"Aproveita e deita no meu peito que amanhã, sei lá.
Me deixa um milhão de motivos pra um dia voltar..."
Jeon Jungkook é um ômega calmo e alegre que vive no interior pacífico de Busan, seu coração nunca se apaixonou verdadeiramente por um alfa, e est...
Aleerta de gatilho 🚨 🛑 • Menção a violência infantil
Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.
Na quietude da madrugada, onde os sussurros do vento são confidências da noite, ela sentia a ausência dele como um vazio irreparável. O amor que um dia florescera entre eles agora se desfazia como um sonho ao despertar, deixando apenas um eco doloroso. Naquele silêncio pesado, cada canto da casa parecia contar a história de sua partida, uma despedida sem palavras, marcada pelo último suspiro que ele entregou à escuridão. A lua, solitária no céu, parecia partilhar de sua dor, derramando lágrimas prateadas sobre o mundo adormecido. E ela, perdida entre memórias e lágrimas, buscava entender o insondável abismo que o havia levado, na esperança de encontrar algum consolo para a saudade eterna que agora carregava no peito.
O choro infantil ecoava pelo ambiente e a deixa a beira da loucura, seu corpo estava encolhido sobre os lençóis que ainda tinham o cheiro dele.
Tudo lhe lembrava a ele.
O barulho da porta se abrindo e dos passos apressados de Seokjin que encontrou seus irmãos abandonados no quarto gélido, Taehyung seu amado o ajudava a tentar fazer os pequenos não chorarem mais, mas eles clamavam pelo carinho de seus pais, que haviam ido embora naquela manhã.
Por mais que apenas Jonghyung tenha morrido aquele dia, Scarlett e todas sua felicidade foi levada junto a ele.
Ela não comia, dormia ou visitava os filhos, os deixando chorando pelos cantos, por se senti incapaz de cuidar deles sozinha.
Ela não sabia o que fazer.
Queria morrer também, mas parecia que até aquele ato lhe era negado pelo destino.
Seokjin caminhou pelos corredores de seu pequeno lar, até chegar ao quarto dos pais. Se a alfa se aproximasse das crianças, elas sentiriam a familiaridade do aroma e se confortariam. Abriu devagar o ambiente, vendo a mulher que considerava sua mãe destruída sobre os lençóis, as mãos sobre a própria cabeça tentando evitar que o barulho dos gritos infantis atingisse sua mente, as unhas curtas arranhavam a pele de seu rosto descontando os sentimentos abstratos e a ausência que inundava seu coração em uma tempestade.
- Faça essas crianças pararem de chorar, ou eu vou joga-las pela janela - A alfa ditou em um tom frio, já não aguentava mais, queria desistir. Normalmente Jonghyung estaria ao seu lado aproveitando um bom jantar, depois de brincarem com as crianças a tarde inteira.
Por que ele a havia abandonado? Onde falhou como alfa?
- Mãe... - Seokjin se aproximava lentamente da figura em lágrimas que havia perdido o sentido de sua vida.
- Eu não sou a sua mãe - A alfa esbravejou pelo ambiente, fazendo com que o ômega jovem se assustasse com a fala, mas não se afastasse dela.
