𝐓𝐒𝐇 - 𝐈𝐌𝐀𝐆𝐈𝐍𝐄𝐒 𝐃𝐄 𝐀𝐍𝐈𝐌𝐄𝐒 [𝟐° 𝐄𝐃𝐈𝐂̧𝐀̃𝐎]

Giyu Tomioka - Girassóis

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Número de palavras: 12538

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A gente sempre vai se culpar por um alguma coisa, não adianta nem tentar ir contra essa regra. A gente se culpa por ter comido demais em uma festa porque acabou passando mal quando ela terminou, a gente se culpa de chegar atrasado e não poder ter feito algo diferente, eu queria ter feito algo diferente.

Eu cheguei atrasado após ter recebido o comando de vir para a vila de Hyogo, quando eu senti o cheiro e percebi de onde vinha corri logo para o local e ainda vi a movimentação rápida que tinha dentro daquela casa, mesmo o lindo cenário de campos de girassóis circulando o lugar, o cheiro metálico de sangue era tão forte que eu me enjoava de me aproximar.

Havia uma criança, aparentemente de oito anos que estava fugindo pela porta da frente quando foi atacado e morto, suas tripas estavam para fora e totalmente espalhadas, abro vagarosamente a porta e ali na frente vejo um homem e uma mulher deitados no chão, um ao lado do outro como se estivessem conversando enquanto se preparavam para dormir, acabaram de ser devorados já que suas entranhas estavam visíveis e a forma que o sangue saia ainda era muito exagerada, então quando olho para o lado minha surpresa é tão grande que até ultrapassou a barreira e me deixou paralisado por alguns segundos.

Quando sai do pequeno transe, corri direto na direção daquele oni e deu-se início uma luta frenética onde ele usava cada parte da cssa para ter algum tipo de vantagem, me posicionei na frente dela para que pudesse proteger e ao mesmo tempo contra atacar, quando finalmente o oni desesperado apareceu, dei meu rápido golpe e o mesmo caiu no chão e logo morreu, olhei para ela que estava sentada em posição fetal e estava encarando a carnificina ali na frente, me abaixo e então ela olha para mim.

— Eles... morreram. Minha família, meu irmão. Todos eles morreram — falou para mim e concordo silenciosamente, ela não aparentava nenhum ferimento — Eles todos morreram e eu estou viva, eu...

— Opa! — a segurei para que não batesse a cabeça no chão, estava tão escuro que eu não podia muito bem ver o rosto dela, mas sabia que ela deveria estar muito assustada. Como o cheiro daqui estava forte demais e me incomodando, saio com ela em meu colo e levo um tanto distante, ficamos no meio da plantação de girassóis e tiro meu kimono dobrado em várias partes, assim fazendo um travesseiro para ela.

Fiquei acordado a noite toda, ao menos o que restava dela, fiquei vigiando ao redor e também olhando para ver se ela não acabava tendo pesadelos, sabia que deveria ser totalmente traumatizante ter visto aquilo acontecer e ainda estar viva daquela forma, quando o sol começou a aparecer e meus olhos cansados começaram a arder por causa da luminosidade, fechei os olhos por alguns segundos que na verdade pareciam mais ter sido algumas horas, pois quando acordei ela estava sentada em posição de lótus.