13 - UM DESEJO ARDENTE POR UMA CHANCE DE FELICIDADE

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Um Desejo Ardente Por Uma Chance De Felicidade

Assim que descemos para o tapete vermelho, seguimos o caminho normalmente, eu na frente, guiando, e eu logo atrás de mim, Enjel. Mas enquanto andávamos  no corredor, uma imagem minha, dando oi passou ao nosso lado, rapidamente, e derrubando um objeto no meio do caminho. Eu e Enjel nos assustamos com aquela imagem, que era como um "desenho" meu.
     — O que foi isso Enjel?! — Disse eu me afastando do objeto jogado.
     — Isso é coisa dele... Vamos, Enjel! — Respondeu Enjel, segurando minha mão e acelerando os passos.
      Enquanto eu e Enjel andávamos rápido pelo grande tapete que flutuava naquela vasta escuridão, de dentro do espelho, começamos a ouvir barulhos, e um tremor muito grande ali. Então, enquanto andávamos rápido, olhamos para trás, e vimos o pior.
— Enjel... corre! — Disse, eu, enquanto olhava para trás e acelera o passo cada vez mais.
— Por qu... Aaaaaaaah! — Gritou, Enjel, correndo cada vez mais rápido na minha frente.
Atrás de nós, havia um monstro enorme e horrível, com o corpo e rosto iguais aos de Enjel, totalmente desfigurado e sangrento, e ele correndo atrás de nós, tentando nos agarrar com suas enormes presas, e enquanto ele corria atrás de nós, diversos objetos enormes caiam do céu no tapete, tentando impedir nossa fuga. Eu e Enjel não parávamos de correr, e por um minuto, senti que ela me deixaria ali para morrer, pois começou a correr tão rápido, que mal conseguia lembrar que eu estava atrás dela. A cada momento que se passava, o monstro ficava cada vez mais cansado e seu enorme peso, enfraquecia a ponte de tapete, e então, não suportando mais, a ponte se parte no meio, e em seu vão, o enorme monstro cai, e os objetos que caiam, agora param. Eu e Enjel caímos no tapete, com o enorme impacto da partição da ponte.
— Acho... que isso... acabou. — Disse eu, enquanto me levantava, cansada, do chão.
     Enquanto me levantava lentamente, Enjel se levantou rapidamente, me levantou, e me deu suas mãos, dizendo;
     — Enjel, me prometa uma coisa!
     — O que, Enjel?
     — Me prometa que nunca cairá nos truques dele! Não importa o que aconteça!
     — Ah... claro! Eu prometo!
     — Obrigada... Vem vamos! Temos que continuar.
     Eu e Enjel, continuamos andando em linha reta, até chegarmos no fim do tapete, e assim que chegamos, uma base, parecida com uma pequena ilhazinha de terra, com um piso de cerâmica veio até nos para que pudéssemos atravessar. Nos duas subimos nela, e assim que Enjel pisou em sua base, ela gemeu alto, como se tivesse sentido alguma dor. Eu olhei rapidamente para ela para entender o que estava havendo, e ela estava meio abaixada, com a mão em alguma parte do corpo, com lagrima nos olhos, e uma cara de dor intensa. A base em que estávamos continuava parada, e Enjel não falava nada, apenas parecia segurar sua dor em um canto da base. Fiquei com receio do que poderia estar acontecendo, então me direcionei a ela, para perguntar se estava bem. Mas assim que cheguei perto dela, um barulho de chama se propagou por todo o espaço em que estávamos. Ao olhar para frente, pude ver oque estava causando esse som. Eram enormes candelabros que iam da onde estávamos ao outro lado da ponte. Eles estavam todos acesos, e sua base eram como bastões imensos, que sumiam na vasta escuridão do abismo, fazendo com que pudéssemos ver apenas a sua parte de cima, na qual ficavam as velas e seus suportes.
