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De acordo com o meistre, meu cio está se aproximando. Em poucas semanas, estarei trancado em meus aposentos, implorando por um alfa e por uma marca, como uma cadela repugnante. Mamãe aumentou o número de guardas betas em minha ala para garantir que nenhum pervertido tente invadir meus aposentos durante esse período.

Enquanto não tivesse um alfa adequado, teria de passar os cios sozinho, sofrendo como um condenado. Mas, dependendo da escolha do parceiro, o ato sexual poderia não ser tão prazeroso assim. Mamãe explicou-me como seriam as coisas sendo um ômega e aconselhou-me a permanecer imóvel na cama enquanto o alfa faz o trabalho. Alicent sugeriu que eu tentasse concentrar minha atenção nos detalhes do teto ou na decoração do ambiente.

Senti pena de minha mãe.

Infelizmente, essa é a realidade de muitos ômegas, mas eu não aceitaria isso. Eu sou um ômega Targaryen e mereço experimentar o prazer verdadeiro. Mesmo que Aegon me tenha levado a uma casa de prazeres aos treze anos, a experiência não foi divertida; foi repugnante.

Lembro-me do peso da prostituta sobre mim, o cheiro de sexo e o hálito de vinho que ela emanava. Permaneci parado enquanto a mulher gemia como uma cadela. Pensando agora, foi exatamente como mamãe descreveu; meu eu adolescente ficou lá, observando as pessoas ao redor, tentando entender o ambiente em que estava, enquanto alguém mais velho "cuidava" de minhas necessidades. Não gozei, fiquei cansado e enjoado de tudo aquilo, apenas mandei-a embora e voltei ao castelo, deixando Aegon lá.

Nos últimos anos, cuidei de mim mesmo. Ainda tinha necessidades, mas a ideia de voltar à Rua da Seda me enojava a ponto de nunca mais ir lá, nem mesmo para buscar meu irmão.

Mas agora é diferente. Estou em outra posição e não quero me amarrar a alguém sem antes ter me divertido. Mas, para isso, preciso ter cuidado, é claro. Não quero que rumores desagradáveis se espalhem. Eu não sou Rhaenyra; teria cuidado com meus amantes.

Conhecia a pessoa perfeita para cumprir esse papel.

Howard arregalou os olhos assim que entrou em seus aposentos e me viu. Meu primo ficou petrificado, estarrecido com a visão.

Esforcei-me hoje para parecer desejável. Betty preparou uma camisola de tecido rico de Lys, semelhante às que as prostitutas de luxo usavam. Não era tão reveladora, e também tinha um casaco para usar, mas era vulgar para Westeros.

Entrei no quarto dele através de uma passagem no corredor e fiquei esperando ele voltar de seu passeio. Estava sentado em uma poltrona, folheando um livro, quando ele chegou.

— Howard — cumprimentei-o normalmente, tentando esconder meu constrangimento. — Finalmente chegou.

Era tarde, eu já deveria estar na cama descansando e não no quarto de um alfa. Isso é inapropriado para um príncipe ômega. Se alguém nos pegar, eu começarei a chorar e direi que fui forçado. Seria difícil de acreditar, por causa das minhas vestimentas e pelo fato de que estou em seu quarto, mas eu daria um jeito. Não pensei no que fariam com Howard; sou mais importante.

— O que está fazendo aqui? — ele parecia incrédulo, bravo, mas o cheiro de seu desejo se espalhou pelo cômodo. Levantei-me da cadeira e comecei a andar até o Hightower, que deu passos assustados para trás. Orgulhei-me de vê-lo fugindo de mim como uma presa.

Howard bateu em uma pequena mesa onde havia vários livros e papéis que não prestei muita atenção. Quando finalmente cheguei perto, coloquei as mãos em sua cintura, encurralando-o.

— Aemond...

Sua voz saiu em tom de alerta, tentando me avisar de que isso era um erro. Ignorei-o deliberadamente e juntei nossos corpos o suficiente para que pudéssemos sentir cada traço um do outro. Gemi de satisfação ao notar que seu membro estava duro por mim. Impulsivamente, pus meu joelho no meio de suas pernas, deliciando-me com os ruídos lascivos que ele deixou escapar.

𝙳𝙰𝙽𝙶𝙴𝚁𝙾𝚄𝚂Onde histórias criam vida. Descubra agora