1- Volta ao Lar

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Mariana Cavalcante
Aeroporto de Guarulhos, SP

Cinco anos, foi o período que eu estive em Londres fazendo faculdade, finalmente acabou, minha formatura foi a uma semana atrás, minha família compareceu é claro, e como meu querido irmão é um dos jogadores do melhor e maior time do Brasil, todo o país ficou sabendo do meu mérito.

Manchetes como: "Raphael Veiga faz postagem em homenagem a sua irmã, a mais nova fisioterapeuta." ou; "Raphael Veiga viaja para Londres em família para prestigiar a formatura de Mariana Cavalcante, sua irmã mais nova."
Não reclamei é claro, mas não é tão honroso ser conhecida apenas pela fama do meu irmão, já que eu também tenho uma carreira com as mídias digitais, tenho meu blog.

Felizmente, a notícia não foi tão impactante quanto queriam que fosse, em menos de duas semanas esqueceram que eu existia, Graças ao meu bom Deus. Duas semanas foram o suficiente para acertar as coisas em Londres e finalmente agendar minha viagem de volta pra São Paulo, e hoje, é o dia que eu finalmente voltei pra casa.

Passei pelas portas automáticas do aeroporto de Guarulhos, sentindo o cheiro do ambiente poluído que eu tanto senti saudades, coloquei as minhas duas malas na minha frente pegando meu celular do bolso pronta para chamar um Uber, ao tentar ligar o celular ele não deu um sinal de vida, ótima hora para a bateria acabar.

- Que caralho. - Esbravejei.

Olhando para a minha frente vi a fila de táxis estacionados, coloquei o celular no bolso do meu jeans e arrastei as malas até o primeiro da fila, parando ao lado da janela do motorista, dei duas batidas chamabdo a atenção do piloto.

♧︎︎︎

O taxista tirou minhas malas do porta-malas e deixou ao meu lado na calçada da casa dos meus pais, peguei minha carteira tirando de lá uma nota de cinquenta reais, agradecendo imensamente por ter lembrado de trocar as Libras por reais antes de vir pra o Brasil.

- Deus abençoe viu! - Eu disse para o marista que entrava de volta no carro.

- Amém! - Ele deu partida saindo dali.

Abri o portão com a chave que mantive guardada todos esse anos, ainda bem que não trocaram a fechadura. Arrastei as malas para dentrou e tranquei o portão novamente, e quando olhei para trás me deparei com Beethoven, o golden Retriever que meus pais adotaram pouco antes de eu ir embora.

O cachorro me cheirou e então ficou em pé, abanando o rabo, fiz um carinho em sua cabeça sentindo a textura macia de seus pelos loiros.
Avancei com o cachorro ainda me seguindo e então, empurrei a porta que estava destrancada.

- Mãe? Pai? - Chamei-os.

Eles sabiam que eu chegaria hoje, mas eu pedi que eles não fossem me buscar no aeroporto, não queria mudar a rotina deles, mesmo que fosse só por um dia. Continuei andando para dentro da casa arrastando as malas e então, ouvi passos vindo da cozinha, e lá estava minha mãe secando as mãos com um pano de prato, ela sorriu e caminhou até mim com os braços abertos.

𝐂𝐨𝐫𝐚𝐜̧𝐚̃𝐨 𝐃𝐨𝐦𝐢𝐧𝐚𝐝𝐨 - 𝑅𝑖𝑐ℎ𝑎𝑟𝑑 𝑅𝑖𝑜𝑠 𝑀𝑜𝑛𝑡𝑜𝑦𝑎Onde histórias criam vida. Descubra agora