A Thousand Songs For You ~ Javon Walton

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My heart is yours
It's you that I hold on to
Yeah, that's what I do

~ Sparks🎧

Já era a quarta vez que tocava "thousand years", me fazendo ter a certeza absoluta de que eu preferia o Jacob Black, diferente da maioria das garotas que eram time Edward.

Javon havia desistido de convencer as crianças as nos liberarem daquela prisão romântica, nos primeiros quinze minutos presos.

Enquanto eu tentava achar uma forma de não matar os pestinhas, assim que saísse daqui.

- Se continuar andando de uma lado para o outro, vai acabar cavando um buraco aí.- Wanna falou, deitado no chão com as pernas encostadas na parede.

- Vou agradecer imensamente, se isso for possível.- retruquei já mal humorada.

Eu não estava suportando ficar aqui dentro, mesmo que fosse com Javon. As músicas eram repetitivas, minhas vistas estavam cansadas por muito tempo sem meu óculos, estava morrendo de fome... e precisava fazer xixi!

- Por que não relaxa?- perguntou, entediante- Logo eles vão abrir, quando perceberem que estamos bem aqui dentro.

- Porque eu tô com fome e cansada...- bufei, me sentando ao chão- E preciso fazer xixi...- pigarreei.

- É só não pensar nisso.- respondeu rindo de mim.

- Não tem como não pensar nisso, parece que vou explodir.- cruzei minhas pernas.

- Tenta se distrair.- sugeriu- Conta carneirinho, pensa num rio bem calmo, o mar com a maré alta ou...- antes que pudesse terminar o interrompi com um gritinho agudo.

- Não tá ajudando!- o repreendi.

- Foi mau.- riu tirando o seu boné e me encarando com o pescoço esticado para onde eu estava.

- Eu não aguento mais ficar aqui! Já são nove horas!- reclamei mais uma vez.

- Pois, perdemos o nosso compromisso de hoje.- falou cansado.

E aí eu me lembrei do que estava faltando!

Após ter entrado em uma pequena crise existencial, por não ter conseguido o melhor contrato de nossas vidas para a Our Voice, eu me esqueci do que havia me deixado completamente feliz na noite anterior. Javon havia preparado um encontro para nós dois, a sós, eu e ele, sozinhos, isolados!

Engatinhei até seu lado, curiosa com o que havíamos perdido de tão especial.

- Afinal, o que iríamos fazer mesmo?- perguntei, como quem não quisesse nada.

- Não te contei?- perguntou, com um sorriso ladino esplandecendo em seu rosto.

- Não, você disse que era surpresa.- falei, franzi os cenhos.

- Eu iria te levar para escolher seu presente de aniversário.- revelou com um sorriso meigo.

- Você sabe que não precisa me dar nada.- grulhei já cansada de ter que lembrá-lo disso pela vigésima vez.

- Mas eu quero.- protestou, revirando os olhos.

- Então me dê a coisa mais barata que encontrar, pode ser qualquer coisa!- pedi, por odiar que gastem dinheiro comigo.

- O que é qualquer coisa?- ficou confuso.

- Sei lá, um bombom, um laço, uma florzinha do jardim de minha mãe!- ri de minha própria resposta.

O rapaz permaneceu em silêncio, tentando digerir o que eu havia dito, mesmo que não fosse algo difícil de entender. Eu odiava presente, era simples.

O motivo não era muito subliminar, apenas odiava fazer as pessoas gastarem seu tempo, dinheiro e esforço pensando em algo que eu pudesse ou não, odiar. Era óbvio que amava tudo que ganhava, mas pouparia a todos desse sofrimento de tentar me agradar.