou!

- Por que "ew"? Lágrimas tem um gosto maravilhoso. E você nunca reclama quando a minha língua tá dentro da sua boca.

- Mas é diferente!

- Como pode ser? É baba de qualquer jeito.

- Mas não está na minha pel-.

Louis interrompe a fala de Harry com um selinho. O maior sente como se tivesse durado toda sua vida, quando na verdade foram apenas segundos. Mas depois de abrir os seus olhos e ver o menor em cima dele, sorrindo como se fosse o homem mais feliz do mundo, ele estica um pouco o pescoço até alcançar os lábios finos.

Sua língua sutilmente move-se para a boca de Louis, e seus braços o prende pelo pescoço. Assim, começam um beijo calmo e íntimo.

Quando o corte na boca de Harry arde algum tempo depois, por reflexo, ele recua e para. Louis pede desculpas repetidas vezes, dando selinhos no machucado e perguntando se está tudo bem, enquanto o outro ri, tentando fugir. Por fim, com as testas apoiadas uma na outra, eles se encaram, sorrindo.

- Não me deixa, Lou.

- Nem mesmo se eu estivesse louco.

E aquela noite fria se tornou mais aconchegante com as palavras ditas e os corpos unidos, esquentando um ao outro.

Além do pelo macio de Cath que, em algum momento da madrugada, se arrastou para os pés dos dois, embaixo das cobertas.

Love in LondonOnde histórias criam vida. Descubra agora