Salut! Cheguei!
Sim, passando rapidamente no meu horário de trabalho para postar o capítulo de hoje.
Poderia ser maldosa e esperar até o fim da noite? Poderia, mas eu sou legal... às vezes, quando sinto no meu coração... e meu coração não sente muito.E também não era como se esse mesmo capítulo já não estivesse aberto ao público no Patreon desde meia noite!
Boa leitura!
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Narração Clarice:
Com tanta gente importante no pedaço, eu já deveria esperar que a minha namorada – que por acaso é a Val – não estaria disponível para mim. Ao menos não tanto quanto costumava estar. Ela não era o cargo mais alto dentro da filial da América do Sul – por escolha dela própria, que optou por continuar fazendo seus projetos que gerindo a galera toda, - mas era parte do conselho administrativo, o que a colocava lá no topo do organograma e não poderia evitar esse pessoal por aqui.
Era quinta-feira e já não lembrava mais a última vez que consegui a atenção de Val para mim por mais de dez minutos sem que alguém a ligasse, ou tivesse uma reunião para começar, ou que estivesse sozinha. Não satisfeita em encher a minha namorada de trabalho, essa tal Margot não saía de perto também e a Val por algum motivo aceitava todas as suas demandas, até quando não era relacionado a trabalho.
Eu só queria um beijinho, um chamego e um carinho para ser feliz, mas não existe isso quando se tem que trabalhar...
Será que a Val se sentia assim quando era eu que estava pirando com a faculdade? Ainda estou, mas num ritmo mais leve – e saudável.
Ninguém estava feliz com toda essa gente aqui, mas para mim estava sendo um inferno extra.
Os olhares e cochichos ao redor de mim ficaram ainda maiores e frequentes. Eu passava a maior parte do meu tempo com a minha equipe e como usávamos um espaço mais afastado, não tinha tanto contato com o resto do escritório. Mas infelizmente, não era possível evitar a todos a todo instante. Uma hora ou outra, eu precisava fazer meu serviço de corno – também conhecido de estagiária – e para isso precisava passar pelo piso principal.
No contrato de trabalho do estagiário também tem a clausula onde você vende a sua alma e se torna escrava...
- Ah, ê. Parabéns, Clarice! – Gustavo me cercou enquanto eu passava pelo piso inferior. – Mostrou que tem talento... talento para fazer merda. Não bastou queimar a impressora 3D, você quis foder com todo mundo trazendo essa gente toda para cá com as cagadas que 'cê faz. Tá gostando de todo o trabalho extra?
- Meu, conta isso aí direito. Como é que você conseguiu essa façanha? – Henrique, o estagiário mais velho e muito em breve novo funcionário, perguntou. – Eu estou há um bom tempo por aqui e essa é a primeira vez que vejo uma estagiária conseguir atrair essa galera para cá. O que que você fez?
- Ela foi até suspensa, irmão.
- Já sabemos quem não vai ser efetivada, - zombaram.
Por mais que eu quisesse responder, segurei a minha língua dentro da boca. Já tinha causado problemas demais, a última coisa que iria querer era parar no RH com dois babacas. Tenho certeza que a Val iria dar o seu jeito para livrar a minha barra, mas não sem querer me dar bons cascudos... ela já está tendo stress o suficiente.
E bem... eu estava bastante ocupada para perder meu tempo com dois idiotas. Tinha algo muito mais importante para fazer... como ir atrás de uma certa morena que vi fugindo para o terraço.