XVIII

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Obito POV

Depois desse longo dia de aula, chamei o loiro no celular para ir embora comigo, mas ele apenas respondeu que já saiu e iria chegar tarde em casa.
Ele tá me evitando?

Enfim.
Todos os meus amigos tem compromissos depois da escola, por algum motivo. Então tive que ir de táxi para casa.

Chegando no meu lar, todas as luzes estão apagadas menos a do quarto dos meus pais, provavelmente estão fodendo.
Deixo minhas coisas no quarto e tiro as roupas para tomar um banho de banheira bem quente para desestressar.
Acendo um cigarro, ligo a torneira e entro.
Inspiro e expiro lentamente ao sentir a água cobrir meu corpo.

Fico quase uma hora na banheira, imóvel, apenas me movendo para acender mais cigarros enquanto penso sobre tudo na minha vida.

Então me levanto, me seco e vou me vestir um com pijama confortável. Sem querer acabei com a caixa de Marlboro que o Deidara estava fumando anteriormente, então tenho que ir pegar outro que eu vi na cozinha.
Assim que acendo outro cigarro, já no cômodo, ouço a porta abrindo e vou ver quem é.

— Dei...dara? — Arregalo os olhos.

D: Oi, amor! — ele sorriu e veio até mim

Ele está diferente. Além de roupa diferente, colocou piercing na sobrancelha, no septo, bridge, boca e pelo relevo na camisa, é provável que furou os mamilos. Mas principalmente, cortou seu cabelo...
Olhei fundo em seus olhos e vi que estavam pretos como carvão.

— O que você usou?

D: Eu? — gargalhou — Nada, eu bebi uma vodka aqui, um pouco de coca ali.... isso ai é cigarro? Da um! — Me abraçou.. seu corpo estava mole.

— Cara, você não tá bem, vamos subir.

D: Eu to bem, Obito. — riu mais.

Eu o peguei em meus braços e subi para meu quarto.
O deitei na cama e fiquei em pé o encarando murmurar coisas sem sentido.

— Aonde você tava?

D: No céu... eu sou um anjo!

— Caralho, Deidara...

D: Não fica bravo comigo... — se sentou, me puxou pelo braço, se agarrou em mim e choramingou um pouco. — Desculpa..

— Não tem problema. — Acariciei seu cabelo — Mas me fala aonde você tava, ok?

D: Eu tava em casa.

— A sua?

D: É... na verdade — riu — eu fui com o Hidan furar meus piercings, comprar roupas, cortar o cabelo... ai eu fui pra minha casa.

— E porque tá tão chapado assim? Eu sei que você tem umas coisinhas lá, mas... ah não.. você usou tudo?

D: Talvez.

— Que porra você usou, Deidara?

D: Talvez eu tenha usado uns benzos.. — Desde quando ele tem benzodiazepínicos?

— Quantos e qual?

D: Me erra.. — Deitou denovo

— Desembucha, seu louco.

D: Quase uma cartela de clonazepam, cinco zolpidem...

— Ah, nem fodendo.

D: O que? — ele ia sentar denovo, mas lentamente fechou os olhos e caiu para trás.

— Que ótimo, ele tomou todos os remédios de dormir do mundo e vai ficar ai dormindo por uma vida toda. — Não é o suficiente para uma overdose, mas é preciso ter cuidado com ele agora.

Até Logo! Onde histórias criam vida. Descubra agora