Epílogo (playlist disponível)

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Chapter Music: Do I Wanna Know? - Arctic Monkeys

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Chapter Music: Do I Wanna Know? - Arctic Monkeys

– Ela tá falando merda de novo?

– Não acho que seria merda, Ken... Acho que seria a realidade. - diz Mina, a minha assistente de cabelo platinado e com algumas rugas

– Ela só consegue falar merda!!

Infelizmente, o rebatedor dos Giants não vem tendo o seu melhor desempenho desde a sua chegada no time. - escuto vindo da TV de 80" - Não sabemos realmente qual seria o motivo desse time continuar perdendo, mas acredito que a maior parte se diz ao Kenji Sato, que prefere ir a festas do que treinar com seus colegas. - desligo a TV

– Que porra é essa?? - sem pensar, jogo o controle dessa TV cara no chão de porcelanato, fazendo o controle se quebrar inteiro - Perdão, Mina!

– Eu nem estou vendo, estou fazendo seu jantar, Ken. - responde a mais velha da cozinha

– Caralho, essa mulher consegue ser a pior!!! Nunca vi alguém ser tão desprezível. Como que ela consegue ser desse jeito? Ela não transa, não?

– KENJI SATO! OLHA O RESPEITO!

– Desculpa, Mina... - saio da sala gigante indo em direção ao meu quarto já fechando a porta - Porra, se essa mulher quiser eu resolvo esse problema!

Meu quarto, todo bagunçado, cheio de roupas em todos os lugares porque a Mina já desistiu de arrumar. É uma suíte grande porque toda a minha casa é grande, com um closet, uma janela de vidro pegando toda a parede e uma cama king-size com um jogo de cama também preto, e um tapete preto.

Obviamente a cor preta é minha favorita.

Mas nem a cor do cabelo dessa desgraçada consegue me fazer gostar dela.

Ela não sabe de porra nenhuma que eu tenho que fazer pra conseguir acabar com a vida de alguns homicidas sem nenhum problema. Não sei como esses merdas surgiram, só sei que não existe alguém que nos vinguem. Apenas eu e as pessoas que me pedem para mata-los.

Não conheço ninguém dessa "gangue" que vive me ligando, só sei que me ligam na madrugada, quase sempre, pedindo para matar os Kaijus assim que descobrem o ponto de encontro deles. Dando a entender que são eles que resolvem tudo, mas não são.

Nunca tive problemas, até começar a ser constante essas mortes por homicidas Kaiju! EU NÃO TENHO TEMPO! Não consigo dormir. E ainda tem essa filha da puta que não desaparece dos meus pesadelos. Sonho com ela todo dia, me perturbando.

A pele branca, os olhos castanhos, toda a sua beleza feminina e os cabelos pretos CONSEGUEM DIMINUIR COM ELA FALANDO BOSTA!

Ela é uma desgraçada, uma filha da puta que não consegue estudar antes de falar sobre algo, ela não sabe de porra nenhuma que acontece na minha vida!

Sento na cama com os edredons enrolados, batendo as pernas no chão enquanto coloco as duas mãos ao redor da cabeça.

Até que recebo uma ligação no meu telefone pré histórico... Atendo e antes mesmo de perguntar quem é, escuto:

Precisamos que você mate alguém.

– Só me falem quem, quando e onde.

Thalia Kami. - dizem o nome dela

A mesma que me atormenta há meses.

Quando você a encontrá-la, mate-a. - continua a voz - Em hipótese alguma essa mulher deve sobreviver, entendido? Seja sigiloso e não faça alarde, apenas a mate e nos avise.

– Sim. Pode deixar. - desligo a chamada.

Agora fiquei curioso, por que mata-la? É engraçado se parar pra pensar que logo EU tenho que matar ela.

Olha, eu matei muita gente que eu já não gostava. Pessoas até que estavam no meu convívio, mas os Kaijus são muito sorrateiros. Eles matam pessoas, atormentam e atrapalham todo o serviço da minha gangue, mesmo que eu não conheça essas pessoas. Estávamos no comando de Tokyo há anos, antes desses merdinhas aparecerem e ferrarem com tudo, matando minha família. Preciso dar o troco. Preciso matar TODOS eles.

Mesmo que ela fique no meu caminho, eu faço ela sair se necessário. E esse pedido caiu como uma luva, como uma resposta que eu pedi a Deus.

– Ken, seu jantar está pronto. - diz Mina depois de bater duas vezes na porta, ela nunca entra, não depois de ter me visto fazendo... ... coisas de adulto com duas mulheres adultas - Você vai vir?

– Vou sim, Mina. - me levanto, e já guardo o celular pré histórico no lugar antes de seguir para a cozinha.

No caminho, consigo pensar melhor, o que eu posso conseguir encontrando ela?
Não posso deixar ela me ver em lugar público, tenho que tomar muito cuidando com esse trabalho, porque tanto eu quanto ela podemos perder.
Ninguém desconfia que eu a detesto, só a Mina. Mas ela já sabe.

Preciso saber o que fazer.

Se antes já era difícil tirar ela da minha mente, agora não vai ter como... Estou indo atrás de você, minha nêmesis.

𝔑𝔢𝔪𝔢𝔰𝔦𝔰 • Kenji Sato by The CastroOnde histórias criam vida. Descubra agora