𝐂𝐚𝐩3' 𝐎 𝐜𝐡𝐚𝐦𝐚𝐝𝐨 𝐝𝐨𝐬 𝐦𝐨𝐫𝐭𝐨𝐬

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Capítulo 03⚘️

𝐀𝐥𝐲𝐬𝐬𝐚 𝐕𝐢𝐫𝐞𝐥𝐥𝐞

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Os dias seguintes foram cercados de névoa com ansiedade para mim. Eu me pegava olhando pela janela do apartamento, que ao redor da cidade, encontram-se grandes prédios que se unem a grandes árvores. Eu observava o cemitério, esperando por Andrey. Havia uma urgência crescendo no meu peito, uma necessidade de desvendar os mistérios antigos que ele mencionava.

Andrey compartilhou comigo recentemente uma história emocionante sobre um homem chamado Elias Beauchamp, ele cuida de seu túmulo com dedicação. Elias foi um artista local talentoso, conhecido por suas pinturas realistas que capturavam a essência da vida rural. Ele viveu uma vida simples e reservada, dedicada à sua arte e ao amor por sua esposa, Marguerite.

Andrey descreveu como Elias e Marguerite construíram uma vida juntos, enfrentando desafios e sempre encontrando beleza nas pequenas coisas da vida. As pinturas de Elias, que frequentemente retratavam paisagens e momentos cotidianos, capturavam não apenas a paisagem, mas também a alma da comunidade onde viveram.

No final de sua vida, Elias foi vítima de uma doença, mas continuou pintando até seus últimos dias, usando sua arte como uma forma de expressar gratidão pela vida que teve. Seu túmulo, com flores ao redor e pinceladas de cores vivas, é um testemunho de sua paixão pela arte.

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Enquanto eu vagava entre as lápides, algo chamou minha atenção— a lápide de Elias Beauchamp, o pintor que Andrey cuidava com tanto cuidado. O ar ao redor dela parecia ter ganhado uma forma pesada e sinistra. Estava mais frio.

Ao me aproximar, notei que a superfície da pedra estava coberta por rachaduras e lodo. O que costumava ser clara, agora estava gasta, quase apagada, como se o tempo tivesse passado diante dos meus olhos.

De repente, ouvi um som baixo, algo como um suspiro, vindo de debaixo da terra. Me afastei assustada, meu coração batendo acelerado.

— Alyssa...

Aquela voz. Ficando cada vez mais nítida, como se alguém estivesse logo atrás de mim, sussurrando ao meu ouvido. Me virei bruscamente, mas o cemitério estava vazio, exceto pelas sombras que pareciam dançar no canto dos meus olhos.

“Está tudo bem”, pensei comigo mesmo, tentando acalmar a mim mesma. Mas não estava.

De repente escuto alguém gritando e barulhos de passos atrás de mim :

— ALYSSA! CORRA!

Acordei sentindo um turbilhões de emoções, deixando a tristeza e o medo me consumir enquanto lágrimas caíam do meu rosto.
Não era a primeira vez desses pesadelos, mas quando seria a última?

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A noite estava fria, mas o calor da lareira trazia o ar quente que eu necessitava. As chamas dançavam suavemente, lançando sombras pelas paredes, e eu me sentia estranhamente em paz. Andrey estava ao meu lado, sentado no chão, tão próximo que eu podia sentir o calor de sua pele.

Ele tinha tirado a camisa, e eu percebi, pela primeira vez, as cicatrizes que marcavam seu corpo. Marcas antigas, algumas quase difíceis de ver, e outras mais visíveis, contando histórias que ele nunca havia me revelado.

𝐀  𝐑𝐔𝐈𝐕𝐀  𝐄  𝐀  𝐒𝐎𝐌𝐁𝐑𝐀  𝐃𝐎  𝐂𝐄𝐌𝐈𝐓𝐄́𝐑𝐈𝐎 [ DARK ROMANCE]Onde histórias criam vida. Descubra agora