16

282 62 23
                                    

ᵉᵐ ⁿⁱⁿᵍᵘᵉᵐ ᵃᵗᵉ ᵉᵘ ˢᵉⁱ ˤᵘᵉ ᵛᵒᶜᵉ ᵐᵉ ˤᵘᵉʳ ᵇᵉᵐ
ˢᵉⁱ ˤᵘᵉ ᵗᵘ ˤᵘᵉʳ ᵐᵉ ᵍᵃⁿʰᵃʳ ᵐᵉᵘ ᵇᵉᵐ
ˢᵉⁱ ˤᵘᵉ ᵉᵘ ᵗᵃᵐᵇᵉᵐ ⁿᵃᵒ ˢᵒᵘ ᵈᵉ ⁿⁱⁿᵍᵘᵉᵐ
ᵗᵘ ˢᵒ ᵐᵉ ᵍᵃⁿʰᵃ ⁿᵒ ᵒˡʰᵃʳ ⁿᵒ ʲᵉⁱᵗᵒ ᵈᵉ ᵃᵐᵃʳ.

- ˡᵘⁱˢᵃ ˢᵒⁿᶻᵃ, ᵐᵉˡʰᵒʳ ˢᵒᶻⁱⁿʰᵃ.

- ˡᵘⁱˢᵃ ˢᵒⁿᶻᵃ, ᵐᵉˡʰᵒʳ ˢᵒᶻⁱⁿʰᵃ

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

Eu tô enlouquecendo.

Desde da nossa última vez no Rio de Janeiro, Rubi foge de mim como o diabo foge da cruz! Como é possível? Eu nem sei o que eu fiz. Será que fui muito duro com ela? Será que a machuquei e ela ficou com medo de falar?

Deus.

O silêncio dela me afoga. Toda vez que olho para o iPhone, vejo a última mensagem que enviei, deixada no vazio. Nem visualizada. E eu fico aqui, nadando em pensamentos, me perguntando o que eu fiz. A ansiedade vai e volta como ondas, e eu me sinto submerso, sem ar.

E só agora percebo o quão importante Rubi se tornou nesses últimos meses. Aquela risada fácil, as conversas que iam de bobagens do dia a dia, deixando todo o estresse de lado. Ela preenchia o silêncio de um jeito que ninguém mais conseguia. E agora esse silêncio é insuportável.

Eu revivo os últimos dias como se estivesse tentando encaixar as peças de um quebra-cabeça incompleto. Será que falei algo errado? Mas, por mais que tente, não consigo encontrar nada. Só sei que eu sinto falta dela, de tudo que ela trazia para minha vida. E me dói saber que ela não sente a mesma falta.

A saudade pesa, sufoca. Tento não pensar, mas pensar é tudo o que faço. Tento mandar outra mensagem, mas logo desisto. Não quero parecer desesperado, mesmo que já esteja. Porra! Quase setenta mensagens.

As horas passam, e eu fico preso nessa espiral. Volto à nossa última conversa. Foi normal, tudo parecia estar bem. Nenhuma discussão, apenas aquela provocação sobre o Pulgar e depois eu perguntando o numero do seu quarto. Mas agora, no silêncio, começo a duvidar de cada detalhe. Será que ela estava tentando me dizer algo nas entrelinhas e eu não percebi?

A cada segundo que ela não responde, a distância entre nós cresce. Fico revisitando os momentos que passamos juntos, como se fossem lembranças de outra vida. A forma como ela se deitava no meu peito sempre que transavamos, raspando as unhas na minha pele. O sorriso bobo sempre que gozava, como seus olhos brilhavam quando nossos olhares se encontravam, como, de repente, tudo ao lado dela ficou mais fácil.

Era bom. Parecia certo. E agora, tudo parece fora do meu controle.

Eu olho para o telefone de novo, esperando que, desta vez, haja algo. Qualquer coisa. Mas nada. Nenhuma notificação. Apenas esse vazio insuportável.

𝐒𝐄𝐌 𝐋𝐈𝐌𝐈𝐓𝐄𝐒 • 𝐙𝐄 𝐑𝐀𝐅𝐀𝐄𝐋Onde histórias criam vida. Descubra agora