XXI

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Obito POV

É segunda feira. Outro dia normal, tirando que não falo com o Dei, e estou fingindo estar bem desde então.
A entrada da escola é sempre tranquila, o estranho é que acabei de ouvir alguém me chamando.

— Ouviu isso?

K: Eu acho que é o Hidan, cara.

— E porque caralhos ele estaria vindo atrás de mim? O Kakuzu nem vai vir hoje.

H: OBITO!

— Ah. — Me virei para ver o garoto — E ai, Hidan. — Fui respondido com um tapa na cara.

H: Você é doente, seu merda?

— Tá louco, porra? O que eu fiz pra você?

H: Pra mim nada, mas pergunta pro Deidara!

— Ah, veio tirar satisfação por ele? — eu ri

H: Eu não ia fazer nada, até ver ele quase morto no chão depois de uma overdose!

— O... O que? — Meu coração gelou

H: É, seu cuzão. Agora ele tá no hospital — Começou a chorar e me bater. Seus tapas eram fracos demais comparados ao meu tamanho. — E a culpa é sua! Se ele morrer, eu vou matar você, tá me ouvindo?!

Eu vi o medo em seus olhos, até porque, era o mesmo que estava mos meus.
Não tive reação, apenas recebi os tapas, porque é isso que eu merecia e mais.

— Desculpa.

H: E você acha que é o bastante, porra? — Ele não conseguia conter as lágrimas por um segundo, e só parecia piorar. — Se ele morrer.. eu vou acabar com a sua vida, tá me ouvindo? Você vai morrer, seu filho da puta!

— Vem cá — Abri os braços para um abraço

H: Não, cacete! — Caiu no chão, escondeu o rosto com as mãos e continuou chorando.

Eu me ajoelhei e abaixei a cabeça.

— Eu amo esse garoto tanto quanto você ama. Ele provavelmente não quer me ver, então cuida dele pra mim, e se ele perguntar, nem pense em deixar a entender que eu não ligo, ok?

H: Você não ama ele porra nenhuma! — Me deu um soco

— Eu amo, eu amo ele mais que tudo. — Desta vez, quem não conteu as lágrimas foi eu.

H: Você tá chorando, Obito? Porra! — Tentou me dar outro tapa mas Kisame segurou sua mão.

K: Hidan, já deu. Vai pro hospital ficar com ele. — O garoto obedeceu sem dizer uma palavra.

Me acalmei um pouco e levantei.

— Eu fiz ele ter uma overdose.

K: Não foi você, cara. — Tentou me confortar e botou a mão no meu ombro.

— Foi.. foi sim. Eu sou o motivo do sofrimento do amor da minha vida. — Não estava com cabeça para fazer as aulas hoje, então dei uma batidinha no ombro do Kisame e sai andando para chamar um carro e ir embora.


Quebra de tempo

Será que se eu tivesse dado mais atenção para o Dei quando éramos crianças, e não namorado a Rin, isso teria acontecido?
Principalmente, e se eu não tivesse bebido tanto aquela noite?


















Flashback, 2 anos atrás.

— Você não fez isso, cara. — Eu ri em negação

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