Quando os destinos de Amábile e Joaquín se entrelaçam, a catástrofe iminente se torna inevitável.
Dois universos opostos que colidem em uma atração magnética, dançando no limite da tensão que os envolve.
Em um duelo de interesses, quem se renderá pr...
"Porque, amor, agora nós temos um conflito, ei Agora temos problemas E eu não acho que nós podemos resolvê-los" — BAD BLOOD, Taylor Swift
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É claro que eu o conhecia.
Qualquer telespectador de futebol, mesmo o mais desatento, reconheceria de imediato o rosto de Joaquín Piquerez. O jovem talento uruguaio estava ascendendo rapidamente como uma das maiores promessas do cenário futebolístico, conquistando não apenas a admiração dos fervorosos torcedores do Palmeiras, mas também o respeito e reconhecimento dos apaixonados pelo esporte em geral.
Sua habilidade implacável e sua determinação incansável em campo o transformaram em um verdadeiro ícone do clube, capaz de arrancar aplausos até mesmo dos torcedores rivais, que não conseguiam ignorar o brilho e a genialidade que Joaquín exibia a cada partida.
E mesmo não sendo uma seguidora devota de Joaquín, meu coração acelerava descontroladamente, batendo contra minhas costelas com uma intensidade que reverberava para todo o meu ser. Não pela sua fama ou status, mas sim pela primeira impressão indesejada que eu temia estar passando.
Eu deveria transmitir uma imagem profissional e segura, mas naquele momento me via encharcada pela chuva, com a maquiagem borrada e um sentimento de desespero que transbordava por cada poro da minha pele.
E não esqueçamos do pior.
Joaquín inspecionou a traseira do carro esportivo, deparando-se com amassados e arranhões. Com um gesto de irritação, ele jogou a cabeça para trás, deslizando a mão entre os cabelos encharcados pela chuva, soltando um xingamento abafado pelo barulho do temporal. Embora o estrago não fosse significativo, ninguém deseja ver seu veículo danificado em uma segunda-feira qualquer, não é mesmo?
Decidida, dei um passo à frente, capturando sua atenção. Seu rosto não exibia amabilidade alguma; a impaciência pairava no ar ao nosso redor. Seus olhos faiscavam de raiva, cravando-me com um olhar que parecia capaz de perfurar até a alma. Eu compreendia sua irritação, compartilhando do seu descontentamento.
— Porra, você é cega ou maluca? — elevou o tom acusatório, emanando cheiro de álcool.
Surpreendida com a pergunta, pisquei os olhos atônita, enquanto o odor de álcool invadia minhas narinas.
— Foi um acidente, a chuva engrossou muito e eu não consegui ver o seu carro. Mil perdões, você se machucou? — expliquei, tentando acalmar os ânimos.
— Ótimo, então é cega — concluiu, sarcástico e impaciente — E guarde suas desculpas para si, o estrago está feito. Aliás, por sorte, não me machuquei.
Fiquei boquiaberta.
Eu não estava esperando uma resposta calorosa dele, mas tampouco essa hostilidade. A situação era delicada, mas acreditei que poderíamos resolver de forma mais amigável e menos conflituosa. Afinal, eu estava disposta a arcar com os danos causados.
— Reconheço meu erro e assumo total responsabilidade pelos reparos necessários em seu veículo, mas não permitirei que fale assim comigo — decretei, mantendo a compostura — Vamos facilitar para nós dois e resolver essa situação da melhor maneira possível, por favor.
Joaquín me encarou como se eu tivesse sugerido algo absurdo.
— Facilitar? Eu poderia processá-la por isso.
Percebi a gravidade da situação e respirei fundo.
Contudo, a tensão no ar era palpável após a ameaça feita, meu sangue fervia enquanto me aproximava dele, ignorando por um instante o ambiente e a identidade dele, encarando-o nos olhos. O aroma da bebida se tornava mais intenso conforme eu me posicionava diante dele.
— Faça isso — declarei — Será bastante interessante quando a mídia descobrir seu hábito de dirigir embriagado, concorda?
Naquele instante, sua postura mudou.
Seus ombros se enrijeceram e o maxilar se contraiu. Nos encaramos sob a chuva como se estivéssemos prestes a duelar. Não havia beleza na forma como nos assemelhávamos a animais prontos para brigar por território. O ambiente ao nosso redor era perigoso e traiçoeiro, quase letal.
— Então está me ameaçando? — sussurrou.
Ri ironicamente.
— Entenda como quiser — respondi.
Ele abaixou levemente o pescoço, reduzindo ainda mais a distância entre nós. Para minha surpresa, Joaquín segurou delicadamente meu queixo entre os dedos. Ambos estávamos encharcados e, felizmente, éramos os únicos ali, pois fora de contexto essa proximidade poderia ser mal interpretada.
— Tenha cuidado, boneca. Você não faz ideia com quem está lidando.
A mistura entre a casualidade e a hostilidade transparecia em cada toque e palavra dele, enquanto a aura ameaçadora que ele carregava brilhava como chamas nos seus olhos. Além disso, um perigo quase letal permeava a sua postura decidida, delineando um cenário de confronto iminente.
— É você quem está desorientado aqui, colega. E não me chame assim ou tente me tocar novamente; você não tem esse direito e não permitirei que o faça.
Afastei a mão de Joaquín e dei alguns passos para trás.
Ele apenas me encarou uma última vez antes de entrar no veículo e dizer:
— Aguarde uma notificação nos próximos dias, boneca.
Assim que o portão do CT se abriu, Joaquín se afastou rapidamente, desaparecendo da minha vista e me deixando ali, plantada sob a chuva, sozinha e perplexa.
Ótimo. Aquele era um ótimo jeito de começar o dia.
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mais um cap quentinho saindo do forno! esse tá pequeno, mas e aí? comentem oq acharam desse encontro. imagina o choque quando ver que vai trabalhar com ela kkkkkkkkm