VI

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Três semanas depois.

Os dias que se passaram foram mais intensos do que eu imaginava. O caso dos sequestros de crianças foi resolvido com sucesso, e conseguimos prender o sequestrador. Além disso, Jonh me colocou em contato com Liza e minha mãe. Acho que nunca fiquei tão aliviada por ouvir as vozes delas por uma hora inteira. Hoje é minha folga, e mesmo depois de toda a loucura dos sequestros de crianças, ainda não tive paz. A busca por Marco Stanton tem sido incessante; a Interpol está fazendo o seu melhor para localizá-lo, mas até agora não há sinal de seu paradeiro.

Decidi passar o dia com minha filha. Ela merece ter a mãe por perto, mesmo que eu não consiga passar tanto tempo com ela. Eu tento fazer o meu melhor.

Estaciono o carro em frente à casa segura e saio, carregada de sacolas de lojas com roupas, sapatos, brinquedos e muitos doces. Caminho até a entrada e os seguranças liberam minha passagem. Entro na casa e há um silêncio acolhedor, mas logo o silêncio é quebrado pela voz doce e suave de Eliza ecoando pelo corredor.

— Mamãe! — Me viro e encontro minha filha parada no corredor, surpresa com minha chegada.

— Olá, meu amor. — Solto as sacolas no chão e abro os braços para ela. Eliza corre até mim e me envolve em um abraço apertado.

Aperto-a em meus braços, sentindo o calor e o amor daquele abraço, aproveitando cada segundinho desse momento. Acaricio seus cabelos encaracolados, sentindo o cheiro familiar e reconfortante.

— Você não avisou que vinha. — Eliza diz, sua voz carregada de surpresa e felicidade.

— Queria fazer uma surpresa, meu pequeno rubi. — Respondo, sorrindo.

Olho para cima e vejo minha mãe, tão surpresa quanto Eliza, observando-nos da entrada da cozinha.

— Liz, não esperávamos você hoje! — Minha mãe diz, sorrindo e se aproximando. — Que surpresa maravilhosa!

— Decidi tirar um dia para estar com vocês. — Respondo, pegando as sacolas do chão. — Trouxe algumas coisas.

— Oba, presentes! — Eliza exclama, os olhos brilhando de excitação.

Levamos as sacolas para a sala, e Eliza começa a desembrulhar os presentes com uma alegria contagiante. Roupas novas, sapatos, brinquedos e doces, cada item é recebido com um sorriso maior do que o anterior.

— Mamãe, você é a melhor! — Eliza diz, abraçando-me novamente.

— Eu faço o que posso, meu amor. — Respondo, acariciando seu rosto.

Passamos o dia juntas, rindo, brincando e aproveitando cada momento. Fizemos bolos e cookies, cantamos várias músicas no karaokê e nos divertimos. Sinto uma paz que há muito tempo não sentia, uma sensação de completude que só a presença da minha filha pode me proporcionar.

Mais tarde, enquanto Eliza brinca no jardim, me sento com minha mãe na varanda, tomando um café e aproveitando o silêncio da tarde.

— Liz, como estão as coisas no trabalho? — Minha mãe pergunta, preocupação evidente em sua voz.

— Intensas. — Suspiro. — Estamos trabalhando incansavelmente para encontrar Marco Stanton, mas ele parece ter desaparecido da face da Terra.

— Sei que é difícil, mas tente não deixar isso consumir você. — Ela diz, colocando a mão sobre a minha. — Você precisa estar bem por Eliza.

— Eu sei, mãe. Estou tentando equilibrar tudo. — Respondo, apertando a mão dela.

Enquanto minha mãe e eu conversamos na varanda, ouvimos o portão da frente se abrindo. Olho na direção do som e vejo Jonh, o segurança de Eliza, entrando na propriedade. Ele parece surpreso ao me ver sentada ali, uma expressão de surpresa misturada com alívio atravessa seu rosto.

Dusk Till Dawn - Criminal MindsOnde histórias criam vida. Descubra agora