𝐌𝐄𝐌𝐎𝐑𝐈𝐄𝐒 | 𝗁𝖺𝗇 𝗌𝖾𝗈𝗃𝗎𝗇
❝Em meu ver, memórias são o pior tipo de tortura.❞
𝓐pós um ano da morte de uma das pessoas mais importantes de sua vida e o afastamento de outras.
Tudo que um dia foi bom para a garota havia partido e Park Yu...
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TRÊS DIAS FORAM O SUFICIENTE para eu me sentir melhor. Particularmente, achei muito tempo, mas Jae quis garantir que eu estivesse cem por cento recuperada. Como conheço bem o meu irmão, não mencionei que ainda me sinto um pouco cansada.
Fomos ao médico no dia anterior, e para o meu azar, o diagnóstico foi falta de sono e má alimentação. Esse foi o estopim para que Jae ficasse ainda mais em cima de mim durante esses dias.
— Sem muito esforço e coma direito, entendeu? — Ele falou, me observando enquanto eu tirava o capacete.
— Claro, claro. — Respondi, revirando os olhos e entregando o capacete para ele, que revirou os olhos de volta.
Assim que cheguei à sala, fui recebida de braços abertos por Sojin e Soo ah. Jukyung também estava lá, e hoje parecia menos ocupada, passando o dia todo com a gente.
As aulas foram entediantes. A maioria era de conversação em inglês ou experimentos de química. Fui parceira da Soo ah, o que rendeu boas risadas, já que ela definitivamente não era a melhor com as palavras em inglês. Jukyung ficou com Kangso.
Quando o intervalo chegou, fomos para o refeitório. Limju se juntou a nós dessa vez, o que me surpreendeu.
— Menos ocupada hoje, Limju? — Brinquei, e a castanha soltou uma risada. De repente, um barulho chamou nossa atenção, fazendo todos se virarem instintivamente.
Era Han Seojun. Ele havia derrubado a bandeja de comida de Suho.
Ultimamente, fico me perguntando... Quando foi que ele se tornou tão babaca?
Enquanto ele caminhava lentamente em direção à nossa mesa, desviei o olhar para as duas à minha frente. Do outro lado, Sojin, Soo Ah e o namorado de Soo Ah conversavam. Do nosso lado, eu e Jukyung observávamos em silêncio.
Han puxou uma cadeira entre nós duas, fazendo questão de se sentar de costas para mim, focando toda sua atenção em Limju.
Soltei uma risada pelo nariz. Idiota.
Tentei me concentrar na comida, mas não pude deixar de ouvir a conversa entre eles, acompanhada dos murmúrios ao redor.
— Olha... — Limju sussurrou, mas, pelo silêncio no refeitório, sua voz soou clara. — É sobre o capacete?
— Que nada! — Ele respondeu, e pela sua entonação, sabia que estava sorrindo. — Vou almoçar com você.
Os cochichos aumentaram, e quase me engasguei com o frango que havia colocado na boca. Almoçar com Jukyung? Essa é nova.
Não vou mentir, a frase me trouxe lembranças e, talvez, um pouco de... saudade.
— Yu, espera! — Ouvi uma voz atrás de mim e, logo em seguida, senti braços envolvendo meu pescoço.