    Os candelabros indicavam um caminho reto, no qual eu não conhecia... Porém, o caminho não era longo, e os candelabros acabaram de se acender não muito longe da onde estávamos, e então, assim que pararam de se acender, como se tivesse indicado o fim do caminho, pude ver que não havia nada em sua frente, apenas um enorme abismo.
     — Enjel... você...
     Antes que eu terminasse de falar, a maior das velas foi acendida na frente de todas as outras. Era uma imensa e larga vela, com cores quentes em sua cera, e nela, lá estava, uma enorme "figura" de Enjel, amarrada em sua base. Ela, na figura, estava chorando, amarrada pelas mãos, com seu corpo pendurado.
     — Ai meu Deus!
     — CHEGA! — Gritou, Enjel, enquanto levantava, com o ódio em seus olhos.
     O chão tremia, e eu olhava para Enjel, assustada, enquanto me afastava da mesma, com medo de seu novo "temperamento".
     — Nunca mais esse demônio vai ousar tirar sarro de mim!
     Assim que Enjel berrou, a base em que estávamos começou a acelerar, e atropelar todas os candelabros que estavam em nossa frente, inclusive a vela maior, que ambos se quebraram como pedaços de vidro, e caíram no enorme abismo. Já a base, não parou de andar, e chegou até o outro lado da ponte. Enjel desceu rapidamente, sem olhar para trás, e abaixou sua cabeça, dizendo;
     — Eu preciso de um tempo para pensar no que acabou de acontecer... Por isso, vou na frente. — Disse ela, enquanto caminhava a minha frente, e me deixava lá, sozinha para trás.
     — Enjel, não, me espere!
     Era tarde de mais, Enjel já havia tomado o seu rumo, e agora, eu, vagava sem rumo, para um lugar no qual eu não conhecia.
     — Enjel! Por favor, volte aqui, podemos conversar juntas...
     — Ei, psiu! Por aqui! — Sussurrou uma voz, atrás de mim.
     — Olá? Quem disse isso? — Disse eu, enquanto procurava o paradeiro da voz.
     — Aqui atrás, olhe para baixo, hihihi!
     — Ora... Um de vocês por aqui... — Disse, eu, quando vi oque estava me chamando.
     — Sim... hihi! — Disse a Abóbora.
     — Por que me chamou?
     — Anda, venha por este caminho atrás de mim!
     — Caminho? Qual? Não há nada atrás de você, além da grade de proteção, e o enorme abismo.
     — É um caminho invisível, você só consegue ver ele, se passar por ele...
     — E como eu vou saber se não está mentindo?
     — Ora... somente passando para saber.
     — Eu não vou pular no abismo só para saber se tem uma passagem.
     — Não precisa pular, basta pisar no solo invisível que está a sua frente. Caso contrário... não vai achar Enjel.
      — Certo... — Respondi desconfiada.
      Eu nao sabia ao certo o que eu faria... Eu tentava a sorte? Ou continuava meu caminho ignorando completamente o conselho da Abóbora? Por teste, preferi colocar um dos meus pés para fora do tapete, e assim que o coloquei, consegui sentir um solo, como se realmente houvesse algo ali. E então, sem pensar, me joguei para o outro lado, desse jeito, passando pelo caminho invisível.
     — A Abóbora estava falando a verdade...
     Segui reto, pelo caminho, e sai em uma minúscula sala, com uma temática muito chique, feito uma pequena sala de um palácio, na qual havia apenas uma cortina vermelha, que cobria algo. Com curiosidade, eu a puxei, revelando o que estava atrás dela, e quando ela finalmente caiu, pude ver, um belo espelho, pendurado na parede. Me aproximei dele, e assim que fui o tocar, ele começou a radiar uma forte luz de dentro para fora.
     — O que é isso?! - Disse eu, enquanto cobria meus olhos da luz.
     Depois de um tempo, a luz se apagou, e de dentro do espelho, uma suave voz começou a dizer as seguintes frases:

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⏰ Última atualização: Jul 17 ⏰

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