— Layla sofre um tipo de TEPT, ela não se comunica e só verbaliza a palavra "rubi". — Digo aos outros, deixando a pasta sobre a mesa da delegacia.
— Apego emocional em algo? Um rubi ou algo relacionado ao rubi? — JJ questiona.
— Não, pela forma como ela expressa e verbaliza, parecia que o sequestrador queria que ela falasse isso. Ele a forçou a verbalizar "rubi". — Respondo aos presentes na sala.
— Por que rubi? — Hotch pergunta, franzindo a testa.
— Torturar uma terceira pessoa. — Reid afirma com clareza.
— Uma terceira pessoa? — Rossi arqueia a sobrancelha, intrigado.
— Um dos pais, alguém próximo da família ou até alguém de fora que tenha ligação. — Respondo, olhando os arquivos.
— Minha cabeça vai explodir com tantas interrogações. — Derek murmura, largando os papéis sobre a mesa.
— Vamos encerrar por hoje. Voltamos amanhã de manhã. — Hotch ordena, e concordamos.
Enquanto recolho meus pertences, JJ se aproxima.
— Talvez "rubi" seja uma pista. Pode ser algo que Layla viu ou ouviu durante o cativeiro.
— Concordo. Precisamos investigar qualquer conexão possível. — Digo, colocando minha pasta de volta na bolsa.
— Layla mencionou alguma coisa sobre o ambiente em que estava? — JJ pergunta, preocupada.
— Não, além de "rubi", ela não disse mais nada. — Respondo, suspirando. — Mas a forma como ela repetia a palavra era frenética, quase desesperada.
— Pode ser que o sequestrador tenha usado a palavra para causar medo nela. — Reid sugere, juntando-se a nós.
— Precisamos falar com as outras crianças e ver se elas mencionam algo semelhante. — JJ diz, determinada.
— Vamos descansar e retomar isso pela manhã. — Hotch nos lembra, com um tom firme.
Deixamos a delegacia e sigo para o hotel, minha mente ainda girando com as possibilidades. No quarto, tomo um banho rápido e me deito, tentando organizar meus pensamentos. O cansaço finalmente me vence e adormeço, mas meus sonhos são assombrados pela palavra "rubi" repetida incessantemente.
🕔
Na manhã seguinte, a equipe se reúne na sala de conferências. Hotch começa a reunião.
— Bom dia a todos. Vamos revisar o que sabemos e traçar um plano para hoje. Moore, você e Reid vão continuar investigando a ligação do rubi. JJ, mantenha contato com a imprensa, mas sem revelar detalhes. Rossi e Derek, analisem os outros sequestros e vejam se há algum padrão que não identificamos antes.
— Entendido. — Respondemos em uníssono.
Enquanto saímos da sala, Reid se vira para mim.
— Vamos ver se conseguimos mais informações com as outras vítimas. Talvez consigamos alguma pista adicional sobre o "rubi".
— Sim, temos que descobrir o que isso significa. — Concordo, sentindo uma nova onda de determinação.
🕔
Manhã seguinte
— Esse caso... Por que tão complicado? — JJ suspira alto.
— Tem muitos "porquês" na linha de raciocínio desse caso. — Hotch diz, caminhando até o quadro branco da sala e fazendo algumas anotações. — Vamos voltar ao início de todos os casos.
— Esperem aí. — Reid diz, observando as anotações de Hotch. — Temos as fichas das outras crianças sequestradas? — Ele pergunta.
— Temos sim. — JJ responde.
— E as fichas psicológicas? — Ele questiona novamente.
— Vou ligar para a Garcia. — Derek anuncia, fazendo uma chamada de FaceTime para a loira.
— Sala da soberana de toda a tecnologia, em que posso te ajudar? — Garcia atende com seu usual entusiasmo.
— Garcia, precisamos das fichas psicológicas de cada criança sequestrada. — Morgan pede.
— O que estamos procurando exatamente? — Rossi pergunta, olhando para Hotch.
— A palavra "rubi" era o gatilho de Layla. Talvez as outras crianças tenham alguma palavra de gatilho também. — Hotch explica.
— De acordo com a ficha médica dela, ela foi diagnosticada com TEPT e a palavra "rubi" era a chave do gatilho. — Reid acrescenta.
— O que devo procurar, docinho? — Garcia pergunta, chamando nossa atenção.
— Palavras, frases ou qualquer coisa ligada ao gatilho. — Reid responde.
— Bem, de acordo com os registros médicos, todas as oito crianças voltaram falando uma única palavra que lhes despertava o gatilho. — Garcia informa.
— Quais palavras eram essas? — JJ pergunta, pegando papel e caneta.
— Estou, eu, buscar, com, ela, rubi, seu e venha. — Garcia lista.
Enquanto Hotch escreve as palavras no quadro, tentamos entender como as palavras se encaixam. Observo o quadro atentamente e começo a juntar as palavras, formando finalmente uma frase.
— "Eu estou com ela. Venha buscar seu rubi." — Digo em voz alta, sentindo minha cabeça rodar e meu coração disparar. Minhas mãos começam a suar frio.
Rubi, rubi, rubi... Droga. Eles não estão falando da pedra, e sim de uma pessoa.
— Me dêem licença por um segundo, por favor. — Saio da sala e pego meu celular, discando o número seguro. Três, quatro, cinco toques e nada de atender. Sinto meu coração disparar ainda mais. Desisto e ligo para John. No quarto toque, ele atende.
— Murphy. — A voz do outro lado me faz sentir alívio.
— John, graças a Deus. — Suspiro. — Onde estão as meninas? Elas não atendem minhas ligações.
— Na casa segura, Liz. O que está acontecendo? — Ele pergunta, preocupado.
— Por que não consigo contato com elas?
— Estamos trocando de telefone constantemente. Temos um inimigo à solta. — Sua voz está um pouco apreensiva.
— Quem está à solta? Do que está falando, Murphy?
— Stanton fugiu da prisão, Liz. Houve uma rebelião, mas acreditam que foi alguém de dentro que o tirou de lá. Três policiais mortos. Ainda não tenho todos os detalhes.
— Como assim, Stanton fugiu? — Tento não gritar no telefone. — John, eu sou o alvo número um daquele homem.
— Não você, Liz. Angeline Mitchell é o alvo dele. E pelo que ele sabe, Angeline está morta e enterrada no fundo do oceano.
— Mas eu não estou, John, e Stanton não é qualquer fugitivo de meia tigela. Eu tenho as meninas para proteger também.
— Está tudo sob controle, Liz. — Sua voz transmite calma.
— Me coloque no telefone o mais rápido possível com Liza, e aí eu penso em me acalmar. — Desligo sem nem ao menos esperar uma resposta de John.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Dusk Till Dawn - Criminal Minds
Fanfiction"A verdade de fato sempre será descoberta por mais que as pessoas tentem escondê-la por baixo de panos escuros!" Autor Desconhecido. Para Elizabeth, entrar para a UAC (Unidade de Análise Comportamental), é um triunfo como também uma grande reviravol...