XII

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Elizabeth Moore

Saí rapidamente do prédio, deixando tudo para trás. Meu coração batia acelerado enquanto eu atravessava as ruas movimentadas, sempre atenta a qualquer movimento suspeito ao meu redor. Ao virar uma esquina, entrei em uma pequena loja de conveniência e comprei um celular descartável. Sentindo o peso da decisão que tomara, digitei uma mensagem para minha mãe:

"Estou a caminho. Precisamos sair agora. Preparem-se."

Poucos minutos depois, cheguei à casa segura onde minha mãe e minha filha estavam. Respirei fundo antes de entrar, tentando manter a calma exterior.

— Mãe, Eliza, temos que ir — disse, a voz firme mas gentil.

Minha mãe, uma mulher de cabelos grisalhos e olhos cheios de preocupação, olhou para mim, confusa.

— Liz, o que está acontecendo? Por que essa pressa?

Evitei o olhar direto, ocupando-me em recolher algumas coisas essenciais. — Não posso explicar agora, mãe. Só confie em mim, tudo ficará bem. Precisamos sair daqui.

Eliza, minha filha, observava em silêncio, sentindo a tensão no ar. Ajoelhei-me ao lado da menina, segurando suas pequenas mãos.

— Vai ficar tudo bem, querida. Vamos fazer uma pequena viagem, tá bom? — disse, forçando um sorriso.

Eliza assentiu lentamente, embora claramente assustada. Então ajudei minha mãe a reunir alguns pertences. Os olhos dela estavam cheios de perguntas não respondidas, mas sabia que discutir não ajudaria naquele momento.

Finalmente prontas, saímos da casa e entramos no meu carro. Dei partida e segui para um destino conhecido apenas por mim. A estrada parecia infinita, e a tensão no ar era palpável. Mantive os olhos no retrovisor, atenta a qualquer sinal de perseguição.

— Liz, por favor, me diga o que está acontecendo — insistiu minha mãe, a voz tremendo um pouco.

Suspirei, mantendo a atenção na estrada. — Não posso entrar em detalhes agora. Só saiba que estamos em perigo e preciso garantir que vocês estejam seguras. Eu prometo que tudo ficará bem.

Ela assentiu, embora claramente não estivesse convencida. Sabia que a confiança dela era essencial naquele momento.

Depois de várias horas de viagem, chegamos a uma pequena cabana escondida em uma área rural. Ajudei minha mãe e Eliza a entrarem, verificando cada canto para garantir que estávamos seguras.

— Fiquem aqui dentro. Não saiam por nada. Vou fazer alguns preparativos — disse, a voz firme.

Minha mãe assentiu novamente, abraçando Eliza para confortá-la. Saí da cabana por um momento, respirando o ar fresco e tentando acalmar minha mente. Sabia que a batalha estava apenas começando e que precisaria de toda a minha força e inteligência para enfrentar Stanton.

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Olhei para trás uma última vez antes de fechar a porta da cabana, vendo Eliza abraçada à avó, os olhos marejados de lágrimas. Meu coração se apertou ao ver a angústia no rosto da minha filha, mas eu sabia que precisava continuar. Respirando fundo para me recompor, comecei a caminhar pela estrada deserta, meus passos ecoando no silêncio da noite.

Eliza correu até a janela, batendo e gritando: "Mãe, não vá! Por favor, não me deixe!" Minha mãe tentou acalmá-la, abraçando-a com força enquanto observava eu me afastar. O choro da menina ecoava na pequena cabana, mas eu não podia voltar atrás. Eu tinha um objetivo claro. Eu tenho o dever de mantê-la segura.

Enquanto seguia em frente, peguei o celular descartável e disquei um número que conhecia bem, mesmo contra minha vontade. Após várias chamadas sem resposta, finalmente obtive sucesso. Uma voz rouca atendeu do outro lado da linha.

— Quem é? — disse a voz do homem, cauteloso.

— É Liz. Preciso falar com você. Agora.

Houve uma pausa do outro lado, seguida de um suspiro pesado.

— Está arriscando muito me ligando, Liz. O que quer?

Apertei os lábios, mantendo a voz firme.

— Preciso de informações. Sobre Stanton.

O homem riu sem humor.

— Você está louca se acha que vou trair Stanton.

— Ele está envolvido em algo muito maior do que você imagina. Pessoas estão morrendo por causa dele — disse eu, minha voz cheia de determinação. — E eu estou disposta a fazer o que for preciso para detê-lo. Você pode me ajudar ou passar trinta anos em uma prisão de segurança máxima por obstrução de justiça.

Houve silêncio do outro lado por um momento, e então o homem suspirou.

— Onde nos encontramos?

Dei a localização e desliguei, seguindo para o ponto de encontro. A noite era escura e silenciosa, apenas o som de meus passos e o farfalhar das folhas sob meus pés me acompanhavam. Cheguei a um armazém abandonado nos arredores da cidade, o lugar perfeito para uma reunião clandestina.

Ao entrar, vi o homem, Jonas, um sujeito magro com olhos inquietos, parado ao fundo do armazém. Ele me encarou com misto de medo e curiosidade enquanto eu me aproximava com determinação.

— O que você quer, Liz? — Perguntou ele, nervoso.

Eu o encarei com seriedade.

— Quero o paradeiro de Stanton. Agora.

O homem engoliu em seco, claramente debatendo-se internamente. 

— Não posso fazer isso Elizabeth. É a minha cabeça que ele vao arrancar. — O mais novo murmurou em desespero.

— Você tem opções bem plausíveis Jonas, Morte, prisão. Ou me ajudar e nenhuma consequência.

Finalmente, ele cedeu, sabendo que não tinha outra escolha.

— Ele está escondido em uma propriedade afastada, no sul da cidade. É lá que ele faz os negócios sujos. — O homem entregou um endereço, os olhos evitando os meus.

Assenti, guardando as informações.

— Obrigada. E não se atreva a contar para ele que conversamos.

— Tenho amor ao que me resta da minha vida. — Ele suspira e fico atrás de suas costas.

— Eu sei. — Saco minha arma e atiro em sua cabeça. 

Eu sabia que ao virar as costas ele me entregaria. E também estava preparado para me aniquilar, seu carro tinha armamento pesado.

Enquanto caminhava de volta para o carro, senti um misto de alívio e ansiedade. Eu tinha o que precisava para encontrar Stanton e colocar um fim nisso tudo. Mas o caminho à frente seria perigoso, e eu estava disposta a enfrentar qualquer obstáculo para proteger minha família e fazer justiça.

Dusk Till Dawn - Criminal MindsOnde histórias criam vida. Descubra agora