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Aemond sorriu para Jacaerys quando seu futuro noivo entrou em seus aposentos. Após o julgamento de Loreon, foi o próprio Aemond quem convidou Jacaerys para um jantar privado, e o Alfa rapidamente aceitou. Na verdade, Aemond  queria exatamente comemorar. Ele estava satisfeito com o destino de Loreon, que em breve se juntaria à Patrulha da Noite, e com o fato de Baela estar presa em seus aposentos, cercada por guardas dos Hightower. Ela não sairia de lá, nunca.

— Foi um verdadeiro espetáculo quando você expôs a verdade sobre Baela — disse Jacaerys, sentando-se à mesa à sua frente.

— Não gosto de mentiras, exceto quando sou eu quem as conta — Aemond respondeu, divertido, provocando o riso de Jace. Era verdade: ele adorava mentir, principalmente quando isso o beneficiava. Aemond se serviu de uma taça de vinho da Árvore.

— Então é melhor evitá-las depois de nosso casamento — Jacaerys sugeriu, arqueando uma sobrancelha. Aemond notou que ele estava particularmente bonito naquela noite. Por ser tarde, Jace optara por trajes mais simples, e o ômega seguiu seu exemplo, deixando os laços de sua camisa soltos o suficiente para ser atraente, mas não indecente. — Você é um noivo exigente.

— Cuidadoso seria a palavra certa. Não vou me casar com qualquer um.

— Eu não sou qualquer um — Jacaerys rebateu de imediato, como se estivesse se defendendo. Aemond se levantou com a taça nas mãos e foi até o Alfa, encostando-se ao seu lado. Durante todo o curto trajeto, Jacaerys o observou com uma expressão enigmática. Admiração? Raiva? Desafio?

— Você tem razão — Aemond disse, deixando a taça sobre a mesa e segurando o rosto de Jacaerys com uma mão. O toque repentino o surpreendeu, mas logo ele se inclinou em direção ao gesto, aceitando-o. Jacaerys nunca seria igual aos outros. Ele era único. — Você será o rei.

— Serei um marido honrado e fiel. Farei de tudo para que você e nossos filhos sejam felizes e satisfeitos — Jace prometeu com determinação.

— E o que você espera em troca? Que eu aja como um boneco? — Aemond provocou, sabendo bem que Jacaerys não desejava isso, mas sua mente maquiavélica não pôde deixar passar a oportunidade. Seu sobrinho arregalou os olhos, desesperado.

— Não! Aemond, eu jamais faria isso! — ele respondeu com evidente angústia. — Nunca faria isso com você! — As mãos de Jacaerys seguraram a cintura de Aemond com ansiedade, um gesto que o fez ficar alerta.

— Eu sei — Aemond o interrompeu, impedindo que ele tivesse um ataque de pânico. — Só estou brincando com você.

Jacaerys abriu a boca, escandalizado e assustado, mas Aemond estava se divertindo. Seu noivo estava prestes a dizer algo que ele não queria ouvir. Rapidamente, Aemond puxou o rosto de Jace para si e o beijou.

Ele não estava pensando direito. Ou talvez estivesse. Queria celebrar sua vitória, e Jace estava tão irresistível que Aemond não conseguia se controlar. Aquilo seria uma simulação do que fariam na noite de núpcias.

Jacaerys hesitou no início, mas logo retribuiu o beijo. Ele beijava bem, melhor do que Howard, Aemond notou involuntariamente. Desajeitado, Aemond começou a desatar os laços da camisa de Jacaerys. O Alfa percebeu suas intenções e se afastou, surpreso.

— Aemond, não devíamos fazer isso — Jacaerys disse com a voz hesitante, embora seu corpo e olhos dissessem o contrário. Aemond notou o volume nas calças dele e o desejo em seu olhar brilhante. O aroma que exalava gritava necessidade, impregnando o ambiente.

— Mas nós vamos — Aemond respondeu com autoridade e, em um movimento ousado, sentou-se no colo de Jacaerys, fazendo-o arfar. — Ou você não me deseja? — perguntou com a voz carregada de provocação, aproveitando cada toque do Alfa.

𝙳𝙰𝙽𝙶𝙴𝚁𝙾𝚄𝚂Onde histórias criam vida. Descubra agora