Capítulo 8 - Você Me Seguiu?

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Meus passos eram apressados sobre o piso polido do hospital. As pessoas ocupadas em seus afazeres não percebiam a apreensão em meu semblante. O barulho causado pela movimentação presente no espaço era silenciado pelo turbilhão de pensamentos acelerados em minha mente.

Eu irei me casar.

A constatação ainda parece absurda demais para mim. Jamais imaginei que estaria em minha atual posição quando aceitei a proposta de Klajner.

A sequência dos fatos que planejei era simples e enxuta:

1. Me acomodar no país.
2. Imergir 100% no projeto.
3. Desenvolver novas técnicas de tratamento emergencial.
4. Conhecer um pouco da cultura local nesse meio tempo.
5. Retornar ao Brasil com potenciais mudanças significativas para o sistema.

Apenas isso. Não tinha como dar errado. Mas, pelo visto, tudo é possível na Índia. Então, aqui estou, prometida a um casamento com uma jovem que mal conheço.

Como tudo saiu dos trilhos tão rápido?

Balanço a cabeça rapidamente, tentando limpar essa confusão mental instalada e sigo o percurso até o setor cardiológico. O hospital aparenta estar bastante movimentado hoje. Vejo funcionários indo para lá e para cá de modo apressado. Apesar de parecer egoísta, fico feliz com a possível fluxo intenso, já que, assim, poderei manter meu corpo e mente ocupados, sem espaço para pensamentos ansiosos.

Ao me aproximar do elevador, aciono o painel prateado e espero a caixa metálica descer até o andar em que me encontro. De repente, sinto meu celular vibrar dentro da bolsa de couro escuro. Ao desbloquear o aparelho, estranho o número desconhecido acima da mensagem exibida.

"Bom dia, Helena. Escolhi enviar uma mensagem ao invés de te ligar, pois imagino que esteja bastante ocupada em seu trabalho. Preciso que compareça à minha casa hoje à noite para uma jantar entre nós duas e meu pai. Ele insiste em ter uma conversa definitiva para acertar todos os detalhes e deixá-la ciente de tudo o que engloba um casamento em...

— Não vai entrar?

Dou um leve salto ao ser surpreendida pela voz. Quando elevo o olhar até a mulher dentro do elevador, imediatamente reconheço o seu semblante.

Hannah, a jornalista.

— Helena? - seu tom é surpreso

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— Helena? - seu tom é surpreso.

— Sim... Oi, Hannah. Que surpresa encontrá-la aqui. - digo, entrando no espaço pequeno.

— Eu digo o mesmo. Não imaginei que trabalharia justo nesse hospital. - seus olhos se estreitam e um silêncio repentino rodeia o quadrado por alguns segundos. — Como pude ser tão dispersa? Claro que você trabalharia aqui. Hospital recém construído, custeado por um grupo de bilionários asiáticos e atual centro de atividade dos melhores médicos do globo. - emite, elevando um dedo a cada pontuação. — Bom, você tem cara de que se enquadra muito bem nesse último quesito, então... - seu rosto é divertido ao falar.

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⏰ Última atualização: Jul 13 ⏰

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