A ferro e fogo

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Ele se sentia desolado, os dias se passaram e ela não o chamou novamente, estava amargurado e triste. Depois do último término, ou o que ele chamava de término, tinha aprendido que não podia viver sem ela. Ades foi atrás de Agatha.

- Oi! Agatha?

Chamou na porta aberta e esperou alguma resposta. Como não houve nenhum barulho, ele entrou de ponta de pé. E lá estava, Agatha, nua, tomando banho com água esquentada em uma bacia. Ela o ignorou e continuou se lavando.

- Vamos, Agatha... Fale comigo. Eu não fiz nada com Títere, você sabe disso. Ele é seu filho, nunca faria mal pra ele. Ele apenas se assustou comigo.

- Eu sei.

- Então por qual motivo está me castigando?

- Acha que só você esquenta minha cama? Eu estava com outras pessoas, Ades. Você não é meu único amante.

- Você nunca passou tanto tempo sem me chamar...

- Títere ainda está com medo e você me incomoda às vezes. Além do mais, o sexo que fazemos é meio comum demais pra mim.

- O que quer que eu faça de diferente? Posso fazer qualquer coisa. Posso pedir desculpas pra Títere também.

- Não se aproxime do meu filho se eu não mandar que faça, Ades.

- Sim, senhora.

Ela terminou de tirar a espuma de seu corpo e começou a se secar. O olhou e se deliciou com o desespero que viu no olhar dele. Ades estava vulnerável e faria o que ela quisesse, logo, ela iria se aproveitar.

- Às vezes você me lembra meu filho, assim tão dependente de mim. É fofo, Ades.

- E-eu... Eu não sou seu filho.

- Hm? O garotinho da mamãe não quer mais ser garotinho?

- Agatha... Pare.

- Por quê? Seu pau fica duro comigo te chamando assim, filhinho?

Ades mordeu os lábios, com desejo e vergonha por estar se sentindo atraído outra vez para aquela silada. Ele balançou a cabeça como se quisesse sair do transe, mas era impossível com ela pelada em sua frente.

- Se quiser transar normal... Assim não. Por favor, assim não...

- Ades, quero que fique calado. O que é transar normal? O normal não é o que agrada seu prazer? Por que você se proíbe tanto de se sentir bem? Se gosta que eu te chame de filhinho, é assim que vou chama-lo.

Ela caminhou até sua cama e chamou ele com o dedo. Ades foi, ludibriado pelos encantos daquele corpo nu. Se sentou ao lado dela e esperou as ordens sabendo que uma vez que tentasse resistir, seria mais humilhante.

- Venha mamar os meus seios, criança. Você tem fome, não? Vou te ninar. Deite aqui no meu colo.

Ele tirou as botas antes de deitar com metade do corpo na cama e metade no colo dela. A abraçou e enfiou o rosto entre seus seios. Ades logo abocanhou um dos mamilos e chupou com voracidade.

- Você é adorável, criança.

Ela o ninou e esperou pacientemente pela volta de Títere com o balde de água. Sim, ela sabia que ele veria os dois, mas não era como Títere não soubesse o que acontecia. Quando o menino entrou pela porta, Ades pulou do colo de Agatha, e com a vergonha queimando-lhe o rosto, ficou andando de um lado para o outro.

- Oi, filho. Obrigada pela água. Deve estar cansadinho... Quer mamar um pouco na mamãe?

Títere encarou os dois e tomou um ar de dúvida. Agatha sempre falava para ele não pedir tetê na frente de ninguém e agora ia mostrar para Ades? Não era um tanto contraditório?

- Não, mamãe. Obrigado.

- Venha, Títere.

- Agatha, pelo amor da Deusa!

Ades reclamou com ainda mais vergonha. Foi em direção a porta para ir embora, mas estava tão atormentado que esqueceu as botas. Voltou para pega-las.

- Ades. Acenda a lareira pra mim.

- Eu estou indo!

- Ades, eu estou mandando que acenda a lareira. Ou você faz ou você nunca mais vai voltar aqui. E sabe muito bem que eu não estou brincando.

Ele se deu por vencido e começou a tentar fazer o fogo apressadamente. A essa altura, Títere já estava no colo da mãe mamando. Ades se sentia perturbado, cada vez mais, então quase se queimou tentando ir mais rápido. Quando finalmente a lareira esquentou, ele correu em direção a porta para ir embora.

- Ades, quero que esquente uma faca pra mim na lareira, por favor. Se sair pela porta, nunca mais vai passar por ela de novo, então é melhor voltar e me obedecer.

Títere sentiu medo dela, mas de certa forma se sentia vingado. Ades estava sofrendo e talvez assim entendesse que não deveria ficar tentando roubar sua mãe. Mamou nos seios da mãe enquanto achava levemente engraçado o desespero do outro em esquentar a faca. Imaginou o motivo de tanto desespero e não conseguiu pensar em nada plausível.

- Agora venha aqui. Se ajoelhe e chupe meu outro seio.

Ades começou a chorar pedindo em súplica para que ela o deixasse ir embora, e como uma criança assustada, era incapaz de fugir. Por outro lado, Títere tirou a boca do seio dela em protesto, não queria dividir nada com Ades. Agatha deixou a marca de seus dedos na bochecha do seu filho após acerta-lhe com um tapa e em seguida voltou a boca dele para seu seio. O menino entendeu e ficou quieto. Já com Ades, ela voltou a olhar e esperou até que ele tomasse coragem de obedecer.

- Isso... Um de cada lado, chupem forte e não soltem por nada.

Com a faca que Ades esquentou na mão, Agatha começou a cortar um pequeno "A" no braço dele. Ades protestou por um segundo, mas depois aceitou, definhando na humilhação. Títere começou a chorar alto, mesmo sem tirar a boca do seio dela.

- Cale a boca,Títere. Odeio quando fica berrando sem motivos.

Cortou o "A" também na pele no mais novo. Títere gritou, mas manteve o braço imóvel para não se machucar mais. Quando ela terminou, ele tentou se afastar, mas Agatha o segurou.

- Continuem chupando. Isso, meus garotinhos... Vocês são minhas propriedades, nunca se esqueçam disso. Quando eu mando, vocês fazem. É simples, não é?



Títere (mdlb)Onde histórias criam vida. Descubra agora