X - 𝐾𝑒𝑛𝑗𝑖 𝑆𝑎𝑡𝑜

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Chapter Music: Dangerous - Thomas LaRosa

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Chapter Music: Dangerous - Thomas LaRosa

Tokyo, 21/08/24 as 23h10

Nêmesis.
Ela acabou de falar "nêmesis".
Fecho a porta atrás de mim e vou em direção do quarto, enrolando a toalha na minha cintura.

Resolvo ir assim mesmo até meu carro buscar algumas roupas que eu guardo na mala preta que eu sempre levo nos jogos. E assim que abro a porta do carro, vejo o celular antigo tocando abaixo do assento do motorista.

Pego o celular e entro dentro do carro, fechando a porta do meu lado.

– Kenji Sato está arruinando nossa operação. Preciso saber como está o seu processo com essa vagabunda. Se eles estiverem namorando mesmo, a presença dele vai ser um problema. - escuto a voz de cadáver do outro lado da linha, sem estar distorcida.

– Esse cara é um mala. Não namoram de verdade, ela diz que ele só faz isso pra provocá-la, mas ela vai precisar manter essa aparência por um tempo. - respondo ainda com minha voz distorcida. - Eu vim aqui o mais rápido que pude e ela já me afirmou que ele não vai atrapalhar o que ela tá planejando.

– Ela já contou o que vai fazer?

– Vai contar agora. Assim que ela me dizer tudo, vou passar as informações pra você.

– One. - Cadáver me chama com autoridade. - Não se envolva demais. Uma mulher é a arma mais perigosa que existe e nada as controla.

– Existem várias mulheres controladas aí. - ironizo sobre as mulheres dopadas na instalação e escuto a risada sombria do Cadáver.

– Faça o possível pra deixar ela assim, não ao contrário. - ele desliga.

Bato minha cabeça contra o volante com raiva. De mim.
Sinto raiva de mim porque eu já estou me envolvendo.
Fiz essa merda toda e agora tô na lista de alvos da FDK, se brincar até dos Kaijus.
Tudo isso porque tinha outra pessoa encostando na Thalia, e essa pessoa não era eu.

O Kenji Sato tem um relacionamento com a Thalia e o One precisa eliminá-la. E ambos sentem desejo por ela.
Desejo, ambição, possessão.
Eu só não posso deixar isso virar paixão.

Escondo o celular debaixo do banco e vou até o banco de trás pra me trocar e pôr a roupa que estava guardada na mala, mas preciso bater uma antes de voltar.

Tokyo, 22/08/24 as 00h07

Já me troquei. Já bati punheta também.
Coloquei uma calça moletom preta e uma camisa manga longa de compressão preta, as que a gente usa nos jogos.
Infelizmente, sem cueca porque eu esqueci de pôr.
Se ela fizer poucos movimentos, eu provavelmente não fico de pau duro. Provavelmente.

Faz meia hora que eu estou sentado no sofá da sala, com apenas a luz do corredor ligado e escutando ela secar os cabelos. Ela gritou do banheiro falando que ia se secar e por uma roupa antes.

Pelo menos, é mais tempo pra eu pensar em outras coisas além dos peitos dela, de como sua clavícula é marcada e como o corpo dela é igual uma ampulheta.
De como a buceta dela estava rosinha e quase chamando pela minha língua.
De como seu quadril é largo e fudidamente gostoso.

Não estou tendo sucesso pra pensar em outras coisas. E meu pau tá ficando duro de novo.

– Pronto. - ela aparece, saindo do corredor.

Novamente, quase com a mesma roupa que eu.
Ela tá de calça de moletom também preta e um cropped manga longa preto. Nos pés, uma pantufa do Banguela. Dou um riso pelo nariz quando vejo sua pantufa.

– É meu filme favorito, tá? - olho pra ela novamente e vejo seu cabelo solto, quase pedindo pra eu amarrar eles com minha mão. - Agora... Preciso saber tudo sobre a instalação de vocês e das instalações Kaijus. - ela joga alguns papéis na bancada da cozinha e fica apoiada nele.

– Eu não sei muito. - me levanto do sofá e vou em sua direção, sentando da cadeira alta da bancada. - A única vez que eu fui pra lá foi quando eu te vi.

– Você não trabalha lá ativamente?

– Não. Não sou idiota igual o Takashi, ele mostra o rosto e a voz sem pensar.

– E como você chama mais meninas pra essa escravidão mesmo?

– Eles chamam pra mim e me mandam fotos, eu as escolho e passo o "script" - faço aspas com os dedos. - de como as coisas funcionam por lá, só que com algumas mentiras. Infelizmente eu só sei e vi apenas isso.

– Hum... - ela abre um papel grande e mostra toda a instalação desenhada perfeitamente. - Eu sei algumas coisas a mais.

Meu rosto tenta visualizar cada parte que ela desenhou. O nível superior com a parede falsa, as naves, os ônibus, os camburões, as motos. As tendas brancas de treinamento de tiro, a casa das putas que ficam andando no meio do nível, a "casa" dos soldados novos. Tudo. Inclusive, a forma quadrada no chão que vai pro nível inferior.

– Esse lugar aqui. - ela aponta pro elevador secreto. - Eu vi você entrando nele junto com o seu chefe. Sabe me falar a senha que faz ele abrir?

– Não. Eles não compartilharam nada, não deu tempo por sua causa. - bufo, mas logo a encaro e sorrio de canto. - Você entrou por aí?

– Não. Um homem foi idiota.

– Como assim? - franzo as sobrancelhas e ela senta numa das cadeiras, dando risada.

– Eu me disfarcei de umas das suas amiguinhas. Entrei com elas e disse que eu era uma "convidada" de última hora. - travo a mandíbula e cerro os punhos. Não sei se vou gostar do resto dessa conversa. - Resolvi entrar na brincadeira e me divertir, levei um dos homens pra um canto e ele disse que tinha um lugar melhor. Ele entrou por um elevador que só os soldados podem usar pra ir pro nível inferior e me levou naquela sala secreta. - meu coração começa a acelerar e ela continua rindo durante sua história horrível. - Enfim, fiz minha parte, imitei suas amiguinhas e quando ele ia se abaixar pra me chupar, eu dei uma joelhada na cara dele e um mata-leão. Ele ficou desacordado e eu coloquei o corpo dele de volta no elevador.

Eu até perguntaria como esse homem era, mas se ela me der muitos detalhes é capaz de eu trair minha gangue matando ele. Se eu matar um deles, eles me matam.

– Uau. - bato palmas pra Thalia, fazendo ela revirar os olhos. - Inteligente.

– Sempre.

– E como você desligou a luz?

– Já tinha colocado uma bomba em um dos quadros de luz, imaginei que se fosse assim ia destruir o resto.

– E você precisa de mim pra que? - cruzo os braços.

– Pra matar eles pra mim.

𝔑𝔢𝔪𝔢𝔰𝔦𝔰 • Kenji Sato by The CastroOnde histórias criam vida. Descubra agora