"Me conte seus segredos e me faça suas perguntas
Oh, vamos voltar para o começo
Correndo em círculos, tirando coroas
Tirar cara é uma ciência à parte"
— THE SCIENTIST, ColdplayO dia seguinte no CT foi um verdadeiro turbilhão de atividades.
Desde as primeiras horas da manhã, a agitação tomou conta do ambiente. Atletas eram convocados para entrevistas, enquanto a comissão médica se dedicava intensamente à recuperação individual de cada jogador.
A equipe tática, por sua vez, estava imersa na análise do rendimento da equipe, buscando identificar áreas que precisavam de aprimoramento.
No período da manhã, os jogadores passaram por avaliações físicas minuciosas, que geraram uma mistura de expectativa e nervosismo. Cada atleta queria demonstrar seu potencial e garantir que estava em plena forma para os próximos desafios.
À tarde, o foco mudou para a reabilitação. As sessões foram planejadas com cuidado, adaptadas às necessidades específicas de cada atleta.
Ao fim do expediente, eu me encontrava exausta em minha sala, rodeada por uma pilha de equipamentos e papéis. A rotina intensa do dia tinha me deixado cansada, mas minha mente estava focada em um único objetivo: consertar o aparelho de eletroterapia que, para minha frustração, havia quebrado.
Enquanto eu tentava entender o que estava errado, sentada em minha cadeira e com o aparelho em cima da mesa, ouvi passos no corredor. Quando levantei a cabeça e vi Piquerez parado na porta, uma expressão de confusão tomou conta do meu rosto.
— Precisa de algo? — perguntei, um tanto desconfiada, sem saber a razão dele estar ali.
Fiz um gesto convidativo para que ele entrasse.
— Acho que esqueci meu casaco aqui, devo ter deixado mais cedo durante a reabilitação — disse ele, apontando para o casaco jogado sobre uma maca. Seu tom era casual.
Assenti, aliviada por ele não estar ali por outro motivo.
— Você está aqui há muito tempo? — perguntou Piquerez, enquanto pegava o casaco e se virava para mim.
— Ah, têm um tempinho... tentando consertar esse aparelho de eletroterapia que decidiu parar de funcionar — respondi, tentando manter a casualidade.
Ele franziu a testa.
— Precisa de ajuda? — ele perguntou, parecendo solícito.
Eu hesitei por um segundo, surpresa com a oferta. A relação entre nós ainda era um mistério, mas a verdade é que eu realmente precisava de alguém.
— Na verdade, sim. Não sei o que há de errado — eu disse, frustrada.
Ele se aproximou e parou ao meu lado, olhando para o equipamento com curiosidade. Seu aroma amadeirado me invadiu, trazendo uma sensação de frescor ao ambiente. Pelo cabelo molhado e roupas limpas, percebi que ele havia acabado de tomar uma ducha, o que explicava a leveza em sua presença.
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DOCE RUÍNA - piquerez;
FanficQuando os destinos de Amábile e Joaquín se entrelaçam, a catástrofe iminente se torna inevitável. Dois universos opostos que colidem em uma atração magnética, dançando no limite da tensão que os envolve. Em um duelo de interesses, quem se renderá pr...