𝐂𝐚𝐩'23 𝐎 𝐓𝐞𝐫𝐜𝐞𝐢𝐫𝐨 𝐃𝐢𝐚 𝐝𝐞 𝐃𝐨𝐫

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Capítulo 23🥨

𝐀𝐥𝐲𝐬𝐬𝐚 𝐕𝐢𝐫𝐞𝐥𝐥𝐞

Dia 03


Eu acordei com a luz do sol que aparecia através da janela, trazendo uma fraca sensação de esperança que rapidamente desapareceu quando a porta do quarto se abriu novamente. Daniel entrou, um sorriso cruel no rosto, carregando uma faca afiada.

Eu sabia o que viria a seguir, e o pavor tomou conta de mim.

— Bom dia, Alyssa. — ele disse, a voz carregada de falsa gentileza. — Pronta para mais uma sessão?

Eu tentei me preparar mentalmente, mas a antecipação da dor era quase insuportável.

— Por favor, Daniel... eu já disse, não sei onde está o artefato.
— implorei, a voz trêmula.

Ele ignorou minhas palavras, me puxando pelo braço e me virando de costas.

— Vamos ver se a dor não ajuda a refrescar sua memória.
— murmurou, enquanto a lâmina da faca tocava minha pele.

O primeiro corte foi raso, mas mesmo assim, a dor era intensa. Gritei, meu corpo se contorcendo para se afastar da lâmina.

— Pare! Por favor! — implorei, lágrimas escorrendo pelo meu rosto.

— Você sabe como parar isso, Alyssa. — ele respondeu friamente. — Diga onde está o artefato.

— Eu... não... sei! — gritei entre soluços. — Por favor, eu não sei!

Daniel fez outro corte, mais profundo desta vez. A dor era insuportável, e eu senti como se estivesse à beira do desmaio.

— Cada mentira só vai tornar isso mais doloroso para você. — ele disse, sua voz dura.

De repente, a porta do quarto se abriu com um estrondo, e um homem alto e musculoso entrou. Ele usava um uniforme de segurança e tinha uma expressão séria no rosto.

— Daniel. — ele disse com autoridade. — Lucien mandou um recado.

Daniel parou, a faca ainda pressionada contra minha pele.

— O que foi? — perguntou, visivelmente irritado.

— O chefe quer que você pegue leve com ela. — o segurança respondeu. — Ele disse que ela precisa estar consciente e capaz de falar quando for interrogada.

Daniel bufou, afastando-se de mim.

— Ótimo. — murmurou, guardando a faca. — Diga a Lucien que estou fazendo o meu melhor para extrair as informações.

O segurança assentiu e saiu do quarto, deixando nós dois sozinhos novamente. Daniel me olhou com uma mistura de frustração e desprezo.

— Você ouviu, Alyssa. Parece que você tem um anjo da guarda.
— disse ele, suas palavras cheias de sarcasmo.

Minha respiração estava pesada e irregular, cada movimento enviando uma nova onda de dor pelas minhas costas. Eu queria acreditar que a intervenção do segurança significava que alguém lá fora estava tentando ajudar, mas sabia que a situação ainda era desesperadora.

— Mas não pense que isso significa que está livre da dor. — ele sussurrou, sua voz baixa e ameaçadora. — É apenas uma questão de tempo.

Daniel saiu do quarto, trancando a porta mais uma vez. Sozinha novamente, tentei processar o que tinha acontecido. As palavras do segurança ecoavam na minha mente. Lucien queria que eu estivesse consciente e capaz de falar.

Isso significava que havia mais por vir. Mais dor. Mais tortura. Mas também significava que ainda havia uma chance. Uma chance de resistir. Uma chance de sobreviver. Com um esforço tremendo, cansada, esbarrando pelas paredes. Eu fui até o colchão e deitei. Tentando aliviar a dor persistente nas costas.

Mais tarde, acordei em um susto quando senti algo acariciando meu rosto. Era Daniel. Em um pulo me sentei, afastando suas mãos de mim e com um gesto rápido acabei batendo as costas na parede que me fizeram gritar pelos cortes recentes.

— Calma, não vou fazer nada com você. Apenas vim conversar.

Ele se afastou sentado na borda do colchão.

— Você está aqui porque não tinha outra escolha. As coisas se complicaram muito rapidamente, e não podia deixar você continuar por aí, especialmente depois do que descobriu.

— Você.. me sequestrou — respondi, minha voz tremendo com uma mistura de raiva e medo.

— Eu só preciso de tempo para resolver as coisas. Não quero te machucar mais, mas você precisa entender que está em perigo. Existem pessoas muito perigosas envolvidas nisso, e eu não posso garantir sua segurança se você continuar livre.

Tentei manter a calma, embora meu coração estivesse acelerado.

— E o que você planeja fazer comigo? Me manter presa aqui para sempre? — Me torturar, abusar de mim novamente?

Ele se aproximou, inclinando-se, seus olhos estavam escuros e intensos, senti um calafrio subir por todo o meu corpo.

Lutei contra as lágrimas que ameaçavam cair.

— Se você se importa comigo, como diz, me deixe ir. Eu prometo que não vou dizer nada a ninguém. Só quero sair daqui.

Daniel apertou os lábios, visivelmente em conflito.

— Eu gostaria de poder fazer isso, mas Lucien me deu uma ordem. Não posso confiar nisso, Preciso que você fique aqui, pelo menos por enquanto, até que eu possa descobrir o que fazer.

Ele levantou e me deixou ali. Com uma confusão de pensamentos.

— Bipolar de merda. — falei baixo.

Minha vontade era destruir tudo ao meu redor, dar uma de louca mas eu não tinha forças.

Cada respiração doía, mas eu sabia que tinha que continuar. Fechei os olhos, tentando encontrar algum consolo na escuridão.
E as únicas pessoas que me vinham a mente era Riley e Andrey, eu precisava saber da segurança deles.

Fim.

𝐀  𝐑𝐔𝐈𝐕𝐀  𝐄  𝐀  𝐒𝐎𝐌𝐁𝐑𝐀  𝐃𝐎  𝐂𝐄𝐌𝐈𝐓𝐄́𝐑𝐈𝐎 [ DARK ROMANCE]Onde histórias criam vida. Descubra agora