XXII

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Deidara POV

— Eu já entendi, pai. — O homem gritava comigo no telefone, sem se importar sobre a minha situação no hospital. — Pode parar de gritar? Vai piorar minha recuperação. — Sem uma palavra a mais, ele desligou

H: Ele ligou pra que? Esse inútil.

— Pra falar que eu só faço merda. Inclusive ele tá querendo sair do Japão e vai me levar junto.

H: E quando vocês voltam?

— Se eu voltar...

H: Pera, tá me dizendo que vão se mudar?

— Isso ai.

H: O QUE? A sua vida é aqui!

— Isso é vida? — apontei para a bolsa de soro

H: Não, mas não é culpa sua.

— É sim.

H: O Obito que fez você fazer isso.

— Ele não meteu cocaína no meu nariz até eu quase morrer. Eu mesmo fiz isso porque eu quis.

H: Amigo..

— Você devia se afastar de mim também.

H: Não fala besteira, Deidara!

— Não é besteira. Você é apegado a mim e eu a você. Quando eu sair desse hospital, a primeira oportunidade de me matar que eu tiver eu vou fazer, e se eu morrer, você vai sofrer.

H: Você não vai fazer isso, amigo — Sua voz fraquejou, era como se quisesse chorar mas algo estava entalado — Eu não vou deixar você morrer, se precisar eu mato o Obito!

— Não precisa, meu amor.

H: Precisa... — Agora sim ele chorou.

— Deita aqui.

H: Eu odeio te ver assim. — Se deitou ao meu lado e chorou no meu peito.

— Você é o melhor amigo que eu poderia ter.

H: Você também é. — Pegou o celular e começou a gravar um vídeo nosso — Quando ele sair do hospital, a gente vai rir disso.

— Olha como eu to feio, Hidan!

H: Para de ser ridículo — Limpou as lágrimas e colou nossos rostos lado a lado — Olha como meu melhor amigo é lindo

— Olha como o meu é viado.

H: E lindo?

— Não é. Você é horrível

H: Nossa, Deidara! Tá bom então — Se levantou

— Volta aqui, poc! — Rimos e ele se deitou novamente

H: Deidara tá aqui morrendo de aids e tá cheirando Victoria Secrets, como pode?

— Papai é cheiroso fio, tá achando o que?

H: Adorei que você nem implicou com a aids

— NOSSA, ai eu vou dar o cu na esquina, volto com aids de verdade e você vai ficar chorando — dei um tapinha nele.

Uma enfermeira abriu a porta e adentrou no cômodo, acabando com nosso momento.











Obito POV.

Eu não posso mais viver sozinho assim.
Vou fazer o que eu sempre fiz.

— Alô, Rin?

R: Oi, Obito.

Até Logo! Onde histórias criam vida. Descubra agora