Ilha Maui, Havaí, 25 de abril de 2001
- Minha pequena lua, segure-se firme, está ventando muito!
- Estou firme, papai! Até parece que é a primeira vez que enfrentamos ventanias nessas águas. - a garota mostrava sua garra e coragem sorrindo sem demonstrar algum tipo de medo com o balanço brusco do barco.
Karl Baxter passeava de barco com sua filha de 9 anos de idade. Como moradores dos arredores da ilha de Mauí, era costume pai e filha saírem juntos pelo canal Pailolo.
A menina segurava firme enquanto o barco balançava com as fortes rajadas de vento. Não era costume o mau tempo naquela época no Havaí, a previsão do tempo não conotava clima desfavorável a ponto de Karl evitar sair de barco com a pequena. Apesar de estar temeroso, estava acostumado, mas ainda procurava passar confiança para não assustar sua filha.
- Já estamos voltando, minha pequena lua!
Karl procurava tranquilizar a filha como se precisasse. A pequena sorria enquanto seus cabelos voavam e gargalhava a cada balançada violenta do barco como se estivesse em uma montanha russa em um parque de diversões. O pai estava preocupado e tentava tranquilizar a garota, quando na verdade, era ele quem precisava se acalmar.
O pescador de 56 anos olhava para sua única filha a quem todos, à primeira vista, acreditavam ser sua neta e se orgulhava da esperteza da garota que conhecia o mar tão bem quanto ele. As risadas eram cada vez mais constantes até que a garota murchou o semblante e apontou para uma embarcação virada e solitária que passou por eles. Karl se virou imediatamente para ver o que a filha lhe apontara enquanto remava para a praia.
- Uma canoa virada? Será que alguém se acidentou por aqui?
- Pode ser, papai. Está ventando muito! Parece uma canoa a vela.
- Sim, minha pequena. É uma dessas que turistas gostam de usar por aqui.
Karl ficou preocupado e nada comentou. Era comum turistas desinformados alugarem embarcações e passear pela ilha sem nenhum tipo de preparo. O homem olhava aos arredores a ver se tinha alguém pedindo socorro, mas não viu nada diferente. Quis navegar adiante, mas estava mais preocupado em colocar a filha em solo e remou até a praia para que ela descesse do barco e ele pudesse procurar sozinho sem oferecer perigo a pequena.
- Chegamos, papai! E eu desci primeiro!
- Você nem esperou eu gritar 'valendo'. A senhora está muito espertinha!
A garota gargalhava, mas parou ao ver que o pai não descia.
- Meu bem, vá pra casa sim? Avise a sua mãe que eu vou dar uma ronda e ver se alguém se acidentou!
- Eu quero ajudar, papai!
- De jeito nenhum! Não viu que está ventando demais? Eu já volto!
Karl sai remando novamente e não percebe quando, inconformada, a filha corre e o alcança pulando para dentro do barco.
- Eu te disse pra ficar lá, menina teimosa!
- E eu te disse que quero ajudar!!! Eu fico quietinha, não vou te desobedecer!
- Como se não já estivesse me desobedecendo! Vai me fazer voltar para te deixar em casa de novo e isso pode prejudicar as pessoas que estão precisando de ajuda, minha filha!
- Papai, o vento já diminuiu! Por favor...
Karl dificilmente resistia aos pedidos de por favor de sua pequena de olhos fascinantes, principalmente quando ela fazia carinhas piedosas e juntava as mãozinhas em clemência.
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Sirens - todas as coisas mudam
FanfictionUm fantástico reencontro de gratidão mudaria a vida e os conceitos de vida de Eddie Vedder. Apesar desse reencontro ter começado de uma maneira nada convencional, o cantor não poderia imaginar o quanto Luna o faria se sentir de uma forma tão especia...