𝖼𝗁𝖺𝗉𝗍𝖾𝗋 𝖿𝗈𝗎𝗋

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AS PRÓXIMAS AULAS passaram voando e parece que eu e Jukyung pensamos a mesma coisa

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AS PRÓXIMAS AULAS passaram voando e parece que eu e Jukyung pensamos a mesma coisa.

Ela estava estranhamente fugindo de Suho e eu estava evitando Seojun, não que ele tivesse se esforçado para falar comigo também.

No fim isso só provava que ele estava certo, eu fugia invés de enfrentar meus problemas, então não tinha direito nenhum de falar da relação dos dois.

Fui tirada de meus pensamentos com um barulho, olhei pra trás e vi que era a garota que havia batido em três carteiras no fundo da sala.

— Lim Jukyung. — Escuto uma voz a chamando.

A mesma parecia muito assustada, tanto que até caiu sentada. Soo ah e rapidamente se levanta e vai ajudá-la.

Observo a cena em silêncio, não entendia o que estava acontecendo e sinceramente não tinha vontade de perguntar.

Assim que as aulas acabaram, fui em direção ao estúdio de dança, aproveitando que era quinta-feira para poder me distrair.

Hoje eu teria algumas horas pra dançar, seria bom, queria me desfazer dos pensamentos que vinham me atormentando.

Enquanto dançava, lembrei do sonho da noite anterior e mais uma vez lembranças invadiram minha mente.

Ao me distrair, acabei fazendo um passo errado o que me resultou em uma queda, não era a primeira vez que isso acontecia, longe disso na verdade.

Me levantei sabendo que aquilo só resultaria em um hematoma mais tarde e continuei dançando tentando não me distrair mais uma vez.

Ao atravessar os portões saindo do colégio, me deparei com um tempo nublado o que significava que logo viria chuva.

Olhei o relógio e percebi que perdi o horário do ônibus. Droga. Teria que me apressar para chegar em casa a tempo de não pegar chuva.

Me apressei, mas não adiantou porque minutos depois senti pingos de chuva caírem em minha cabeça pouco tempo depois começando a engrossar. Entre correr e continuar andando preferi a segunda opção, chegaria em casa molhada de qualquer forma e estava cansada para me esforçar.  

Ia tirar o casaco e colocá-lo na cabeça, para cortar um pouco do temporal, mas escutei um barulho ao meu lado e ao me virar dei de cara com uma moto.

Reconheceria aquela pessoa em qualquer lugar. Este estendeu o capacete e peguei subindo na motocicleta. O homem cortava as ruas de Hanok em alta velocidade e eu o abraçava forte com medo de cair, sabia que dificilmente cairíamos, mas mesmo assim temi.

Chegamos em frente à casa completamente ensopados, a moto tinha nos feito chegar mais rápido, mas não evitou que tomássemos chuva.

Destranquei a porta e entramos. Ele pendurou sua Jacketa e eu tirei o meu blazer escolar pendurando também.

Peguei uma toalha pra mim e pra ele, entreguei ao mesmo e comecei a secar meus cabelos.

— Podíamos ter morrido, sabia? Estava chovendo. — Digo o olhando séria.

— Preferia ter vindo apé? — Rebate revirando os olhos.

Não consigo conter o sorriso, ele ainda é um idiota.

O homem abre os braços e corro até ele o abraçando.

— Estava com saudades, mano. Mas o que faz aqui? — Pergunto após nos separarmos.

— Vim te fazer uma vista e parece que cheguei no momento certo. — Sorri e apenas assinto.

Vou até o seu quarto e pego algumas roupas e outra toalha pro garoto, voltando até a sala e lhe entregando, com um aceno aponto pro banheiro.

— Vá antes que fique com cheiro de cachorro molhado. — Revira os olhos e da língua pra mim como uma criança.
Ele tinha muito essa mania.

Vou até a cozinha pensando em que poderia cozinhar pra nós dois, já que ele passaria noite aqui.

Depois de pensar muito, resolvo pesquisar algo na internet e deixo todos os ingredientes em cima do balcão, vejo o garoto sair do banheiro já vestido e vejo que agora era minha vez de tomar banho.

Após um bom banho e uma lavagem de cabelo, saio do banheiro também já vestida, enquanto seco os cabelos novamente com a toalha, vejo que ele já preparava a comida.

— Você deixou tudo aqui, então quis adiantar. — Sorrio em agradecimento. — Porque se dependesse de você não sairia hoje. — Meu sorriso cai dando lugar a uma carranca.

Dou a língua pro mesmo que ri.
Talvez eu também tivesse essa mania.

Quando tudo ficou pronto, sentamos os dois no sofá e ficamos conversando. Ele me contou como estavam indo as coisas em sua cidade e eu contei sobre tudo. Tudo mesmo. 

Jae foi a única pessoa com que me abri sobre o Seyeon, confiava nele.

— Nossa, Seojun disse isso? — Assinto. — Ele realmente está com raiva.

— Não me diga Jae eon.— Digo olhando com tédio pro garoto.

— Foi mal, só não se culpe por isso, você não está tão errada quanto pensa. — Articula com o hashi em mãos.

— Gostaria de acreditar nisso. — Murmuro. 

Ao terminarmos de comer, conversamos sobre diversas coisas. Ele me atualizou sobre Hana, sua namorada, e contou várias histórias de seus dias em Busan. Confesso que todas eram engraçadas já que o casal facilmente se metia em confusões. 

A noite se tornou leve e eu não precisei pedir pra que ele dormisse comigo, logo eu me encontrava deitada no sofá e ele em um colchão no chão. Também não percebi quando dormi, só sei que selei uma trégua com o sono, após meses de inimizade. 

Talvez ter a presença do meu irmão me distraísse um pouco.

Talvez ter a presença do meu irmão me distraísse um pouco

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segunda parte :)

𝗇𝖺̃𝗈 𝖾𝗌𝗊𝗎𝖾𝖼̧𝖺𝗆 𝖽𝖾 𝗏𝗈𝗍𝖺𝗋 <3

𝐌𝐄𝐌𝐎𝐑𝐈𝐄𝐒, 𝗍𝗋𝗎𝖾 𝖻𝖾𝖺𝗎𝗍𝗒Onde histórias criam vida. Descubra agora