Sirens - todas as coisas mudam

Capítulo 32 - Por que você me amou

Horas mais tarde...

Luna foi ao apartamento de Eddie na tentativa de se entender com o namorado. Ao ver que Eddie estava extremamente chateado com ela, a garota teve medo e preferiu omitir o que houve entre ela e Patrick Ford.

- Luna, espero que entenda que não é que eu esteja te regulando ou te proibindo de sair. Acontece que você marcou algo comigo ontem e simplesmente....

- Amor, eu entendi e você tem toda razão de estar chateado, eu dei mancada... Você sabe que eu não tenho costume de beber e ... sei lá, aquelas gins eram tão fraquinhas que não me dei conta do quanto estava ficando bêbada.

- Tudo bem... acontece que... na hora que você ligou alterada e falando ... naquela música que lembra nossa primeira transa, eu fiquei imaginando você ali vulnerável, e eu não fazia ideia de onde você estava.

- Você ficou com ciúmes?

- Sim! Fiquei!  - Eddie simula um semblante zangado e Luna sorri.

- Oh, meu amor... só se eu fosse muito idiota pra querer outra pessoa quando tenho o melhor homem do mundo ao meu lado! Me perdoa?

- Perdoo, mas que fique claro que isso não aconteça mais. Confiança é muito importante em um relacionamento, Luna! Eu já fico tão inseguro, às vezes, por ser mais velho do que você e, sinceramente, me incomoda a forma como m senti ontem...

- Não fala bobagens, amor! Você sabe que essa diferença de idade só nos favorece... Eu preciso de alguém como você perto de mim. Não pensa besteira, por favor! E....você tem razão quanto a confiança! Isso não vai mais acontecer, eu te garanto!

Eddie e Luna se acertaram e se amaram mais uma vez....

Eddie tinha maturidade suficiente pra entender que Luna não havia feito nada por maldade, confiava no que ela sentia por ele. Luna era transparente em seus sentimentos e atitudes, e ele sabia que ela não havia lhe contado tudo. E ele não quis saber detalhes. A sensação de insegurança lhe incomodava profundamente. Preferiu confiar no que sentiam, no que tinham e mais nada!

O evento em New York se aproximava e a saúde de Karl permanecia estável: o homem nem melhorava ou piorava, mas se estado era delicado. Inspirando cada vez mais cuidados, ele passou a fazer menos sessões de fisioterapia devido ao cansaço que sentia constantemente.

Enquanto ainda não chegava o dia do evento na Big Apple, Luna continuou revezando com a mãe nos cuidados com Karl. E quando o pai descansava, geralmente à noite, era quando ela se encontrava com Eddie.

O endereço era Aiki Beach quando desejavam ter maior intimidade ou o Freeman quando queriam descontrair e podiam estar misturados aos amigos disfarçando seu relacionamento.

- Luna, viu só que instalei um jukebox? E tem karaoke! Por que não estreia? - Jack sugere.

- Não vai me dizer que sabe cantar?? - Eddie se espanta.

- Eu gosto de cantar, não significa que sei... são coisas bem diferentes.

- Vou querer ver isso...

- Eu vou escolher uma música... - Luna saiu saltitante até o jukebox e Eddie sorria com o jeito infantil da garota que tanto o fascinava.

- Quer que eu pegue um babador, Vedder? - Jack zombava

- Eu já disse que não ligo, estou feliz! - dizia sorridente e erguendo uma cerveja.

- Estou vendo. E Luna também está muito contente. Mas, eu soube que o pai dela não está nada bem.

- Realmente, não está! A Luna tem muito medo de perdê-lo, mas a verdade é que o coração dele já está muito fraco.