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Cheguei em casa exausta depois de um dia difícil. Troquei de roupa e, ao passar pela bancada da cozinha, notei uma caixa estranha ali. Sentindo uma mistura de curiosidade e apreensão, abri-a cuidadosamente.

Dentro, encontrei um pequeno colar de rubi e várias fotos de Eliza e eu. As imagens capturavam momentos simples, mas preciosos: passeios pelo parque, brincadeiras em casa, sorrisos genuínos. Meu coração afundou ao perceber que alguém havia estado nos observando de perto, registrando nossa vida cotidiana.

A inquietação cresceu rapidamente quando fiz a conexão entre esses elementos e a morte de John Murphy. Não era mais possível ignorar: o assassinato dele não foi acidental. Ele estava envolvido, por isso a fuga, por isso todas essas mortes, sequestros de crianças. Stanton, estava me deixando recados de que ele estava de volta, mas eu não quis ouvir. Decidida a proteger minha família e buscar justiça por John, agi com urgência. Peguei as fotos e as coloquei uma a uma na lareira. Assisti em silêncio enquanto as chamas consumiam cada imagem, libertando-nos da vigilância e do perigo que representavam.

O colar de rubi, no entanto, guardei no bolso da minha jaqueta. Era agora não apenas uma joia, mas uma pista vital em minha busca pela verdade.

Saí do apartamento com passos firmes e encontrei Reid esperando por mim no carro. Entrei com determinação estampada em meu rosto, estava pronta para enfrentar meu passado e lutar contra Stanton de uma vez por todas.

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Ao chegarmos de volta ao BAU, encontramos uma reunião já em andamento no centro do escritório. Hotch, Rossi e Strauss estavam à frente dos agentes, seus rostos sérios refletindo a gravidade da situação. Senti-me um tanto perdida entre os colegas, minha mente ainda estava processando as descobertas recentes.

Hotch, com sua habitual seriedade, começou a explicar a situação com voz firme e direta: 

— Agentes, estamos lidando com um caso delicado. John Murphy foi assassinado, e há indícios de que ele estava ligado a uma ameaça maior.

Rossi, ao lado de Hotch, acrescentou com sua voz experiente. 

— Baseado nas evidências coletadas até agora, Murphy era um agente da Interpol que trabalhava disfarçado. Recentemente, ele atuava como segurança pessoal de uma família no programa de proteção.

Strauss, interrompendo com determinação, continuou. 

— Uma lista com o nome desses agentes infiltrados foi vazada e está nas mãos de Marco Stanton, nosso inimigo. Stanton é um criminoso fugitivo da prisão de segurança máxima da CIA na Rússia. Ele está envolvido em tráfico de mulheres, homicídios, roubos e latrocínios. Não estamos lidando com um criminoso comum; Stanton é um sadista experiente.

Enquanto ouvia as palavras de Strauss, um peso crescente se instalava em meu peito. Percebi que, involuntariamente, minha conexão pessoal com Stanton poderia ter colocado todos os agentes em perigo.

Observando a preocupação nos rostos dos presentes, decidi agir. Silenciosamente, deixei a sala enquanto todos estavam absorvidos na reunião. Cada agente ali era uma peça crucial na luta contra Stanton, e eu não podia permitir que meu passado colocasse suas vidas em risco.

Chegando à porta de vidro, saí do prédio do Quantico determinada a enfrentar Stanton sozinha. Era uma decisão arriscada e pessoal, mas senti que era minha responsabilidade resolver essa situação antes que mais vidas fossem afetadas pela minha conexão com o perigoso criminoso.

Dusk Till Dawn - Criminal MindsOnde histórias criam vida. Descubra agora