18. Des soupçons suspects

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Salut! Chegay.

Esse final de semana foi aniversário da minha senhora, Dora Aventureira,  e isso certamente deixou minha agenda toda doida, mas eu brotei. 

Boa leitura!

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Narração Clarice:

Valquíria cumpriu a sua promessa.

No dia seguinte, exatamente às 08:09, eu estava na porta da minha faculdade. Bem, ao menos meu corpo estava, já a minha alma...

Toda a minha energia e vitalidade foi extraída do meu corpo nessa noite que passou. Enquanto Valquíria acordou radiante e de um incrível bom humor, eu estava só o pó da rabiola. Totalmente destruída e sem forças.

Eu achava que tinha estamina para sexo e aos poucos estou descobrindo que não, ao menos não para acompanhar o ritmo da minha namorada.

E não, eu não estava reclamando. Apesar de sentir como se um avião tivesse me feito de pista de pouso e com dores no corpo generalizada, eu estava nas nuvens. Faria tudo de novo, inclusive. Enquanto ainda pudesse respirar, deixaria Val usar e abusar de mim.

- Você está bem? – Lari me perguntou no intervalo. – Parece pálida e mole. Você emagreceu?

- Pode acreditar que sim... eu estou ótima, - sorri com um pouco de energia que me faltava.

Lari revirou os olhos. – Já sei até o que andou fazendo. Se continuar desse jeito não irá sobrar parte sua para contar história.

- Eu não sei, talvez sou eu que não tenho energia para acompanhar ou estou namorando uma ninfomaníaca.

- Namorando? – Lari perguntou desconfiada. – Namorando do tipo, namorar ou está sendo feito de trouxa por outra casada frustrada que está te usando para se satisfazer.

- Namorando do tipo; ela ficou brava comigo por não ter sido apresentada como minha namorada na exposição semana passada.

- Ela estava lá e você não me apresentou?!

- Eu não te vi por lá... você nem apareceu no meu stand, cachorra.

- Juro que tentei, mas... tive imprevistos no caminho.

A encarei desconfiada. – Imprevistos? Aposto que esse imprevisto tem a ver com mulher.

Lari deu ombro e bebeu seu refrigerante.

Fazia tempo que não via Lari se empolgar por alguém, então estava feliz por ela. Eu estava feliz em meu relacionamento e o meu desejo era que todos tivessem a mesma felicidade que eu... quer dizer... não a mesma, não quero ninguém com a Val, mas enfim... você me entendeu.

Se com bateria cheia eu já era péssima nos cálculos, no modo economia eu consegui me fazer passar vergonha. Não queria uma nota baixa na minha grade, mas aos poucos estava aceitando que era burra e não tinha solução.

No caminho para o trabalho eu perdi meu ponto por ter dormido no ônibus. Em outras palavras, os meus dez minutos adiantada de sempre se tornou quase vinte de atraso. Tive que voltar o trajeto ultrapassado praticamente correndo, com isso fiquei toda suada, descabelada pelo vento e toda desengonçada com a minha mochila e o cilindro.

Resumidamente, estava num estado que preferia não ser vista por ninguém até conseguir me ajeitar no banheiro. Mas estamos falando de mim e era óbvio que a vida iria querer me ferrar. Caso contrário não seria Clarice.

- Bon après-midi, Clarice.

Subindo no elevador comigo estava ela. A presidente do conselho, Margot Sei-lá-o-que, que se lembrava do meu nome. Eu estou muito ferrada.

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