O tempo perdera todo significado para Leedo. Dias e noites tornavam uma coisa só uma escuridão constante, pois nunca havia luz na cela. De vez, enquanto lhe empurravam refeições frias por uma abertura na porta. Leedo não sentia fome más forçava-se a comer a porção. Ele sabia que a primeira coisa que precisava fazer era recuperar a força física. A cela era apertada demais para exercícios amplos, mas grande o suficiente para o Tai Chi Chuan, a arte marcial milenar que era ensinada aos guerreiros que se preparavam para o combate.
O exercício exigiam pouco espaço e acionavam todos os músculos do corpo. Ele começou pelo agressivo, Socando os Demônios, passou para o Acumulando a Luz mais suave. Leedo podia ouvir a voz de seu mestre: "Desperte o seu Chi, a sua energia vital, sinta-se forte como uma montanha e se torne leve como uma pena. " Leedo podia sentir o chi fluindo por seus dedos. Concentrou-se até que todo seu ser se localizava em seu corpo, se movimentando através de padrões eternos.
O ciclo completo levou uma hora, quando acabou. Leedo estava exausto. Ele efetuava o ritual duas vezes ao dia, até que o corpo começou a reagir e foi se tornando forte.No sétimo dia, quando a porta da cela foi aberta. Leedo ficou cego pela súbita luz que encheu a cela. Ele piscou os olhos várias vezes, tentando se acustumar com a intensidade da claridade.
Finalmente, sua visão começou a se ajustar. Um guarda estava parado do lado de fora.
- Levante-se! Você vai subir agora. Ele se inclinou para ajudar Leedo. Para sua surpresa, ele levantou facilmente e saiu da cela sem qualquer ajuda.O guarda acompanhou Leedo até o andar de cima e entregou-o à um inspetor, que observou por um instante e murmurou:
- Deus como você fede! Vá tomar uma chuverada. E queimaremos estás roupas.
A água fria estava maravilhosa. Leedo lavou bem os cabelos, esfregou-se fortemente o corpo e os pés com o sabão áspero.
Enxugou-se e vestiu-se. O inspetor estava a sua espera.
- O diretor quer falar com voce.Ravn estava de pé junto a uma janela quando Leedo entrou em sua sala. Ele virou-se e disse:
- Sente-se por favor - Leedo sentou-se numa cadeira - Estive fora numa conferência. Voltei essa manhã e encontrei um relatório sobre o que aconteceu. Você não deveria ter sido confinado na solitária.
O diretor olhou para um papel em sua mesa.
- Segundo este relatório, você foi agredido sexualmente por seus companheiros de cela.
- Não senhor - disse Leedo.
- Entendo o seu medo, más não posso permitir que os reclusos comandem essa prisão. Quero punir quem fez isso com você, mas preciso do seu testemunho - Ravn falava com uma expressão de compreensão.
- Eu cai da cama - falou Leedo olhando nos olhos de Ravn.
- Tem certeza?
- Tenho, sim, senhor.
- Não vai mudar de ideia?
- Não, senhor.
- Está bem, se e essa sua decisão mandarei transferi-lo para outra cela - suspirou Ravn, sentindo-se derrotado mais uma vez pelo sistema.
- Não quero ser transferido - falou Leedo num som alto e claro.
- Está querendo dizer que pretende voltar a mesma cela? Que foi agredido? - Ravn ficou totalmente supreso.
- Isso mesmo, senhor.
- Muito bem - falou Ravn se atirando para trás na cadeira que estava sentado - Más trate de se manter longe de encrencas no futuro.
- Está certo, senhor.A volta para cela foi a coisa mais dificil que Leedo fizera. Uma onda de horror o dominou. As lembranças dos momentos terríveis daquela noite inundaram a sua mente, trazendo à tona toda angustia que ele tentava esquecer. Os companheiros de cela estavam no trabalho. Leedo deitou na cama e ficou olhando para o teto, planejando. Ele se inclinou para baixo da cama e arrancou um pedaço de metal solto no lado. Escondeu-o por baixo do colchão. Quando soou a campainha do almoço, as 11h. Leedo foi o primeiro a entrar na fila no corredor.
No refeitório, Paulito e Lolo sentavam-se a uma mesa perto da entrada. Não havia qualquer sinal de Ernesto.
Leedo escolheu uma mesa ocupada por estranhos, sentou e comeu toda a refeição. Passou o início da tarde sozinho na cela. Os três companheiros voltaram às 14h. Paulito sorriu supreso quando viu Leedo.
- Então voltou para nós, coisinha linda. Gostou do que lhe fizemos hein?
- Isso é ótimo - disse Lolo - Temos mais para você.
Leedo estava se concentrando no negro, voltou àquela cela por causa de Ernesto. Leedo não confiava em Ernesto, más ele sábia que precisava da ajuda dele.
" Vou lhe dar um aviso. Ernesto manda neste lugar. "Naquela noite, quando soou a campainha avisando o prazo de 15 minnutos antes das luzes apagarem. Leedo levantou-se da cama e começou a se despir. Tirou todas as roupas ficando totalmente nu. O mexicano deixou escapar um assobio longo e baixo ao contemplar o peito firme de Leedo, as pernas compridas e bem torneadas e as coxas. Lolo respirava fundo. Leedo pós a camisola e deitou-se de costas na cama. As luzes se apagaram. A cela mergulhou na escuridão.
Trinta minutos se passaram. Leedo permaneceu imóvel, escutando a respiração dos outros. Do outro lado da cela. Paulito sussurrou:
- Papai vai lhe dar um amor de verdade está noite, meu bem. Tira a camisola.
- Vamos ensinar você a chupar um caralho e terá que fazer até aprender direitinho - murmurou Lolo soltando uma risadinha.
Ainda não havia qualquer palavra do negro. Leedo sentiu o movimento quando Lolo e Paulito se aproximaram. Más estava pronto para eles. Levantou o pedaço de metal que escondera e golpeou com toda sua força, atingindo um dos homens no rosto. Pelo grito que houve, com certeza mais uma cicatriz no rosto de Lolo. Leedo deu um chute no outro vulto que caiu no chão.
- Cheguem perto de mim outra vez e eu mato todos vocês - disse Leedo.
- Seu Puto!
Leedo ouviu-os avançarem de novo em sua direção e levantou o pedaço de metal. A voz de Ernesto soou brutalmente na escuridão.
- Já chega. Deixem o garoto em paz.
- Estou sangrando, Erne , vou dar um jeito nele ...
- Pare de merda e faça o que estou mandando.
Leedo ficou em silêncio pronto para o próximo movimento.
- Você tem coragem garoto - disse Ernesto.
- Não contou nada ao diretor - Ernesto riu baixinho na escuridão - Se tivesse falado, estaria morto.
Leedo acreditava totalmente nas palavras de Ernesto.
- Por que não deixou que o diretor o transferice para outra cela?
- Eu queria voltar para cá.
- E mesmo? Por que?
Havia um tom de supresa na voz de Ernesto. Aquele era o momento que Leedo estava esperando.
- Por que você vai me ajudar a fugir daqui.
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Amor e Ódio
FanfictionLeedo é um rapaz fascinante, com uma mistura única de culturas em seu sangue. Filho de pai coreano e mãe americana, ele cresceu em meio a tradições e modernidade. Com um bom emprego em um dos bancos mais bem sucedidos da Coreia do Sul, Leedo se dest...