*PAUSADA*
♧︎︎︎- Marina Cavalcante Veiga, irmã de Raphael Veiga, retorna ao Brasil após cinco anos estudando fisioterapia em Londres. De volta ao seu país natal, ela começa sua nova carreira no clube Palmeiras, onde sua vida toma um rumo inesperado a...
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Mariana Cavalcante CT do Palmeiras, SP
— Bom Joaquín, você teve só uma pequena luxação, bem pequena mesmo, no ombro. Vou colocar ele no lugar e passar uma pomada pro roxo que ficou, pode ser? — Piquerez estava sentado na maca a minha frente enquanto eu lhe passava o diagnóstico.
— Sí sí. — Concordou.
— No três eu vou empurrar.. Uno, dos, tres! — “Forcei” seu ombro de volta para o lugar em questão de segundos.
— Argh. Gracias, Dra.
A minha reação foi sorrir e dar dois tapinhas em seu ombro desnudo. O jogador saltou da maca girando o braço no ar enquanto eu fazia a receita com o nome da pomada e mais o nome de um analgésico para dor.
Lhe entreguei o papel com minha assinatura e carimbo, Joaquim leu por alguns segundos e então dobrou o papel ao meio. Estendeu uma de suas mãos para um aperto de mão.
— Gracias de nuevo.
— De nada. — Sorri. — Os analgésicos você pode tomar se voltar a doer como antes, a pomada você passa uma vez no dia, se puder antes de dormir, é melhor. Vai ajudar na dor local e no hematoma.
— Vale, vou seguir a risca. Agora yo me voy indo, descansar um pouco.
— Vai lá, até quinta! — Sorri acenando para o mesmo que saia da sala.
Assim que Piquerez fechou a porta eu me sentei onde ele estava antes, checando as mensagens enquanto meu segundo paciente não chegava.
Até tentei convencer meu irmão a vir comigo mas ele se recusou dizendo que queria me dar mais liberdade, e que confiava nos meninos e principalmente em mim. Fiquei genuinamente feliz por ele estar se esforçando pra me deixar mais solta, ele disse que ia mudar e eu posso ver essa mudança acontecendo.
Assustei-me quando a porta foi aberta repentinamente, saltando da maca em que repousava. Levantei meu olhar para tal persona avistando Rick rindo da minna cara.
— Te assustei, é? — Cruzou os braços escorando-se no batente da porta, seus ombros e peitoral tremendo de acordo com sua risada.
— Um pouco. Tudo bem, Rick?
— Tudo certo, e você doutora?
— Perfeitamente bem. — Sorri. — Vamos logo ao ponto? Senta aqui na maca por favor.
Ele obedeceu minha ordem, eu me aproximei ficando entre suas pernas enquanto os seus grandes olhos castanhos encaravam os meus.
O reflexo das luzes parecendo estrelas ao mar, por um momento, juro que vi tudo em câmera lenta, como se eu estivesse sendo abduzida para dentro dos seus olhos, a mágica me possuindo por completo, hipnotizada é a palavra que descreve meu atual estado.
