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PALMEIRAS x FLAMENGO 21/04/2024.
Final do jogo deu 0x0. Não foi o melhor jogo de ambos os times, mas também não foi o pior. Em alguns momentos acreditei que o Palmeiras iria fazer o gol da vitória, mas me enganei.
O Zé não voltou ainda e sem dúvidas, o time sente falta do camisa oito. Não estou dizendo que o Aníbal Moreno não dê conta do recado, muito pelo contrário, ele é um puta jogador. Caiu como uma luva na escalação do Abel desde do primeiro jogo. O Rios também é muito bom, apesar das pessoas prestarem atenção nele só por causa da beleza e não pela bola. Mas Zé Rafael é o Zé Rafael.
Nunca vão me ouvir falando isso em voz alta, nunca. Mas quando ele está lesionado ou suspenso, o time decai.
Caminho pelo corredor do Allianz que tem poucas pessoas, já que faz algum tempo que o jogo acabou. Mando mensagens para Gio avisando que o jogo acabou, mas não dou quatro passos antes de colidir contra algo duro e derrubar o celular no chão.
— Merda!
— ¡Perdon! — uma voz carregada de sotaque chama minha atenção. Arregalo os olhos quando percebo que se trata de nada mais e nada menos do que Erick Pulgar.
O que ele tá fazendo aqui no corredor do vestiário do Palmeiras? Puta que pariu. Se alguém pega ele aqui vai da um B.O.
— Quebrou? — ele aponta pro celular já nas minhas mãos. Volto a realidade lhe dando um pequeno sorriso balançando a cabeça em negação.
— Não se preocupe jogador, não vai precisar me pagar outro! — brinco o fazendo rir.
Ele me olha de cima a baixo e porra... As tatuagens dele é o que chama a minha atenção. Não acho ele bonito, pra falar a verdade é bem mais ou menos, mas não me importaria de contar todas suas tatuagens.
— O celular yo no sei, pero, se quieres, posso te pagar um jantar... — sorrio ladino vendo-o me comer com os olhos. — Claro, como desculpas por ter esbarrado em você!
Antes que eu possa abrir a boca pra dizer sim, uma voz com uma raiva contida se intromete respondendo por mim.
— Valeu aí, cara. Mas ela não quer não! — trinco os dentes vendo Zé surgir do quinto dos infernos e se por entre Pulgar e eu. Bufo recebendo um olhar mortal seu.
