Capítulo 39 - O pesadelo de Luna Baxter

6 2 0
                                    

O fuso horário entre New York e Seattle é de cinco horas a menos na cidade do estado de Washington e a duração de um voo é de aproximadamente seis horas sem escalas. Luna viajou o tempo todo agoniada com o estado de seu pai e tudo que ela mais pedia era que não acontecesse nada com ele antes que ela pudesse esclarecer tudo que havia ocorrido.

Era por volta de meia noite quando a garota desembarcou no aeroporto Lake Union e chamou um táxi que a levasse diretamente para o Seattle Medical Center. Ao adentrar o taxi, ligou seu celular na tentativa de falar com a mãe e viu que havia mais de vinte chamadas de Eddie, além de várias mensagens:

"Luna, eu vi tudo que aconteceu... precisamos conversar..."

"Luna, me atende, por favor, é importante..."

"Eu cancelei o show com o Neil e quero ir até onde você está. Como você está?"

"Luna, eu tenho uma explicação pra tudo e sei que você vai entender!

"Britney me informou sobre o seu pai. Fretei um jatinho para Seattle e nos encontramos lá."

Luna apenas apertou os olhos e não quis ler mais. Preferiu se concentrar no que ia fazer e tentou ligar para a mãe, mas o telefone apenas chamava.

Como a distância do aeroporto até o Seattle Medical Center era curta, em questão de vinte minutos, a garota chegou ao hospital e procurou por Karen, mas não a viu na sala de espera. Imaginou que ela já estivesse no quarto cuidando de Karl e foi pedir informações a recepcionista.

- Por gentileza, me chamo Luna Baxter e...

- Luna Baxter??? Claro! A moça do desfile...

- Moça, por gentileza, eu só quero saber do meu pai, Karl Baxter, ele veio pra cá algumas horas atrás por conta de uma emergência.

- Sim, claro... só um momento! - a moça ficou curiosa e procurou disfarçar saber da onde conhecia Luna.

Ao ver a ficha de Karl Baxter no sistema de computador, a recepcionista pediu que Luna se dirigisse ao final do corredor que dava para uma outra recepção.

A garota assim o fez achando estranho não se tratar de um setor de internação e chegando a recepção, novamente se identificou e disse quem procurava:

- Por favor, sou filha de Karl Baxter e...

- Senhorita Baxter? - um homem de jaleco branco e um tanto calvo ouviu o pedido de Luna e se prontificou indicando que ela entrasse em sua sala.

- O senhor tem notícias do meu pai? Em que quarto ele está? Cadê a minha mãe?

- Senhorita Baxter, sente-se, por favor.. - o homem ofereceu o assento falando um tanto calmo enquanto ele se assentava do outro lado da escrivaninha. - Bom, eu sou o doutor Marx e fui eu quem atendi o seu pai assim que ele chegou ao hospital. Na verdade, eu e minha equipe...

- E como ele está??? - Luna tinha pressa na resposta.

- Senhorita, o seu pai teve muita falta de ar enquanto esteve em sua residência e chegou a perder os sentidos.

- Meu Deus...

- No entanto, quando ele chegou aqui nós conseguimos reanimá-lo.

- Foi preciso reanimá-lo??? Foi tão grave assim? Então, ele teve uma parada cardiorrespiratória...Doutor, por favor, eu preciso ver o meu pai... - a garota se levantou e novamente o médico pediu que ela se assentasse.

- Senhorita, se acalme!

- Ao menos ele está bem? Minha mãe está com ele?

- Não mais... ela foi pra casa!

Sirens - todas as coisas mudamOnde histórias criam vida. Descubra agora