Haha, quem diria que procrastinar por um ano iria ter consequências? Kkkk
*capítulo Não revisado, por favor apontar qualquer erro que tenha feito, perdão pela demora.*
Deidara: meu filho, quer me matar do coração, caralho?!
O loiro abraçou a criança com tanta força que ouviu alguns ossos estralarem, coisa leve, na de boas.
Sasori: você não deveria ter sumido assim, ficamos preocupados...
A criança olhou para eles em silêncio, com aqueles grandes olhos castanhos encarando os dois sem nem piscar, e depois de dois minutos assim aqueles ditos olhos se encheram de lágrimas tal qual a mente dos pais se encheu de preocupação.
Hiro: des... descupa!
O menino soluçou e agarrou of pais com mais força.
Hiro: é- é só que... É que vocês- eu- argh!
Ele se frustrou, por que não conseguia falar como falou com o tio Itachi? Por que era tão difícil fazer as palavras soassem mais alto que seu choro?
Deidara: ei, ei, se acalma, hm, tá tudo bem...
Os sussurros de seu pai caíram em ouvidos surdos, pois Hiro só conseguia ouvir a própria frustração.
Deidara olhou para Sasori, preocupado, ele nunca havia visto seu filho assim, nem mesmo quando a criança era um bebê e chorava com qualquer coisinha mínima que o deixava assustado.
O ruivo não sabia como acalentar uma criança, ainda mais uma nova como o menino, mas sabia que ficar alí, onde todos podia ver, podiam julgar, não ajudaria em nada. Ele se levantou com alguma dificuldade por conta da criança que não desfrutava dele por nada e ajudou Deidara a se levantar também.
Sasori agora tinha a criança em seus braços frios, frios e incapazes de serem macios, incapazes de sentir quando o menino assidentalmente o arranhou ou quão apertado Deidara segurava seu antebraço.
Era melhor assim, mais calmo, mais firme, menos humano.
Sasori: obrigado, Itachi, nós assumimos daqui.
O uchiha assentiu com a cabeça e voltou para sua própria casa, Kisame o seguindo sem pestanejar, não queria se meter nos problemas familiares deles.
Sasori e Deidara passaram pela porta e não disseram uma única palavra enquanto levavam a criança chorosa para a velha mesa de madeira onde faziam as refeições.
O menino ainda solução quando o pai o pôs na caldeira mais alta e seu outro pai lhe entrega um copo de água.
Sasori: você está machucado, Hiro?
Ele perguntou calmamente, sua voz inexpressiva como geralmente era.
O pequeno balançou a cabeça, dizendo que não.
Deidara: você está triste?
O loiro fez cafuné em seu filho, seu tom preocupado mas sem a urgência que tinha quando o menino ainda não estava em seus braços.
Hiro hesitou por um minuto antes de fazer que sim com a cabeça.
Deidara: e... você pode falar pra gente por quê tá triste?
A mãozinha do menino ficou mexendo em uma farpa quase solta na quina da mesa por um tempo antes de ele responder com uma voizinha pequena e incerta, exatamente como ele se sentia naquele exato momento.
Hiro: eu acho que vocês dão mais atenção pra vampira do que pra mim... E que eu só dou problema pra vocês...
Deidara: filho...
Sasori: conta mais sobre isso aí.
Mesmo o tom de seus pais não sendo acusatório, o menino se encolheu, seria uma boa ideia dizer o que pensava?
Ele olhou para Deidara e estendeu os bracinhos, querendo o colo de seu pai, seu porto seguro.
Deidara prontamente o levantou pelas axilas e o deixou em seu colo, segurando a criança o quão perto de sí quanto podia.
Hiro: vocês passam pouco tempo comigo, e... e... ela tem atenção de todo mundo aqui e eu t-tô sozinho e ninguém liga porquê não sou pequenininho que nem ela e vocês só querem saber de mim quando eu faço besteira e aí eu faço um monte de besteira pra vocês ficarem mais perto de mim m-mas aí vocês ficam com raiva e eu dou problema e vocês pararamm de me amar e aí eu fui em bora mas aí vocês ficaram com mais problema e todo mundo ficou preocupado e- e... e...
O menininho começou a chorar novamente, bem, ele não tinha realmente parado de chorar, mas estava quase, e agora seus olhos inundados estavam encharcando o peito de Deidara.
O loiro e o ruivo se encararam sem saber o que fazer, nunca teriam pensado que seu filho, sua jóia mais preciosa, estivesse se sentindo descartável.
Mas o dano já estava feito, não estava? Como concertar o irreparável?
O loiro se perguntou como ele conseguiu cometer um erro tão grande como pai. Ele sempre havia ouvido que crescer lhe daria maturidade, que filhos eram investimentos criados puramente com instintos, mas agora percebia que de nada adiantava ter o instinto se não se sabe como criar e moldar uma coisa tão incrivelmente imensurável como uma vida.
Sasori não sabia, não podia, entender toda a extensão do que Deidara e Hiro sentiam, como poderia, sendo o que ele é? Mesmo assim, mesmo sem entender, compreendia, e ver seu filho chorando nos braços de Deidara o fez entender três coisas muito importantes:
Um: crianças são frágeis, seu filho é frágil, e ele deveria tratá -lo com cinquenta vezes mais zelo do que acreditava que era necessário.
Dois: Deidara estava tão perdido nisso quanto ele, ele não precisava de alguém apontando seus erros, precisava de apoio e direcionamento.
Três: Deidara e Hiro eram sua família, e ele estava fazendo um péssimo trabalho em cuidar deles como uma.
Até aquele momento o ruivo ainda não tinha tido essa epifania, a ficha ainda não tinha caído de verdade, mas agora ele via.
Hiro cresceu sem um de seus pais por quatro anos, ele não iria nunca mais deixar aquela criança de lado, seu filho era mais importante que qualquer coisa que poderia estar acontecendo, ele precisava de seus pais e precisava deles presentes.
Deidara cuidou de uma criança sozinho dos dezenove aos vinte e três anos sem ajuda nenhuma, sem ninguém pra falar que ele estava fazendo um bom trabalho ou segurar o menino nas noites em que a exaustão batia e ele queria desaparecer, ninguém para sentar com ele e ouvir como foi o seu dia, para oferecer um ombro para chorar, Deidara precisava de um companheiro.
E Sasori decidiu naquele momento que as coisas iriam mudar.
E Sasori pôs seus braços frios em volta dos loiros.
Sasori: me desculpe, você estava se sentindo deixado de lado, isso não vai acontecer de novo.
E Sasori disse isso do fundo do coração que mal sabia que existia, e prometeu com a voz sem emoção que jurou que se tornaria música, e abraçou apertado a família que ansiava para ter, e sentiu o calor que faria o possível para retribuir.
E naquela noite fechou os olhos e dormiu em uma velha rede com sua pequena família aconchegada em seu abraço que nunca foi quente ou aconchegante, mas iria ser.
Galera me dêem ideias aí pfv, não consigo pensar em nada ;-;
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O renascer (Sasodei)
FanfictionTodos achavam que a akatsuki havia sido dizimada, mal sabiam eles que isso estava longe de ser realidade. Deidara se abrigava na floresta onde se encontrariam para iniciar o plano B. Entretanto Sasori percebe que há algo escondido na casa de Deidara...