Capítulo 37

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🖤

>>>> Jungkook <<<<

Assim que me levantei, fiz minha higiene e me vesti. Desci pra cozinha pra preparar um café para o meu namorado. Ontem à noite fizemos amor de despedida. Queria me despedir de toda dor que causei e hoje eu recomeçar do zero, iria reconquistá-lo.

Antes que pudesse abrir o armário e pegar a chaleira, meu celular tocou. Era o Jay.

— J-Jeon Jungkook! — sua voz estava embriagada.

Ele não podia se embriagar na clínica, pensei.

— Onde cê tá? — perguntei, mas foi em vão. A ligação havia caído. 

Merda! Liguei de novo e outra pessoa atendeu.

— Jay, é você? — perguntei aflito.

— Oi, tudo bem? É o Jeon Jungkook? — uma voz feminina me respondeu.

— Sim, sou eu. Onde tá o Jay, o dono deste celular? — perguntei impaciente, mantendo a voz baixa para não acordar o meu Jimin.

— Ele está aqui em Seul. Ele está mal. Quase foi morto por tentar roubar drogas.

...

Passei bons minutos em choque. A moça me deu o endereço; quando vi, já estava vestido e no carro. Como isso pôde acontecer? Será que passei tanto tempo ausente assim e agora além de arruinar a felicidade do meu namorado, também estraguei a recuperação do meu melhor amigo?

Demorei cinco horas para chegar em Seul e mais uma hora e meia para chegar ao endereço fornecido. Encontrei uma mulher do lado de fora, que parecia ser a que estava falando comigo.

— Cadê ele? — desci do carro e deixei minha educação na casa do caralho.

— Ele fugiu, disse que iria para uma boate chamada Boss, mas não tem nenhuma com esse nome aqui — a moça sonsa respondeu mais chapada que o dono da boca.

— Cê tá de brincadeira! — xinguei, chutando a roda do meu carro.

O celular de Jay continuava sem me atender. Gastei seis horas e meia procurando por ele, e o desgraçado voltou para Busan. Liguei para os funcionários da Boss e pedi para me avisarem se Jay aparecesse por lá. Não tinha tempo para brincadeiras. Tinha muitas preocupações, e meu namorado era uma delas.

Peguei a estrada novamente, sem parar para comer. Estava sem nenhuma refeição ou líquido no estômago. Só queria chegar logo em casa, minha única parada foi em um shopping, para poder seguir com meu plano de mais cedo.

Mais algumas horas e cheguei à noite em Busan, recebendo uma ligação avisando que Jay havia subido para a sala VIP com várias prostitutas e estava usando cocaína.

— Porra, Jay!!!!! — esbravejei, dando meia volta.

Estava perto de casa; no carro, havia uma sacola com pêssegos, tulipas azuis e uma caixinha de aliança. Mas tive que fazer o retorno.

Jay ficou muito tempo sem usar nada; se usasse agora, não teria controle e poderia morrer. Com esse pensamento, corri até a Boss. Com a boate cheia, estacionei o carro a uma quadra de distância.

Correndo entre uma multidão de adolescentes, um garoto bêbado derramou bebida na minha camisa, e em seguida me segurou, tentando me limpar.

— Licença, não precisa! — impaciente e com pressa, tentei me afastar.

— Deixe só... — o adolescente me segurou, fazendo minha camisa rasgar. — Oh, me desculpe!

— Só... Foda-se, some daqui! — respirei fundo, tirando o resto da camisa molhada e rasgada.

Azul é a cor mais quente JikookOnde histórias criam vida. Descubra agora