17

212 56 20
                                    

ˤᵘᵉᵐ ᵗᵉ ᵉⁿˢⁱⁿᵒᵘ ᵒ ᶜᵃᵐⁱⁿʰᵒ ᵃᵗᵉ ᵐⁱᵐ?
ᵐᵉⁿᵗⁱʳᵃ ᵗᵃᵐᵇᵉᵐ ᵉ ᵒᶜᵘˡᵗᵃʳ ᵛᵉʳᵈᵃᵈᵉ
ᵖᵒʳ ˤᵘᵉ ᵛᵒᶜᵉ ⁿᵃᵒ ᶜᵘⁱᵈᵒᵘ ᵈᵉ ᵐⁱᵐ
ᵐᵉᵘ ᵇᵉᵐ, ᵗᵉ ᵃᵐᵃʳ ᵗᵃⁿᵗᵒ ⁿᵃᵒ ᶠᵃᶻ ᵇᵉᵐ.

- ᵇᵃᶜᵒ ᵉˣᵘ ᵈᵒ ᵇˡᵘᵉˢ & ˡᵘⁱˢᵃ ˢᵒⁿᶻᵃ, ʰᵒᵗᵉˡ ᶜᵃʳᵒ.

Acordei com a luz fraca da manhã atravessando as cortinas, mas tudo ao meu redor parecia cinza

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

Acordei com a luz fraca da manhã atravessando as cortinas, mas tudo ao meu redor parecia cinza. Há dias que é assim. Talvez semanas. Não sei ao certo quando comecei a sentir esse vazio, mas sei que ele cresceu dentro de mim desde o dia em que me afastei do Zé. O tempo passa devagar, como se cada segundo do dia, me lembrasse que algo, ou alguém, está faltando. E esse alguém é ele.

Eu nunca imaginei que a ausência de uma pessoa pudesse mudar tanto a cor dos meus dias. Antes, tudo parecia mais vivo, mais vibrante, como se a presença dele desse sentido até às pequenas coisas. Agora, tudo parece plano, sem graça. Meu feed do Instagram explodiu, de repente sou o assunto do momento. Cem mil seguidores. As notificações não param. Sou trending top no X, antigo Twitter. E eu? Nada. Não sinto absolutamente nada.

Nenhum sorriso, nenhuma alegria. Estou completamente apática com toda essa questão.

Não é que eu não aprecie o que está acontecendo. Eu deveria estar radiante, comemorando, curtindo cada momento desse sucesso. O concurso, os likes, as mensagens de apoio... Mas sem ele, sem Zé, isso tudo parece superficial, vazio. É como estar cercada de vozes, mas nenhuma delas importa porque não é a dele.

Penso em mandar mensagem pra ele todos os dias. Todos os dias. Meu dedo para em cima do nome dele no celular, mas eu nunca consigo apertar "enviar". Há tanto que eu quero dizer... que sinto falta, que nada faz sentido sem ele. E o pior de tudo? Eu sei que ele não faz ideia do quanto me afeta.

Sei que Zé também sente minha falta, as quase sessenta ligações e cem mensagens que eu não visualizei ou atendi, deixam isso bastante claro. Mas o que posso fazer se o medo me paralisa?

Medo do futuro, medo do que pode vir se eu abrir meu coração. E se ele não sentir o mesmo? E se tudo isso estiver só na minha cabeça? Mas, ao mesmo tempo, não posso continuar fingindo que estou bem, que tudo vai se resolver sozinho. Essa espera está me consumindo, me deixando mais ansiosa a cada dia. Eu quero mandar aquela mensagem. Dizer que sinto falta, que ele faz falta.

Mas e depois? O que acontece depois? O silêncio dele pode virar um "eu também te amo, Rubi" ou um "não sinto o mesmo, me desculpe". E é isso que me aterroriza: o futuro incerto, a possibilidade de perder.

𝐒𝐄𝐌 𝐋𝐈𝐌𝐈𝐓𝐄𝐒 • 𝐙𝐄 𝐑𝐀𝐅𝐀𝐄𝐋Onde histórias criam vida. Descubra agora