𝐀 𝐑𝐔𝐈𝐕𝐀 𝐄 𝐀 𝐒𝐎𝐌𝐁𝐑𝐀 𝐃𝐎 𝐂𝐄𝐌𝐈𝐓𝐄́𝐑𝐈𝐎 [ DARK ROMANCE]

𝐂𝐚𝐩'27 𝐎 𝐧𝐨𝐯𝐨 𝐩𝐥𝐚𝐧𝐨

Capítulo 27❤️‍🔥

𝐀𝐥𝐲𝐬𝐬𝐚 𝐕𝐢𝐫𝐞𝐥𝐥𝐞

Acordei seguinte ao jantar com Andrey, ainda sentindo o calor de nossos beijos. A lembrança da noite anterior fazia meu coração bater mais rápido e me dava uma sensação de conforto que apenas sentia com ele.

Seria ele o homem que eu busco quando sinto medo?
Quando me sinto sozinha?
É nos braços dele onde eu desejaria descansar?
Eu desejaria ter os filhos dele algum dia?
O amaria incondicionalmente e para todo sempre?

Esses pensamentos me tomavam dia após dia.

Levantei, tentando afastar o sono que ainda pesava sobre meus olhos. Terminei minha higiene pessoal e enquanto caminhava até a cozinha para fazer um café, notei algo no sofá. Um buquê de flores, composto das mesmas flores que Andrey podou para mim durante nossa caminhada pelo cemitério semanas antes. Estava lá, acompanhado de um bilhete simples:

"Estas flores são para você, Alyssa, porque sua beleza e a forma como seu cabelo ruivo brilha sob a luz do sol e do luar me fazem lembrar de sua luz interior."

Sorri, tocando as pétalas delicadamente e cheirando.
Ele realmente sabia como ser um romântico barato. Enquanto preparava meu café, ouvi uma batida na porta. Andrey estava ali, segurando uma sacola com pães frescos e uma expressão contente.

Eu estava tão feliz com sua recuperação, de como havia conseguido fazer o seu semblante mudar para melhor. Andrey me contou que quase sofreu uma recaída quando me perdeu naqueles dias, em que Daniel me torturou. Mas ele descontou tudo isso em seu trabalho para me encontrar.

- Bom dia. - ele cumprimentou, entrando com um sorriso.
- Espero que não se importe, mas trouxe café da manhã.

Eu o observei por um momento, admirada.

- Você realmente pensa em tudo, não é? - brinquei, fechando a porta atrás dele.

Ele deu de ombros, um sorriso tímido nos lábios.

- Só queria te fazer sorrir mais uma vez, princesa.

- Sei.

- Seus olhos são tão lindos sabia? Eles são de matar. - Andrey acariciou meu rosto com suas mãos ásperas.

- Talvez seja porquê já estou morta por dentro.

Vi o sorriso sumir de seus lábios e seu rosto ficar sério.

Nos sentamos à mesa, e o café da manhã foi rodeado por uma tensão, algo não dito que estava entre nós. Quando terminamos, Andrey olhou para mim, sua expressão se tornando mais séria.

- Precisamos conversar, Alyssa.

Senti meu coração acelerar, o que ele poderia querer falar? Ele notou meu nervosismo e rapidamente segurou minha mão.

- Não é nada ruim, só... algo que eu preciso dizer. Sobre nós.

Meu estômago se revirou com a incerteza.

- Ok. Estou ouvindo.

Ele respirou fundo, como se estivesse escolhendo as palavras com cuidado.