The Beginning

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14 anos atrás 

Interpol - Londres

— Moore. — Hanks, meu chefe da divisão, me chama de sua sala. — Venha aqui, quero lhe apresentar uma pessoa.

Caminho tranquilamente até a sala de Hanks, no caminho deixo uma pasta de arquivos sobre minha mesa. Sigo para a sala do meu chefe e entro no espaço junto com o mais velho. Sentado na cadeira em frente a mesa de Hanks, um homem que particularmente atraente, toma minha atenção assim que ela se levanta e se direciona a minha pessoa. Cabelos escuros, olhos castanhos, barba feita, pele branca, terno sob medida e olhar bem persuasivo e analista sobre mim, mas com uma pitada de graça. 

— Hotchner essa é a Agente Especial Elizabeth Moore. Nossa melhor agente para trabalhos infiltrados. 

O homem se aproxima ainda mais de mim e me estende a mão em cumprimento, pego a mesma e me surpreendo com seu toque, sua proximidade faz seu perfume amadeirado impregnar meu nariz.

— É um prazer conhecê-la , Srta. Moore. Sou Aaron Hotchner

— Um dos melhores do FBI e também um dos melhores agentes infiltrados em campo. — Digo o cortando. — Uma honra conhecê-lo senhor. 

— Bem, com as devidas apresentações feitas, quero que se sentem pois temos trabalho a fazer.

— Ah… perdão — Olho para meu chefe sem entender. — Temos trabalho? Que trabalho?

— Não chamei vocês aqui apenas para paparicá-los. — Hanks dá a volta em sua mesa e pega a pasta de um arquivo com o selo de confidencial estampado no mesmo. 

— Serviço secreto? — Hotch pergunta.

— Sim. Preciso que vocês trabalhem juntos em um caso infiltrados. — Hanks solta a bomba de uma só vez.

Pela primeira vez meu olhar com o do Agente Hotchner se cruzou e nos encaramos sem entender a situação. 

— Espera aí Hanks? Do que você está falando? — Questiono meu chefe.

O mais velho nos entrega as pastas do serviço secreto e começo a folheá-las.

— A oito anos atrás doze mulheres foram sequestradas, sumiram do mapa e um ano depois foram encontradas torturadas e mortas, nunca achamos uma ligação concreta para esses sequestros a não ser a fisionomia dessas mulheres. Seis anos depois, a única coisa que determinamos dele, era que o sequestrador seria um serial killer sádico, mas essa tese foi erradicada quando descobrimos que essas mulheres eram traficadas para o exterior. Nunca prendemos o sequestrador porque ele era muito bom e sabia se esconder, ele sumiu do mapa e nunca mais ouvimos falar dele, até três meses atrás.

— Porque ele iria desaparecer por seis anos e depois voltar? — Questiono. — Como sabem que é uma rede de tráfico de mulheres?

— Não temos certeza, mas temos denúncias anônimas e ligações de pessoas com rede de tráfico de mulheres como pistas. — Hanks explica. — Há três meses atrás, ele sequestrou cinco alunas de uma universidade, sendo um ataque por semana e logo sumiu de novo.

— Espera está me dizendo, que ele sequestra, trafica essas mulheres, depois elas são torturadas e mortas. E depois some, tanto ele quanto as mulheres e as provas?

Fico horrorizada com as informações dadas.

— Sim, Liz. Ele é escorregadio, sabe se esconder e tem pessoas trabalhando nisso com ele. Mas a cinco dias ele reapareceu. 

— De seis anos, para três meses e agora cinco dias? — Hotch opina. — Intervalo de tempo incoerente.

— Como sabemos que é a mesma pessoa?

— Ele deixa uma declaração na caixa postal do telefone delas e no final tem a seguinte frase. “Ela será minha”. Talvez deixam a mensagem para criar a imagem de sequestro e não serem ligados rapidamente a rede de tráfico. — Hotch lê o arquivo.

— Ela… Uma outra possível vítima? — Deduzo.

— Talvez nós já tenhamos a vítima…

— Quem? — Hotchner questiona.

Louise Le’Blanc, filha do governador, Thomas Le’Blanc. Sequestrada a duas horas na na faculdade em Georgetown. 

Hanks entrega o outro arquivo. Dessa vez com as informações do sequestro de Luise. A fisionomia da moça é a mesma das outras mulheres sequestradas.

— Ele tem um padrão de mulher. Talvez Luise seja quem ele queria. — Digo observando mais as fotos.

— Mas dessa vez temos um suspeito. — Hanks anunciou e o encaro surpresa. — Marco Stanton, empresário no ramo imobiliário, de temperamento frio, ligado com o tráfico de mulheres. Ele não tem passagem e nem pista que possam ligá-lo, mas o governador já teve problemas com ele no passado. E a CIA tem informações das suas atividades com o tráfico de mulheres.

— E porque precisa de nós dois infiltrados? — Questiono meu chefe sem entender nada da situação.

— Vocês irão se disfarçar de casal e se mudar para o mesmo condomínio onde Stanton mora para vigiá-lo de perto, desde o sequestro sua casa anda movimentada e temos que estar dentro para observar mais e trazer detalhes e salvar Luise.

— Nos infiltramos de casal? Um pouco exagerado Hanks. — Aaron diz ao meu chefe e concordo mentalmente com ele.

— Stanton só trabalha com casais, vocês se passaram por comprador dele, todas as fichas de vocês serão escondidas dos arquivos, dentro de sete meses haverá um baile de gala onde vocês já devem estar infiltrados na casa dele para participar. Temos pouco tempo e vamos correr contra ele. 

Dusk Till Dawn - Criminal MindsOnde histórias criam vida. Descubra agora