Capítulo III - Joseph Bonanno

14 2 1
                                    

Leedo levantou-se bruscamente na cama. O celular tocou informando que eram 02h30 da manhã. Seu coração acelerou. O pânico tomou conta de seus pensamentos. O primeiro que veio à sua mente foi que algo terrível tinha acontecido com Hwan. Sem pensar duas vezes, ele atendeu o celular.
- Alô?
- Leedo! Quem está falando? Aqui e o tenente Keonhee do Departamento de Polícia de Nova Orleans. Estou falando com Leedo?
- Ele mesmo. - O coração de Leedo começou a disparar.
- É sobre à sua mãe.
- Ela ...
- Ela está morta, Sr. Leedo
- Não ... Leedo deu um grito.
- Pagarei o primeiro avião.
- Quanto chegar aqui, pegue um táxi e venha direto para Delegacia de Polícia.
- Por que Delegacia de Polícia? O que aconteceu?

O coração de Leedo estava acelerado enquanto ele esperava ansiosamente por sua mala no tumultuado aeroporto de Nova Orleans. Ele finalmente avistou sua bagagem rodando na esteira e rapidamente a pegou, seguindo em direção a saída, onde um táxi o aguardava. Ao entrar no táxi, Leedo repetiu para o motirista o endereço que o tenente lhe dera.
- Véio para grande festa? - perguntou o motirista puxando conversa.
- Não! - Leedo não tinha a menor idéia do que ele estava falando.
- Só dá para traze-lo até aqui - informou o motorista.

Leedo olhou. Havia milhares de pessoas gritando, usando máscaras, povoando as ruas e calçadas à frente. Era fevereiro, um mês de festa e alegria na cidade. O carnaval tinha chegado e todos estavam ansiosos para celebrar.

Leedo desceu do taxi e parou um instante junto ao meio-fio. Ele mal teve tempo de reagir antes de ser envolvido pela multidão. Em meio à confusão sua mala foi arrancada da sua mão e desapareceu em meio ao mar de gente.

Antes que pudesse recuperar o fôlego, numa mulher gorda usando máscara o agarrou e beijou-o na boca. Atordoado Leedo mal teve tempo de se recuperar quando sentiu algo o agarrar por trás.  Um panda-gigante havia surgido e levantou do chão, carregando-o com facilidade. Leedo encontrava-se a beira de um pânico, quando finalmente conceguiu se livrar e fugir para uma rua mais sossegada.  E depois se dirigiu a Delegacia de Polícia.

O tenente Keonhee era o mais novo da delegacia.
- Desculpa não poder recebe-ló no aeroporto, a cidade inteira enlouqueceu - disse ele - Examinarmos as coisas de sua mãe e você foi o único que podemos encontrar para chamar.
- O que aconteceu com minha mãe?
- Ela cometeu suicídio.
- Por que ela se mataria? - A voz de Leedo era trêmula.
- Ela deixou um bilhete para você.
" Perdoe-me. Está e a melhor solução. Eu amo você filho."
                                      Mamãe.

Leedo estava com o coração apertado ao tomar as providências para o enterro naquela tarde. Após, ele pegou um táxi para casa da familia, buscando um pouco de conforto. Enquanto o táxi diminuiu a velocidade, Leedo viu um cartaz enorme que o deixou chocado. Era uma propaganda da venda da casa de uma imobiliária em Nova Orleans.

Leedo estava na sétima série quando ele ganhou a chave de casa de sua mãe. A partir desse momento, ele a carregava sempre consigo. Com o coração acelerado, ele abriu a porta lentamente, segurando firme a chave e entrou.

Os cômodos estavam vazios. Leedo correu de um cômodo para outro. Ele parou na porta do seu quarto, respirando fundo e tentando acalmar o coração acelerado. "Meu Deus, o que pode ter acontecido?" - pensou Leedo olhando ao redor com os olhos cheios de lagrimas.

De repente ele ouviu a campainha da porta da frente tocar, interrompendo seus pensamentos. Leedo desceu as escadas correndo com uma mistura de medo e curiosidade tomando conta de seu ser.

Olavo Schimit estava parado na porta. O funcionário da empresa de seu pai.
- Acabei de receber a notícia Leedo?
- Olavo, não sabe como estou feliz em ve-ló! Mas entre.
Olavo tinha sido empregado na companhia de seu pai por tanto tempo que já era como parte da familia. Mesmo quando seu pai faleceu, Olavo permaneceu ao lado de sua mãe para auxilia-lá em tudo o que precisasse.
- A polícia diz que mamãe cometeu um suicídio! - Você sabe o que aconteceu?
- Sua mãe, não queria preucupa-lo.
- Não queria me preucupar com o que?
- Já ouviu falar em Joseph Bonanno?
- Não.  Por que?
- Bonanno procurou sua mãe a seis meses e disse que queria comprar a companhia. Ela respondeu que não estava interessada. Más ele ofereceu um valor dez vez mais do que a companhia valia e ela não pode recusar. Fiquei muito feliz por ela. Há três anos que eu estava querendo me aposentar.
- Bonanno deu a ela uma pequena entrada - Olavo deu uma pausa, para enxugar seus olhos.
- Continue. O que aconteceu? - Leedo disse impaciente.
- Assim que Bonanno assumiu despediu todo mundo e trouxe o seu próprio pessoal. Vendeu todos os bens e encomendou uma porção de equipamentos, vendendo tudo, más não pagando. Quando os fornecedores começaram a pressionar sua mãe pelo pagamento, ela procurou Bonanno. Ele disse que desistira do negócio e estava lhe devolvendo a companhia.

A companhei a luta de sua mãe para salvar a companhia. Más não havia jeito. Eles forçaram à falência. Tomaram-lhe tudo ... a companhia, está casa, até mesmo seu carro. E o promotor distrital o acusaram de fraude.
- Más tudo o que ela tinha de fazer era contar a verdade ... explicar o que aquele homem fez.
- Joseph Bonanno, trabalha para Antonyo Orsatti.  É Orsatti manda em Nova Orleans. Mesmo que sua mãe levasse aos tribunais. Ela não tinha dinheiro para lutar contra ele.
- Quero falar com Joseph Bonanno?
- Ele tem uma casa perto, más não adiantará ir lá.
" Joseph Bonanno pagará pela morte de minha mãe. " - jurou Leedo para si mesmo.

Amor e Ódio Onde histórias criam vida. Descubra agora