𝖼𝗁𝖺𝗉𝗍𝖾𝗋 𝗌𝗂𝗑

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O SHOW DE TALENTOS estava chegando e como sempre eu iria me apresentar, tenho ralado duro nas últimas semanas

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O SHOW DE TALENTOS estava chegando e como sempre eu iria me apresentar, tenho ralado duro nas últimas semanas. 

Mesmo não escolhendo a dança como carreira profissional, eu não perdia a oportunidade de me inscrever e vencer esses tipos de eventos. Esse ano eu prepararia algo diferente, uma coreografia diferente, por isso passei o máximo de tempo que pude no salão ensaiando.

Por consequência passei menos tempo com as garotas também, mas ela disseram que estava na mesma. Limju se encontrava estranha e não parava em um lugar só, sempre correndo.

Estávamos saindo da aula juntas agora, Soo ah conseguiu me convencer a almoçar com elas pelo menos hoje e não conseguindo lhe dizer não, aceitei.

— Jukyung, por que está tão pra baixo? Aconteceu algo? — Ouço Sojin perguntar.

— Ah, não foi nada. — A garota responde, mas sua expressão não nos diz o mesmo.

Então, mais uma vez, a garota dá uma desculpa e sai correndo assustando todos do corredor.

— Mas e o... almoço? — Desisto de dizer, pois a garota que já se encontrava longe.

— Ela anda agindo diferente. — A Kang olha para mim e confirmo. — Vou ver.

—Vou com você. — Digo e me viro para Soo. — Guarde nosso lugar na mesa.

Ela assente e vou atrás de Sojin a tempo de ver uma cena não muito agradável.

A castanha se curvava parecendo intimidada pelo Han, se não o conhecesse bem diria que ele não ligava, mas este parecia apenas... confuso.

Antes que perceba estou sendo guiada pela outra garota até o canto onde ele e os outros costumam ficar, não pude deixar de reparar que eles pareciam muito suspeitos daquele jeito. Qualquer um que visse pensaria que estavam fazendo coisa errada, isso se não estavam mesmo.

— Han Seojun, está fazendo bullying agora? Soube que intimidou uma aluna semestre passado e agora está roubando de alunos mais novos. Se acha líder de gangue só porque tem uns patetas te seguindo? Escute aqui, se continuar fazendo isso te denuncio à escola e te envergonho em público, ouviu? — A garota conclui e saí.

Mas fico o suficiente a tempo de vê-lo tirar os fones.

É claro que não ouviu. 

— Ela nos chamou de patetas? — Questiona confuso e outro assente, também confuso. 

Reviro os olhos cruzando os braços.

— Estou começando a acreditar no que dizem sobre você. — Murmurei.

— Por que ainda está aqui? — Perguntou com um olhar que havia se tornado costumeiro.

O desgosto.

Neguei com a cabeça e sai do local em passos lentos.

O dia da audição havia chegado e para a minha infelicidade acordei mal.
Tentei me convencer de que era apenas uma gripe e que daria para me apresentar, mas não deu.

Sentia que minha cabeça iria explodir se desse um pouco mais que um giro, e meu corpo doía tanto que duvido que iria conseguir dar um mínimo passo, menos ainda entrar no ritmo da música.

Para melhorar Jae eon, vendo meu estado, me proibiu até de me levantar da cama.
Claro que eu não o obedeceria, mas não tive outra escolha.

Passei o resto do dia deitada e o início da noite conversando com Jukyung. A garota havia se inscrito de última hora, mas conseguiu se preparar bem.
A acastanhada disse que teria arrasado se não tivesse errado a sala e apresentado no meio de uma reunião com os líderes da escola.

Confesso que senti pena da mesma, mas não pude evitar de rir, aquilo deve ter sido realmente engraçado.

Conversamos por um bom tempo antes dela dizer que teria que desligar, pois tinha um compromisso. Entendi, afinal ela andava muito ocupada nos últimos dias, talvez tivesse a ver com isso.

A noite me senti um pouco melhor, tudo bem, melhor era uma palavra muito forte, porém consegui levantar da cama, o que era bom. Talvez até conseguisse ir à escola no outro dia.

Andei devagar até a cozinha, cada passo um esforço. Menos movimento, pensei, significava mais chances de me recuperar mais rápido. Chegando ao local, pude ouvir um pouco de uma conversa inesperada.

— Eu sei, amor. Também estou morrendo de saudades, mas preciso ficar com a minha irmã, principalmente agora. Prometo que assim que meus pais voltarem, volto pra você. — O garoto sussurrou. — Aliás, se eu não voltar antes disso eles vem aqui me buscar. — Soltou uma risada.

Meu irmão citava seu grupo de amigos, e identifiquei a voz de Hana através da chamada.
A culpa me apertou o peito. Meu irmão havia se afastado das pessoas que amava para estar ao meu lado. Era como se eu estivesse puxando-o para longe, como se a minha dor exigisse o sacrifício dele. A lembrança de como ele fez isso todas as vezes que precisei doía ainda mais. O que eu queria era que ele vivesse plenamente, mas, ao mesmo tempo, queria seu apoio. Um dilema que eu não sabia como resolver.

Vejo-o desligar o telefone e ficar encarando o objeto por um tempo, até que seus olhos se encontram com os meus na cozinha, onde estou parada.

— Você deveria estar descansando. — Ele esconde o celular, como se eu não tivesse ouvido a conversa.

— E você deveria estar com a sua namorada. — Respondo, caminhando em direção a ele e sentando-me no balcão da cozinha. — Você precisa ir pra casa, Jae.

— Eu estou em casa, Yu. — Tento interrompê-lo, mas ele continua. — E não há nada que você diga que vai me fazer mudar de ideia.

Com um suspiro, deixo escapar uma única palavra, me sentindo derrotada.

— Obrigada.

— Ok, agora para de ser melosa e vai pra cama. — Ele bagunça meu cabelo com um sorriso travesso.

Assinto, voltando para o quarto novamente.

Enquanto voltava para o quarto, a conversa dele ecoava na minha mente. A presença dele era um alívio, mas o sentimento de culpa ainda me assolava. 

Que droga.

Me joguei na cama, com os pensamentos rodando como um turbilhão. Sabia que Jae não estava ali apenas por acaso ou por um simples desejo de cuidar de mim. Ele ainda se preocupava com a forma como eu estava lidando com tudo, mesmo após meses. E eu não podia julgá-lo por isso; eu também ainda me lembrava. As memórias dançavam em minha mente, como água cristalina, revivendo cada momento com uma clareza angustiante.

 As memórias dançavam em minha mente, como água cristalina, revivendo cada momento com uma clareza angustiante

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