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— Chega a ser piada! — Zé resmunga ao meu lado. Ergo a sobrancelha não entendendo do que diabos ele tá falando.
O jantar acabou e estão todos bebendo uma taça de vinho, rindo e brincando de twister. Decidi não participar porque nunca brinquei disso antes, então estou só observando pra participar da próxima rodada. Já o Zé não participa porque é um velho cheio de dores nas costas.
— Deus! Você é tão rabugento como um velho de noventa anos. — reviro os olhos. — Se não gosta do jogo é só não participar, ou ir embora... Seria até melhor.
Ele bufa me empurrando com o seu cotovelo.
— Não tô falando do jogo... — franzo o cenho.
— Então tá falando do que?
— Você e o Pulgar!
Por um segundo fico paralisada. Então eu solto uma risada baixa, me seguro muito pra não gargalhar e chamar a atenção de todos.
O Pulgar nunca chamou a minha atenção, mas não da pra negar que eu adoraria ouvir ele sussurrando coisas em espanhol no meu ouvido. É uma língua tão atraente... Mas ainda assim, não ficaria com ele. Só que o Zé tá tão focado no que viu no corredor do Allianz, que falando desse jeito, com essa cara emburrada, até parece um namorado ciumento.
— Não é da sua conta as pessoas que eu me interesso. — ele bufa mais uma vez incrédulo.
— Não me importo com quem você sai! — cruza os braços defensivamente. Apenas sorrio ladino.
— Não é isso que parece.
— Foda-se. — dá de ombros indiferente. Isso me irrita. Quem ele pensa que é?
— Foda-se você, idiota! — acabo falando tão alto que chama a atenção de todos. Ele belisca meu braço e eu dou uma cotovelada forte no seu estômago. Ele cerra os dentes grunhindo de dor.
— Aí porra, isso dói!
— E é pra doer mesmo, seu bastardo.
— Vocês dois não podem ficar dois minutos juntos sem brigar? — meu irmão quem pergunta. Rony tem as mãos na cintura e ri debochado.
