Agosto de 2015 - Sete meses depois...
- Pai???- Harper correu para abraçar o pai que voltava pra casa depois de uma mini tour pela América.
- Você está cada vez maior! Não vai parar de crescer, não? Cadê a sua irmã?
- Estou aqui, pai! - Olivia o recebe com um caloroso abraço e um beijo.
- Nada melhor como voltar pra casa! Como estão as coisas por aqui?
- Bem, já estamos de férias. Eu da faculdade e Harper da escola. Vai nos levar para curtir o verão no Havai, né? Você prometeu!
- Se eu prometi, então sim! E a mãe de vocês? Alguma notícia?
- Desde que ela se mudou pra Portland, a tia Amber diz que ela só fica reclusa, mal quer sair. A imprensa já esqueceu dela, mas ela ainda vive como se os paparazzis a perseguissem.
- Isso leva um tempo até se estabilizar, Oli! Ela sofreu um baque com tudo que houve.
- Foi tudo de uma vez, né pai? - Harper complementa. - Ela foi descredenciada de todas as causas sociais que defendia, e até mesmo daquelas onde ela era embaixadora. O nome dela só aparecia vinculado ao escândalo da NY Fashion Week...
- Também tem os processos que ela ainda está respondendo. - Olivia relembra. - Ela ficou tão mal que algumas audiências foram através de vídeo chamadas por recomendações médicas.
- São consequências dos atos dela, minhas filhas. Temos que responder por tudo que fazemos.
- Até a mãe da Luna processou a mamãe pelo fato do esposo ter falecido durante ... durante aquele show de horrores na tv. - Harper comenta tristonha.
- E ela ganhou uma boa indenização por isso. Bom, mas, o divórcio de vocês também foi barra pra ela. Pai, é verdade que você obrigou a mamãe a tirar o seu sobrenome o quanto antes???
- Oli, eu sei que isso tudo não deve estar sendo fácil pra vocês também, mas não podemos amenizar as coisas só pra que vocês não sofram. A mãe de vocês errou e tem que responder por seus atos! Eu só peço que vocês fiquem fora disso e saibam separar as coisas! Ah e que aprendam uma grande lição também. Já estão em idade de ter relacionamentos. Aprendam a serem felizes por si mesmas e não dependam de um nome, fama, ou de estarem com um companheiro para serem felizes. Quando colocamos nossa felicidade nas mãos do outro, cobramos dele aquilo que nós mesmos não fomos capazes de oferecer.
- Eu sei que você está certo, pai! - Harper choraminga. - Mas, é difícil ver todas essas coisas acontecerem com a nossa mãe, por mais que a gente saiba que ela procurou isso!
- Bom, mas ao menos agora estamos em paz e você voltou pra casa! Seu estúdio ficou pronto! Não quer ver? - Olivia comenta.
Eddie não esperou duas vezes e correu para o seu lugar preferido da casa. Ficou curioso pela reforma do estúdio que mandara fazer enquanto esteve fora. Adentrou o lugar e viu os móveis novos, algumas fotografias que conseguiu reconstruir e discos que conseguiu encontrar edições especiais de seus artistas favoritos. Os instrumentos que não haviam sido destruídos também ainda estavam lá como a guitarra que ganhou de sua mãe quando completou 12 anos de idade e algumas velhas fotografias de seu pai.
Sentiu-se saudoso.
Tudo aquilo lhe traziam boas lembranças.
Tirou seu ukulele da case e passou a dedilhá-lo lembrando algumas composições que escreveu com ele:
Eu nunca poderia ir a mais ninguém
I could never go to no one else
A dor não aparece, mas quem sabe, o tempo dirá
The hurt don't show, but who knows, time will tell
Agora eu não acredito em nada além da dor de
I believe in nothing but the pain
Que eu não posso ver isso dando certo
That I can't see this turning out right
Eu estarei dormindo sozinho esta noite
I'll be sleeping by myself tonight
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Sirens - todas as coisas mudam
FanfictionUm fantástico reencontro de gratidão mudaria a vida e os conceitos de vida de Eddie Vedder. Apesar desse reencontro ter começado de uma maneira nada convencional, o cantor não poderia imaginar o quanto Luna o faria se sentir de uma forma tão especia...