Salut, ça va bien?!
Há uns dois capítulos que eu esqueço de fazer uma nota importante, mas eu me esqueci sobre o que se trata de novo.
Então é isso.
Boa leitura!
__________//__________
Narração Valquíria:
Jamais imaginei que um dia diria isso em minha vida, mas eu descobri algo que consegue ser pior que açúcar: o sabor da derrota.
Fui obrigada a enviar uma caixinha para o Bruno, a Giovana e a Juliana para provarem os dois cookies e votar no melhor. Não disse qual eu fiz e qual era o de Gisele, os três sem exceção gostaram mais do meu. Somente Clarice que não... será que faltou açúcar para ela?!
E se eu fizer com mais açúcar? Será que ela vai gostar?
- Chloée, para imediatamente o que está fazendo - o tom de voz do meu pai era de impaciência. Meu pai. Impaciente. – Não me obrigue a envolver a sua mãe nessa história.
- Você não ousaria.
- Ouso.
Encarei meu pai pela tela do iPad. Conhecia bem esse seu olhar... ele ousaria sim. Que traidor.
- Eu não sou nenhuma criança, papa.
- Está agindo como uma.
- Você está convivendo demais com a dona Margot, - revirei os olhos.
- Não revire os olhos para mim, mocinha.
Bufei frustrada. Faz três noites que não conseguia dormir em paz por causa desses benditos cookies. A primeira noite em claro foi fazendo essa merda. Depois tentando encontrar onde foi que errei. E agora tentando me superar e o resultado era praticamente o mesmo.
- Você sabe que se os sentimentos dessa pessoa for recíproco, não serão cookies que irão mudar isso. Não sabe? Já tentou conversar direto?
- Ela consegue ser pior que a mamãe para querer ouvir. Eu não sei mais o que faço... pensei que ao menos com os cookies iria a convencer de me ouvir por alguns minutos... e eu falhei!
- E vai aceitar a sua derrota, - papai disse firme. - Conheço bem onde essa sua obsessão irá te levar. Então pare.
- Mas...
- Chloée.
Respirei fundo três vezes para conter a explosão de sentimentos que sentia no momento. Por mais que eu não quisesse aceitar, eu entendia as motivações do meu pai para se preocupar.
Meus altos e baixos ao longo da vida o deixou sempre muito cauteloso e em alerta, a ponto de reconhecer a origem de um possível problema futuro logo no início.
- Você já malhou hoje? Fez yoga? - Não respondi. - Então vá. Essa não é você, filha. Se recomponha. E vê se dorme.
A primeira ordem eu até aceitei, já a segunda... como dorme? Rolei de um lado para o outro pensando em tudo ao mesmo tempo. Eram os cookies, Clarice, Pedro Henrique, minhas loucuras, Clarice, o trabalho... que também tinha Clarice, o projeto de Dubai, a minha não vontade de ir para Dubai. Clarice de novo. Claudia vadia querendo a Clarice... e cena da Clarice pegando aquele maldito cartão na minha frente me fez levantar antes do despertador. As palavras do Pedro Henrique tirando a minha paz e deixando ainda mais nervosa e preocupada.
Será que ela mandou alguma mensagem para Claudia? Será que as duas conversam? E se eu perder a Clarice para esse vadia? Eu já perdi para a Gisele, seria só mais uma puta.